Desempenho agronômico da videira Cabernet Sauvignon em diferentes sistemas de condução em regiões de elevada altitude de Santa Catarina, Brasil

Autores

  • Douglas André Würz Instituto Federal de Santa Catarina, Canoinhas
  • José Luiz Marcon Filho
  • Ricardo Allebrandt
  • Betina Pereira de Bem
  • Leo Rufato
  • Aike Anneliese Kretzschmar

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711812019073

Palavras-chave:

Vitis vinifera L., maturação uva, índice de Ravaz, viticultura de altitude

Resumo

O objetivo deste trabalho foi comparar o efeito de diferentes sistemas de condução na eficiência vegeto-produtiva e composição química da variedade Cabernet Sauvignon cultivada no Sul do Brasil. O experimento foi conduzido nas safras 2011, 2012 e 2013 em um vinhedo experimental localizado no munícipio de Lages, Santa Catarina. O vinhedo foi implantado em 2007 com a variedade copa enxertada sobre o porta-enxerto Paulsen 1103 e espaçamento de 3,0 m entre linhas e 1,2 m entre plantas. Os tratamentos consistiram em quatro sistemas de condução: cortina dupla (“Geneva Double Cortine” - GDC), latada descontínua, cortina simples e espaldeira. As variáveis foram submetidas à análise de variância (ANOVA) e comparados pelo Teste Tukey a 5% de probabilidade de erro. Observou-se que os sistemas de condução alteram a produtividade e a composição químicas das bagas da videira Cabernet Sauvignon. Os sistemas GDC e latada descontínua aumentam a produtividade, além de propiciar melhor equilíbrio vegeto-produtivo e resultam em uvas com menor acidez.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Douglas André Würz, Instituto Federal de Santa Catarina, Canoinhas

Engenheiro Agrônomo e Sommelier Internacional, com experiência na área de Viticultura, Enologia e Análise Sensorial de Vinhos. Especialista em Proteção de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e especialista em Agronegócio (Unicesumar). Desempenhou Funções de Engenheiro Agrônomo, Gerente de Campo, Recepção de visitantes e degustações em Vinícola. Atuou também como professor de Viticultura, Fitossanidade e Administração e Economia Rural do Curso Técnico de Viticultura e Enologia, da Escola de Ensino Básico Manoel Cruz, em São Joaquim - Santa Catarina. Possui qualificação WSET Level 1 Award in Wines (QCF), pela The Wine School & Spirit Education Trust Limited e é Sommelier Internacional pela FISAR/UCS. Atualmente é Mestrando em Produção Vegetal da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, atuando na área de Viticultura e Enologia. Colunista sobre Vinhos no "Jornal A Tribuna" de São Joaquim - SC, no jornal "Diário de RioMafra" de Mafra - SC e no Jornal "Testo Notícias" de Pomerode - SC, no Jornal "Correio do Contestado" de Papanduva - SC, no Jornal "Perfil" de Rio Negrinho - SC e "Revista Expressiva" de Lages - SC.

Referências

BAEZA P et al. 2005. Ecophysiological and agronomic response of Tempranillo grapevines to four training systems. American Journal of Enology and Viticulture 56: 129-138.

BAVOUGIAN CM et al. 2012. Canopy Light Effects in Multiple Training Systems on Yield, Soluble Solids, Acidity, Phenol and Flavonoid Concentration of ‘Frontenac’ Grapes. Hortechonology 23: 86-92.

BAVOUGIAN CM et al. 2012b. Training System Effects on Sunlight Penetration, Canopy Structure, Yield, and Fruit Characteristics of ‘Frontenac’ Grapevine (Vitis spp.). International Journal of Fruit Science 12: 402-409.

BEM BP et al. 2016. Effect of four training systems on the temporal dynamics of downy mildew in two grapevine cultivars in southern Brazil. Tropical Plant Pathology 41: 370-379.

