Maior carga de gemas da videira resulta em melhora dos índices produtivos e vegetativos da videira ‘Cabernet Franc’ cultivada em região de elevada altitude
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711922020171Palavras-chave:
Vitis vinifera L., produtividade, equilíbrio vegetativo, podaResumo
Buscando alcançar um adequado balanço vegeto-produtivo, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do aumento da carga de gemas planta-1, no momento da poda, nas características produtivas e equilíbrio vegetativo da videira Cabernet Franc cultivada em região de elevada altitude de Santa Catarina. O presente trabalho foi conduzido durante a safra 2016/2017, em um vinhedo comercial, localizado no munícipio de São Joaquim. Utilizaram-se videiras da cultivar Cabernet Franc enxertadas sobre o porta-enxerto ‘Paulsen 1103’. Os tratamentos consistiram em quatro diferentes níveis de cargas de gemas: 15, 30, 50 e 75 gemas planta-1. Avaliou-se no momento da colheita variáveis produtivas e vegetativas, e ao longo do ciclo da videira, avaliou-se o crescimento de ramos e feminelas. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro blocos e cinco plantas por parcela. O aumento da carga de gemas planta-1 resultou em aumento do número de ramos e de cachos planta-1, resultando em aumento da produção por planta e da produtividade. As variáveis vegetativas foram influenciadas pelo aumento da gemas planta-1, observando-se redução do crescimento de ramos e de feminelas. O aumento da carga de gemas possibilitou melhor equilíbrio vegeto-produtivo, com redução do peso de poda, e obtenção do Índice de Ravaz mais adequado para a elaboração de vinhos de qualidade. Em vinhedos que apresentam baixa produtividade e excesso de vigor vegetativo, recomenda-se aumentar a carga de gemas planta-1 durante o manejo da poda invernal.
Downloads
Referências
ARCHER E & FOUCHÉ GW. 1987. Effect of bud load and rootstock cultivar on the performance of V. vinifera L. cv. Red Muscadel (Muscat noir). South African Journal for Enology and Viticulture 8: 6-10.
BEM BP et al. 2016. Effect of four training systems on the temporal dynamics of downy mildew in two grapevine cultivarws in southern Brazil. Tropical Plant Pathology 41: 370-379.
BENISMAIL MC et al. 2007. Effect of Bud Load and Canopy Managemant on Growth and Yield Components of Grape cv. ‘Cardinal’ under mild climatic conditions os Agadir Are of Morocco. Acta Horticulturae 754: 197-204.
BRIGHENTI AF et al. 2014. Desempenho vitícola de variedades autóctones italianas em condição de elevada altitude no Sul do Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira 49: 465-474.
CLINGELEFFER PR. 2009. Influence of canopy management systems on vine productivity and fruit composition. In: Recent Advances in Grapevine Canopy Management. Davis: University of California. p.13-19.
EMBRAPA. 2004. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Solos do Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 726p. (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 46).
GREVEN MM et al. 2014. Influence of retained node number on Sauvignon Blanc grapevine vegetative growth and yield. Australian Journal of Grape and Wine Research 20: 263-271.
GREVEN MM et al. 2015. Influence of retained node number on Sauvignon Blanc grapevine phenology in a cool climate. Australian Journal of Grape and Wine Research 21: 209-301.
HOWELL GS. 2001. Sustainable grape productivity and the growth-yield relationship: A review. American Journal of Enology and Viticulture 52: 165-174.
JACKSON DI et al. 1984. Vine response to increased node numbers. American Journal of Enology and Viticulture 35: 161-163.
JACKSON DI & LOMBARD PB 1993. Environmental and management practices affecting grape composition and wine quality - a review. American Journal of Enology and Viticulture 44: 409-430.
KLIEWER WM & DOKOOZLIAN NK 2005. Leaf area/crop weight ratios of grapevines: Influence on fruit composition and wine quality. American Journal of Enology and Viticulture 56: 170-181.
KURTURAL SK et al. 2006. Effects of pruning and cluster thinning on yield and fruit composition of ‘Chambourcin’ grapevines. HortTechnology 16: 233-240.
MAFRA SHM et al. 2011. Atributos químicos do solo e estado nutricional de videira Cabernet Sauvignon (Vitis vinifera L.) na Serra Catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias 10: 44-53.
MALINOVSKI LI et al. 2016. Viticultural performance of Italian grapevines in high altitude regions of Santa Catarina State, Brazil. Acta Horticulturae 1115: 203-210.
MELLO LMR. 2015. Vitivinicultura Brasileira: Panorama 2014. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho. 6p. (Comunicado Técnico 175).
MIELE A & MANDELLI F. 2012. Manejo do dossel vegetativo e seu efeito nos componentes de produção da videira Merlot. Revista Brasileira de Fruticultura 34: 964-973.
O’DANIEL SB et al. 2012. Effects of balanced pruning severity on Traminette (Vitis spp.) in a warm climate. American Journal of Enology and Viticulture 63: 284-290.
TONIETTO J & CARBONNEAU A 2004. A multicriteria climatic classification system for grape-growing regions worlwide. Agricultural and Forest Meteorology 124: 81-97.
TROUGHT M & BENNETT J 2009. Influence of training system on Sauvignon blanc grapevine performance 2004–2009. Report to New Zealand Winegrowers. Auckland: New Zealand Winegrowers.
WINKLER AJ. 1965. Viticultura. México: Continental. 792p.
WÜRZ DA et al. 2017. Agronomic performance of ‘Cabernet Sauvignon’ with leaf removal management in a high-altitude region of Southern Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira 52: 869-876.
WÜRZ DA et al. 2018. Época de desfolha e sua influência no desempenho vitícola da uva ‘Sauvignon Blanc’ em região de elevada altitude. Revista de Ciências Agroveterinárias 17: 91-99.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.