Desenvolvimento vegetativo de genótipos de pitaya sob efeito de diferentes doses de bioestimulante
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712342024604Palavras-chave:
fruta do dragão, estaquia, extrato de algas, SprintAlga TS®Resumo
A pitaya apresenta grande rusticidade e potencial produtivo, além de atributos físicos, nutricionais e sensoriais interessantes e atraentes para uma alimentação saudável. Como principal método de propagação no campo, a estaquia visa o estabelecimento precoce e uniforme do pomar. Para melhorar a qualidade das mudas, o uso de bioestimulantes é uma opção para auxiliar no enraizamento. O objetivo deste estudo foi avaliar o enraizamento e a brotação de estacas de pitaya em relação a diferentes concentrações de um bioestimulante à base de algas marinhas, SprintAlga TS® (Biolchim), aplicado em diferentes intervalos de tempo. A pesquisa foi realizada de setembro de 2022 a janeiro de 2023, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Florianópolis, estado de Santa Catarina, Brasil. Os genótipos avaliados foram Hylocereus polyrhizus, Selenicereus undatus, Golden (Selenicereus undatus), Selenicereus costaricensis e Selenicereus setaceus. O material vegetativo utilizado foi proveniente da Estação Experimental da EPAGRI, em Itajaí, estado de Santa Catarina, e as estacas foram padronizadas em 20 cm de comprimento. As estacas foram mantidas em ambiente sombreado por 21 dias e enraizadas a 5 cm de profundidade, individualmente em sacos plásticos de dois litros preenchidos com substrato. O experimento foi composto por três tratamentos: o primeiro envolvendo apenas irrigação com água (Controle), o segundo com aplicação de bioestimulante aos 22 e 52 dias após o plantio das estacas, e o terceiro também com aplicação de bioestimulante aos 10, 22, 36 e 52 dias após o plantio. A utilização do bioestimulante à base de extrato de algas marinhas foi eficiente para a propagação dos genótipos S. undatus e Golden. Entretanto, a aplicação em quatro épocas afetou negativamente o desenvolvimento radicular do genótipo S. setaceus. Os genótipos S. costaricensis e S. setaceus demonstraram ter menor vigor de desenvolvimento vegetativo em relação aos genótipos H. polyrhizus, S. undatus e Golden. Concluiu-se que o uso de extrato de alga como bioestimulante teve efeitos variados nos diferentes genótipos avaliados.
Downloads
Referências
ALMEIDA EIB et al. 2014. Comprimento de estacas e concentrações de ácido indolbutírico (AIB) na propagação vegetativa de pitaia. Revista Ciência Agronômica 45: 788-793.
ALVARES CA et al. 2013. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische zeitschrift 22: 711-728.
AREJANO et al. 2022. Uso de bioestimulantes na produção agrícola. Em: SILVA RF. (Ed.). Aspectos da biotecnologia agrícola aplicada. Canoas: Mérida Publishers. p.53-72.
BASTOS DC et al. 2006. Propagação da pitaya 'vermelha' por estaquia. Ciência e Agrotecnologia 30: 1106-1109.
BINSFELD MC et al. 2019. Enraizadores alternativos na propagação vegetativa de pitaya. MAGISTRA 30: 251-258.
BOTIN AA & CARVALHO A. 2015. Reguladores de crescimento na produção de mudas florestais. Revista de Ciências Agroambientais 13: 83-96.
BRIGHENTI AF et al. 2023. Biostimulates and indolebutyric acid improve rooting of wood cuttings from different grapevine rootstocks. Ciência e Técnica Vitivinícola 38: 1-9.
CRUZ CAF et al. 2006. Efeito da adubação nitrogenada na produção de mudas de sete-cascas (Samanea inopinata (Harms) Ducke). Revista Árvore 30: 537-546.
CRUZ MCM & MARTINS RS. 2022. Pitaia no Brasil, nova opção de cultivo. Florianópolis: Epagri.
DE FREITAS FR et al. 2021. Efffect of algae extract on the rooting of pitaya cutting. Agropecuária Catarinense 34: 34-36.
DE MELO JT et al. 2021. Active germplasm banks for pequi, mangaba and pitaya at Embrapa Cerrados 387: 17.
GARBANZO-LEÓN G et al. 2021. Evaluación de tamaño de cladodios y bio-estimulantes de enraizamiento para la propagación de pitahaya. Agronomía costarricense 45: 29-40.
HA D et al. 2014. Morphological characteristics and pollination requirement in red pitaya (Hylocereus spp.). International Journal of Agricultural and Biosystems Engineering 8: 202–206.
IBRAHIM SRM et al. 2018. Genus Hylocereus: Beneficial phytochemicals, nutritional importance, and biological relevance - A review. Journal of Food Biochemistry 42: e12491.
KIEBER JJ & SCHALLER GE. 2018. Cytokinin signaling in plant development. Development 145: dev149344.
LONE AB. 2020. Cultivo de Pitaia. Florianópolis: EPAGRI. 47p. (Boletim Técnico 196).
MARQUES VB et al. 2012. Ocorrência de insetos na pitaia no município de Lavras-MG. Agrarian 5: 88-92.
PARAĐIKOVIĆ N et al. 2019. Biostimulates research in some horticultural plant species—A review. Food and Energy Security 8: e00162.
POLLNOW GE. 2018. Pitaia, da propagação à colheita: uma revisão. Agropecuária Catarinense 31: 73-78.
PRIETO RNB et al. 2019. Estacas de videira submetidas a ácidos húmicos, inoculante e ácido indolbutírico em diferentes substratos. Revista Cultivando o Saber – edição especial: 72-82.
PRISA D. 2021. Biological mixture of brown algae extracts influences the microbial community of Lobivia arachnacantha, Lobivia aurea, Lobivia jojoiana and Lobivia grandiflora in pot cultivation. GSC Advanced Research and Reviews 8: 043-053.
R CORE TEAM. 2013. A language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing.
RIBEIRO RF et al. 2017. Bioestimulante na produção de mudas de videira cv. Crimson seedless. Scientia agraria 18: 36-42.
SALUSTIANO CM. 2017. Água residuária da piscicultura e bioestimulante natural de algas marinhas na produção de mudas de tamarindeiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia). Mossoró: UFERSA. 33p.
SANTOS FILHO EJ. 2021. Efeito do Ácido Indolbutírico e extratos naturais no enraizamento de estacas de Pitaia Vermelha (Hylocereus undatus (Haw) Briton & Rose) no município de Macaíba-RN. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica). Macaíba: UFRN. 33p.
SATO STA et al. 2014. Caracterização física e físico-química de pitayas vermelhas (Hylocereus costaricensis) produzidas em três municípios paraenses. Journal of Bioenergy and Food Science 1: 2359-2710.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.
