Fenologia e maturação da videira ‘Cabernet Franc’ em função de diferentes cargas de gemas em região de elevada altitude de Santa Catarina

Autores

  • Douglas André Würz Instituto Federal de Santa Catarina, Canoinhas-SC, Brasil.
  • Bruno Farias Bonin Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Brasil.
  • Alberto Fontanella Brighenti Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, São Joaquim, SC, Brasil.
  • Adrielen Tamiris Canossa Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Brasil.
  • Juliana Reinehr
  • Ricardo Allebrandt Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Brasil.
  • Betina Pereira de Bem Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Brasil.
  • Leo Rufato Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Brasil.
  • Aike Anneliese Kretzschmar Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages-SC, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711842019459

Palavras-chave:

Vitis vinifera L., equilíbrio vegetativo, poda, maturação

Resumo

Tem-se como objetivo desse trabalho avaliar o efeito do aumento da carga de gemas na fenologia e na maturação tecnológica e fenológica da videira Cabernet Franc em região de elevada altitude de Santa Catarina. O presente trabalho foi conduzido durante safra 2016/2017, em um vinhedo comercial, localizado no munícipio de São Joaquim. Os tratamentos consistiram em quatro diferentes níveis de cargas de gemas: 15, 30, 50 e 75 gemas planta-1. Durante o ciclo vegetativo da videira foram avaliados os principais estádios fenológicos (brotação, floração, virada de cor e maturação para colheita), sendo avaliadas qualitativamente quanto qualitativamente. No momento da colheita foram coletadas 100 bagas por parcela para a determinação da maturação tecnológica e fenólica. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro blocos e cinco plantas por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e comparados pelo Teste Tukey a 5% de probabilidade de erro. O aumento da carga de gemas resultou em maior duração da Brotação e Floração, enquanto para a duração do Verásion, não observou-se efeito das diferentes cargas de gemas. A maturação tecnológica não foi influenciada pelo aumento da carga de gemas, e nos intervalos de carga de gemas testadas (15 a 75 gemas/planta), obteve-se índices de maturação considerados adequados para a elaboração de vinhos de qualidade. O aumento da carga de gemas não proporcionou diferença significativa nos atributos físico-químicos, na composição fenólica e coloração das bagas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Douglas André Würz, Instituto Federal de Santa Catarina, Canoinhas-SC, Brasil.

Engenheiro Agrônomo e Sommelier Internacional, com experiência na área de Viticultura, Enologia e Análise Sensorial de Vinhos. Especialista em Proteção de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e especialista em Agronegócio (Unicesumar). Desempenhou Funções de Engenheiro Agrônomo, Gerente de Campo, Recepção de visitantes e degustações em Vinícola. Atuou também como professor de Viticultura, Fitossanidade e Administração e Economia Rural do Curso Técnico de Viticultura e Enologia, da Escola de Ensino Básico Manoel Cruz, em São Joaquim - Santa Catarina. Possui qualificação WSET Level 1 Award in Wines (QCF), pela The Wine School & Spirit Education Trust Limited e é Sommelier Internacional pela FISAR/UCS. Atualmente é Mestrando em Produção Vegetal da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, atuando na área de Viticultura e Enologia. Colunista sobre Vinhos no "Jornal A Tribuna" de São Joaquim - SC, no jornal "Diário de RioMafra" de Mafra - SC e no Jornal "Testo Notícias" de Pomerode - SC, no Jornal "Correio do Contestado" de Papanduva - SC, no Jornal "Perfil" de Rio Negrinho - SC e "Revista Expressiva" de Lages - SC.

Referências

AHMAD W et al. 2004. Effect of pruning severity on growth behavior of spur and bunch morphology of grapes (Vitis vinifera L.) cv. Perlette. International Journal of Agriculture and Biology 6: 160-161.

BEM BP et al. 2016. Effect of four training systems on the temporal dynamics of downy mildew in two grapevine cultivars in southern Brazil. Tropical Plant Pathology 41: 370-379.

BINDON K et al. 2008. Influence of partial root zone drying on the composition and accumulation of anthocyanins in grape berries (Vitis vinifera cv. Cabernet sauvignon). Australian Journal and Grape Wine Research 14: 91–103.

BORGHEZAN M et al. 2011. Comportamento vegetativo e produtivo da videira e composição da uva em São Joaquim, Santa Catarina. Pesquisa Agropecuária Brasileira 46: 398-405.

BRIGHENTI AF et al. 2014. Desempenho vitícola de variedades autóctones italianas em condição de elevada altitude no Sul do Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira 49: 465-474.

CANON PM et al. 2014. Red Wine Phenolic: the effects of summer pruning and cluster thinning. Ciência e Investigacion Agraria 41: 235-248.

DIXON RA 2009. The influence of vine vigour and crop load on Sauvignon blanc vine growth and fruit composition in Marlborough, New Zealand. (Thesis). Canterbury: Lincoln University. 94p.

EMBRAPA 2004. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Solos do Estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 726p. (Boletim de pesquisa e desenvolvimento 46).

FRIEND AP & TROUGHT MCT. 2007. Delayed winter spur‑pruning in New Zealand can alter yield components of Merlot grapevines. Australian Journal of Grape and Wine Research 13: 157‑164.

GREVEN MM et al. 2015. Influence of retained node number on Sauvignon Blanc grapevine phenology in a cool climate. Australian Journal of Grape and Wine Research 21: 209-301.

HOWELL GS 2001. Sustainable grape productivity and the growth-yield relationship: A review. American Journal of Enology and Viticulture 52: 165-174.