BEM BP et al. 2017. Botrytis bunch rot on 'Sauvignon Blanc' grapevine on the Y-trellis and vertical shoot-positioned training systems. Pesquisa Agropecuária Brasileira 52: 818-822.

BERNIZZONI F et al. 2009. Long-term Performance of Barbera Grown under Different Training Systems and Within-Row Vine Spacings. American Journal of Enology and Viticulture 60: 339-348.

BLOUIN J & GUIMBERTEAU G. 2000. Maturation et maturité des raisins. Bordeaux: Éditions Féret, 151p.

BORGHEZAN M et al. 2014. Phenology and vegetative growth in a new production region of grapevine: case study in São Joaquim, Santa Catarina, Southern Brazil. Open Journal of Ecology 4: 321-335.

BRIGHENTI AF et al. 2013. Caracterização fenológica e exigência térmica de diferentes variedades de uvas viníferas em São Joaquim, Santa Catarina – Brasil. Ciência Rural 43: 1162-1167.

CAMPOS CGC et al. 2016. Global Solar radiation interception by grapevines trained to a vertical trellis system. Revista Brasileira de Fruticultura 38: 1-7.

FALCÃO LD et al. 2008. Maturity of Cabernet Sauvignon berries from grapevines grown with two different training systems in a new grape growing region in Brazil. Ciencia e Investigación Agraria 35: 321-332.

FAVERO AC et al. 2010. Physiological responses and production of 'Syrah' vines as a function of training systems. Scientia Agricola 67: 267-273.

FERREE D et al. 2002. Performance of ‘Seyval Blanc’ grape in four train¬ing systems over five years. HortScience 37: 1023-1027.

FRAGASSO M et al. 2012. Influence of training system on volatile and sensory profiles of primitivo grapes and wines. American Journal of Enology and Viticulture 63: 477-486.

HERNANDES JL et al. 2013. Comportamento produtivo da videira ‘Niagara Rosada’ em diferentes sistemas de condução, com e sem cobertura plástica, durante as safras de inverno e de verão. Revista Brasileira de Fruticultura 35: 123-130.

INTRIERI C. 1987. Experiences on the effect of vine spacing and trellis training system on canopy microclimate, vine performance and grape quality. Acta Horticulturae 206: 69-87.

JACKSON RS. 2014. Wine Science: principles and applications. Elsevier. 4.ed. 978p.

JOGAIAH S et al. 2013. Influence of canopy management practices on fruit composition of wine grape cultivars grown in semi-arid tropical region of India. African Journal of Agricultural Research 8: 3462-3472.

KLIEWER WM & DOKOOZLIAN NK. 2005. Leaf area/crop weight ratios of grapevines: Influence on fruit composition and wine quality. American Journal of Enology and Viticulture 56: 170-181.

LAKSO AN & SACKS GL. 2009. Vine balance: What is it and how does it change over the season? In: Recent Advances in Grapevine Canopy Management. Davis: University of California. p.21-25.

MAFRA SHM et al. 2011. Atributos químicos do solo e estado nutricional de videira Cabernet Sauvignon (Vitis vinifera L.) na Serra Catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias 10: 44-53.

MALINOVSKI LI et al. 2016. Viticultural performance of Italian grapevines in high altitude regions of Santa Catarina State, Brazil. Acta Horticulturae 1115: 203-210.

MARCON FILHO JL et al. 2015. Raleio de cachos sobre o potencial enológico da uva 'Cabernet Franc' em duas safras. Ciência Rural 45: 2150-2156.

MOTA RV et al. 2011. Effect of trellising system on grape and wine composition of Syrah vines grown in the cerrado region of Minas Gerais. Ciência e Tecnologia de Alimentos 31: 967-972.

NISHIOKA K & MIZUNAGA H. 2011. Evaluation of influence of trellis system on eco-physiological property using sap flow sensor. IN: SICE Annual Conference 2011. Tokyo: Waseda University. p.2464-2467.

