Qualidade da colagem de painéis compensados com a madeira de Cupressus lusitanica Mill. Wood
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712432025681Palavras-chave:
Cisalhamento, Linha de Cola, Espécie Alternativa, ConíferaResumo
O estado de Santa Catarina ocupa uma posição de destaque nas exportações nacionais de compensado de coníferas e cuja produção é altamente dependente da madeira de pinus. Com vistas a ampliar as possibilidades de inclusão de novas matérias-primas nesse segmento, o estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da colagem de painéis compensados confeccionados com lâminas da madeira de C. lusitanica e combinação desta com a madeira de P. taeda e comparar o desempenho com painéis compostos apenas desta última e com os requisitos estipulados para compensado de Pinus pelo Programa Nacional de Qualidade da Madeira (PNQM). Os painéis com 17 mm de espessura, colados com resina fenólica na gramatura de 328 g/m², consolidados em prensa à temperatura de 135 ºC e pressão específica de 12 kgf/cm² foram avaliados quanto à qualidade da colagem das linhas de cola superior, central e inferior pelo ensaio de resistência ao cisalhamento após pré-tratamentos básico e adicional para classes de colagem 2 e 3. Observou-se que a matéria-prima utilizada não promoveu influência na tensão média ao cisalhamento dos painéis compensados produzidos e na qualidade da colagem entre as linhas de cola, bem como houve atendimento dos mesmos à resistência média ao cisalhamento para painéis de pinus de característica similar estipulado pelo PNQM, com exceção dos painéis resultantes da mistura da espécie C. lusitanica à espécie P. taeda, após o pré-tratamento “BDB”. A utilização da madeira de C. lusitanica resultou em chapas com qualidade da colagem equivalente à obtida para painéis de P. taeda, podendo ser uma opção a ser introduzida no segmento de painéis de madeira compensada, sem necessidade de adaptação ao processo de manufatura já consolidado para a madeira de P. taeda.
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