HUNTER JJ 1998. Plant spacing implications for grafted grapevine II. Soil water, plant water relations, canopy physiology, vegetative and reproductive characteristics, grape composition, wine quality and labour requirements. South African Journal Enololgy and Viticulture 19: 35-51.

INTRIERI CA 2011. Novel Mechanized Grapevine Training System. American Journal of Enology and Viticulture 62: 312-318.

JACKSON RS 2014. Wine Science: principles and applications. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 978p.

JONES GV & DAVIS RE 2000. Climate influences on grapevine phenology, grape composition, and wine production and quality for Bordeaux, France. American Journal of Enology and Viticulture 51: 249-261.

KURTURAL SK et al. 2006. Effects of pruning and cluster thinning on yield and fruit composition of ‘Chambourcin’ grapevines. HortTechnology 16: 233–240.

MAFRA SHM et al. 2011. Atributos químicos do solo e estado nutricional de videira Cabernet Sauvignon (Vitis vinifera L.) na Serra Catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias 10: 44-53.

MALINOVSKI LI et al. 2016. Viticultural performance of Italian grapevines in high altitude regions of Santa Catarina State, Brazil. Acta Horticulturae 1115: 203-210.

MANDELLI F et al. 2008. Efeito da Poda Verde na composição físico-química do mosto da uva Merlot. Revista Brasileira de Fruticultura 30: 667-674.

MARCON FILHO JL et al. 2015. Raleio de cachos sobre o potencial enológico da uva 'Cabernet Franc' em duas safras. Ciencia Rural 45: 2150-2156.

MARTINEZ DE TODA F & SANCHA JC 1999. Long-term effects of simulated mechanical pruning on Grenache vines under drought conditions. American Journal of Enology and Viticulture 50: 87–90.

O’DANIEL SB et al. 2012. Effects of balanced pruning severity on Traminette (Vitis spp.) in a warm climate. American Journal of Enology and Viticulture 63: 284–290.

OIV 2009. Recueil des méthodes internationales d’analyse des vins et des moûts. Paris: Office international de la vigne et du vin. 368 p.

PARR WV et al. 2005. Aroma and flavour of New Zealand Sauvignon Blanc. The Australian & New Zealand Grapegrower & Winemaker 100: 105-108.

PARR WV et al. 2007. The distinctive flavour of New Zealand Sauvignon blanc: Sensory characterisation by wine professionals. Food Quality and Preference 18: 849-861.

PEREIRA GE et al. 2005. 1H NMR and chemometrics to characterize mature grape berries in four wine-growing areas in Bordeaux, France. Journal of Agricultural and Food Chemistry 53: 6382-6389.

PETRIE PR et al. 2000. Influence of leaf ageing, leaf area and crop load on photosynthesis, stomatal conductance and senescence of grapevine (Vitis vinifera L. cv. Pinot noir) leaves. Vitis 39: 31-36.

PONI S et al. 2004. Performance of Croatina to short mechanical hedging: a successful case of adaptation. American Journal of Enology and Viticulture 55: 379-388.

PONI S et al. 2016. Mechanical winter pruning of grapevine: physiological bases and applications. Scientia Horticulturae 204: 88-98.

REYNOLDS AG et al. 2007. Magnitude of viticultural and enological effects. II. Relative impacts of cluster thinning and yeast strain on composition and sensory attributes of Chardonnay Musqué. American Journal of Enology and Viticulture 58: 25-41.

RIZZON LA 2010. Metodologia para análise de vinho. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 120 p.

RIZZON LA & MIELE A 2002. Acidez na vinificação em tinto das uvas Isabel, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Ciência Rural 32: 511-516.

SINGLETON VL & ROSSI JA 1965. Colorimetry of total phenolics with phosphomolybdic – phosphotunestic acids reagents. American Journal of Enology and Viticulture 16: 144-158.

TONIETTO J & CARBONNEAU A 2004. A multicriteria climatic classification system for grape-growing regions worlwide. Agricultural and Forest Meteorology 124: 81-97.

TROUGHT M & BENNETT J 2009. Influence of training system on Sauvignon blanc grapevine performance 2004-2009. Auckland: Report to New Zealand Winegrowers.

WINKLER AJ 1965. Viticultura. México: Continental. 792p.

WURZ DA et al. 2017a. New wine-growing regions of Brazil and their importance in the evolution of Brazilian wine. BIO Web of Conferences 9: 1-4.

WURZ DA et al. 2017b. Agronomic performance of ‘Cabernet Sauvignon’ with leaf removal management in a high-altitude region of Southern Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira 52: 869-876.

WURZ DA et al. 2018. Época de desfolha e sua influência no desempenho vitícola da uva ‘Sauvignon Blanc’ em região de elevada altitude. Revista de Ciências Agroveterinárias 17: 91-99.

Downloads

Publicado

2019-12-12

Como Citar

WÜRZ, Douglas André; BONIN, Bruno Farias; BRIGHENTI, Alberto Fontanella; CANOSSA, Adrielen Tamiris; REINEHR, Juliana; ALLEBRANDT, Ricardo; DE BEM, Betina Pereira; RUFATO, Leo; KRETZSCHMAR, Aike Anneliese. Fenologia e maturação da videira ‘Cabernet Franc’ em função de diferentes cargas de gemas em região de elevada altitude de Santa Catarina. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 4, p. 459–465, 2019. DOI: 10.5965/223811711842019459. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/14506. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 > >>