NORBERTO PM et al. 2008. Influência do sistema de condução na produção e na qualidade dos frutos das videiras Folha de Figo e Niagara Rosada em caldas, MG. Ciência e Agrotecnologia 32: 450-455.

OIV. 2009. Office International de la Vigne et du Vin Recueil des Méthodes Internationales d’Analyse des Vins et des Moûts. Paris: Office International de la Vigne et du Vin. 476p.

PALLIOTTI A. 2012. A new closing Y-shaped training system for grapevines. Australian Journal of Grape and Wine Research 18: 57-63.

PEDRO JUNIOR MJ et al. 2013. Microclima em vinhedos de 'Niagara rosada' em diferentes sistemas de condução durante safras de inverno e de verão. Revista Brasileira de Fruticultura 35: 151-158.

PEEL MC et al. 2007. Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification. Hydrology Earth System Science 11: 1633-1644.

POTTER RO et al. 2004. Solos do Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Embrapa. 726p. (Boletim de pesquisa e desenvolvimento, 46).

REYNOLDS AG & VANDEN HEUVEL JE. 2009. Influence of grapevine training systems on vine growthand fruit composition: a review. American Journal of Enology and Viticulture 60: 251-268.

REYNOLDS AG et al. 1996. Impact of training system, vine spacing, and basal leaf removal on Riesling. Vine performance, berry composition, canopy microclimate, and vineyard labor requirements. American Journal of Enology and Viticulture 47: 63-76.

REYNOLDS AG et al. 2004. Impact of training system and vine spacing on vine performance, berry composition, and wine sensory attributes of Riesling. American Journal of Enology and Viticulture 55: 96-103.

RIZZON LA. 2010. Metodologia para análise de vinho. Brasília: Embrapa. 120p.

SANCHEZ-RODRIGUEZ LA et al. 2016. Fisiologia e produção da videira 'Niágara Rosada' nos sistemas de condução em espaldeira e em Y. Pesquisa Agropecuária Brasileira 51: 1948-1956.

SEGADE SR et al. 2009. Influence of training system on chromatic characteristics and phenolic composition in red wines. European Food Research and Technology 229: 763-770.

SINGLETON VL & ROSSI JA. 1965. Colorimetry of total phenolics with phosphomolybdic – phosphotunestic acids reagents. American Journal of Enology and Viticulture 16: 144-158.

SMART RE. 1985. Principles of grapevine canopy microclimate manipulation with implications for yield and quality. A review. American Journal of Enology and Viticulture 36: 230-239.

SUN Q et al. 2012. Impact of shoot and cluster thinning on yield fruit composition and wine quality of Corot Noir. American Journal of Enology and Viticulture 63: 49-56.

VIANNA LF et al. 2016. Caracterização agronômica e edafoclimáticas dos vinhedos de elevada altitude. Revista de Ciências Agroveterinárias 15: 215-226.

WOLF TK et al. 2003. Response of Shiraz grapevines to five dif¬ferent training systems in the Barossa Valley, Australian. Australian Journal Grape Wine Research 9: 82-95.

WURZ DA et al. 2017. New wine-growing regions of Brazil and their importance in the evolution of Brazilian wine. BIO Web of Conferences 9: 1-4.

ZALAMENA J et al. 2013. Estado nutricional, vigor e produção em videiras cultivadas com plantas de cobertura. Revista Brasileira de Fruticultura 35: 1190-1200.

Downloads

Publicado

2019-02-08

Como Citar

WÜRZ, Douglas André; MARCON FILHO, José Luiz; ALLEBRANDT, Ricardo; DE BEM, Betina Pereira; RUFATO, Leo; KRETZSCHMAR, Aike Anneliese. Desempenho agronômico da videira Cabernet Sauvignon em diferentes sistemas de condução em regiões de elevada altitude de Santa Catarina, Brasil. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 1, p. 73–80, 2019. DOI: 10.5965/223811711812019073. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/12753. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>