Interação competitiva e nível de dano econômico de azevém daninho em híbridos de canola
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712232023414Palavras-chave:
Brassica napus, Lolium multiflorum, habilidade competitivaResumo
Na canola ocorrem perdas de produtividade e da qualidade de grãos em função da interferência causada pelo azevém (Lolium multiflorum). Diante disso, objetivou-se avaliar a interferência e identificar variáveis explicativas visando determinar o nível de dano econômico (NDE) de diferentes densidades do azevém infestante de híbridos de canola. O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados, com uma repetição. Os tratamentos foram compostos pelos híbridos de canola (Hyola 433, Hyola 61, Alht B4, Hyola 575 CL e Hyola 76) e 12 densidades de azevém, de 0 até 260 plantas m-2, em competição com a cultura. Avaliou-se aos 50 dias após a emergência das plantas as variáveis densidades de plantas, área foliar, cobertura de solo e massa seca da parte aérea do azevém. A produtividade de grãos, custo de controle, preço de grãos e eficiência de controle foram determinados na canola. A cobertura do solo apresentou melhor ajuste ao modelo da hipérbole retangular estimando adequadamente as perdas de produtividades de grãos pela interferência do azevém. Os híbridos de canola Hyola 433, Hyola 575 CL e Hyola 76 foram os mais competitivos ao se comparar com os demais na presença do azevém, porém demonstraram as menores produtividades de grãos e também os que apresentaram os maiores valores de NDE. Os híbridos de canola Hyola 433 e Hyola 575 CL apresentaram os maiores valores de NDE com 3,85 a 5,13 plantas m-2 em todas as simulações realizadas, respectivamente. Os menores valores de NDE foram obtidos com os híbridos Hyola 61, Alht B4 e Hyola 76 com variações médias de 1,02 à 2,15 plantas m-2, respectivamente. A produtividade de grãos de canola, o preço da saca, a eficiência do herbicida e a redução no custo de controle, causam variação dos valores do NDE.
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