Componentes produtivos do trigo em função da temperatura no período de diferenciação de espiguetas
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711812019024Palavras-chave:
Triticum aestivum, perfilhamento, produtividade, ecofisiologiaResumo
Um fator limitante para a expansão tritícola no Cerrado brasileiro ou para o cultivo em safrinha é a ocorrência de altas temperaturas no decorrer do ciclo da cultura. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da temperatura durante o estádio de diferenciação de espiguetas sobre parâmetros biométricos e componentes produtivos de cultivares de trigo. O experimento foi conduzido em cultivo protegido com delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 4, com quatro repetições. Dois regimes de temperatura diurna e noturna (16/9 ˚C e 25/16 ˚C) foram utilizados em quatro cultivares de trigo (BRS 394, BRS 331, BRS Parrudo e BRS Guamirim) durante o período de diferenciação das espiguetas. Os componentes de produção foram avaliados em perfilhos individuais e na planta inteira. Os regimes de temperatura testados não afetam os componentes de rendimento da cultura, tampouco a uniformidade morfológica e produtiva dos perfilhos, parâmetros que apresentaram grande variação entre as cultivares testadas.Downloads
Referências
ALBRECHT JC et al. 2007. Cultivares de trigo para o cerrado. In: FALEIRO FG & SOUSA ES. Pesquisa, desenvolvimento e inovação para o cerrado. Planaltina: Embrapa Cerrados. p.61-68.
BLUMENTHAL CS et al. 1991. Seasonal changes in wheat grain quality associated with high temperature during grain filling. Australian Journal of Agricultural Research 42: 21-30.
CARGNIN A et al. 2006. Tolerância ao estresse térmico em genótipos de trigo. Pesquisa Agropecuária Brasileira 41: 1269-1276.
CLIMATE-DATA. 2018. Dados Climáticos para cidades mundiais. Oedheim: CLIMATE-DATA. Disponível em:
climate-data.org/>. Acesso em: 10 Jun. 2018.
COSSANI CM & REYNOLDS MP. 2012. Physiological traits for improving heat tolerance in wheat. Plant Physiology 160: 1710-1718.
DIAS AS & LIDON FC. 2009. Evaluation of grain filling rate and duration in bread and durum wheat, under heat stress after anthesis. Journal of Agronomy and Crop Science 195: 137–147.
EMBRAPA. 2006. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2.ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA. 306p.
FARIAS AR et al. 2016. Potencial de produção de trigo no Brasil a partir de diferentes cenários de expansão da área de cultivo. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 85. Passo Fundo: Embrapa Trigo. 40p.
FAROOQ J et al. 2011. Inheritance pattern of yield attributes in spring wheat at grain filling stage under different temperature regimes. Australian Journal of Crop Science 5: 1745-1753.
FIOREZE SL & RODRIGUES JD. 2012. Perfilhamento do trigo em função da aplicação de regulador vegetal. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 7: 750-755.
INMET. 2018. Instituto Nacional de Meteorologia. Dados da Estação Automática: Curitibanos (SC). Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas. Acesso em: 25 mai. 2018.
KAUR V & BEHL RK. 2010. Grain yield in wheat as affected by short periods of high temperature, drought and their interaction during pre- and post-anthesis stages. Cereal Research Communications 38: 514–520.
LARGE EC. 1954. Growth stages in cereals illustration of the feeks scale. Plant Pathology 3: 128-129.
MACIEL JLN et al. 2007. BRS Guamirim, destaque em sanidade para as principais doenças fúngicas do trigo. Passo Fundo: EMBRAPA Trigo, 16p.
MACHADO JC et al. 2010. Recurrent selection as breeding strategy for heat tolerance in wheat. Crop breeding and applied biotechnology 10: 9-15.
MUNDSTOCK CM. 1999. Planejamento e manejo integrado da lavoura de trigo. Porto Alegre: Evangraf. 228p.
OLIVEIRA DM et al. 2011. Desempenho de genitores e populações segregantes de trigo sob estresse de calor. Bragantia 70: 25-32.
PIMENTEL AJB et al. 2015. Characterization of heat tolerance in wheat cultivars and effects on production components. Revista Ceres 62: 191-198.
PIRES JLF et al. 2011. Integração de práticas de manejo no sistema de produção de trigo. In: PIRES JLF et al. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. Passo Fundo: EMBRAPA Trigo. p.77-114.
RAHMAN MA et al. 2009. Growth and yield components of wheat genotypes exposed to high temperature stress under control environment. Bangladesh Journal of Agriculture Research 34: 361-372.
REYNOLDS MP et al. 2001. Application of physiology in wheat breeding. Mexico: CIMMYT. 240p.
RIBEIRO G et al. 2012. Estresse por altas temperaturas em trigo: impacto no desenvolvimento e mecanismos de tolerância. Revista Brasileira de Agrociência 18:133-142.
RODRIGUES O et al. 2007. Fifty years of wheat breeding in Southern Brazil: yield improvement and associated changes. Pesquisa Agropecuária Brasileira 42: 817-825.
RODRIGUES O et al. 2011. Ecofisiologia de trigo: bases para elevado rendimento de grãos. In: PIRES JLF et al. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. Passo Fundo: EMBRAPA Trigo. p.115-134.
SOUZA MA & RAMALHO MAP. 2001. Controle genético e tolerância ao estresse de calor em populações híbridas e em cultivares de trigo. Pesquisa Agropecuária Brasileira 36: 1245-1253.
VALERIO IP et al. 2008. Desenvolvimento de afilhos e componentes do rendimento em genótipos de trigo sob diferentes densidades de semeadura. Pesquisa Agropecuária Brasileira 43: 319-326.
VESOHOSKI F et al. 2011. Componentes do rendimento de grãos em trigo e seus efeitos diretos e indiretos na produtividade. Ceres 58: 337-341.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.