Resposta de cultivares de soja à redução na densidade de plantas no planalto norte catarinense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712122022123

Palavras-chave:

Arranjo de Plantas, Rendimento de Grãos, Glycine max

Resumo

A densidade de plantas é uma prática de manejo relevante para obtenção de altas produtividades na cultura da soja (Glycine max (L) Merrill). A tendência de diminuir a população de plantas é crescente devido ao alto custo das sementes. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho agronômico de diferentes cultivares de soja à redução na densidade de plantas no Planalto Norte Catarinense. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso dispostos em parcelas subdivididas. Nas parcelas principais foram avaliadas cinco cultivares: AS3590 IPRO, BMX Ativa RR, BMX Zeus IPRO, M5838 IPRO e NS5445 IPRO. Nas subparcelas foram avaliadas quatro densidades populacionais: 120.000 plantas ha-1, 160.000 plantas ha-1, 200.000 plantas ha-1 e a testemunha (densidade indicada pela detentora da cultivar). Foram realizadas avaliações de rendimento de grãos e seus componentes e os dados submetidos a análise de variância utilizando teste de F. Quando significativas, as médias dos efeitos principais foram comparadas pelo teste de Tukey, e em caso de interação, as médias foram comparadas por análise de regressão. Ambas as comparações foram ao nível de significância de 5%. A redução na população de plantas não afetou o número de vagens por área, o número de grãos por vagem, o índice de colheita e o rendimento de grãos. Por outro lado, a redução na densidade de plantas aumentou o número de vagens nos ramos e por planta. As cultivares de soja testadas suportaram reduções na população de plantas, sem afetar o rendimento de grãos e a produtividade. Desta maneira, a redução na densidade de plantas pode ser recomendada para a soja cultivada no Planalto Norte Catarinense.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BALBINOT JUNIOR AA et al. 2015. Densidade de plantas na cultura da soja. Londrina: Embrapa Soja. 36p. (Documentos 364).

BALBINOT JUNIOR AA et al. 2018. Semeadura cruzada em cultivares de soja com tipo de crescimento determinado. Revista de Ciências Agrárias 36: 1215-1226.

BONATO ER & BONATO ALV. 1987. A soja no Brasil: história e estatística. Londrina: Embrapa Soja. 61p.

BUCHLING C et al. 2017. Uso da plasticidade morfológica como estratégia para a redução de plantas em cultivares de soja. Revista Agrarian 10: 22-30.

CARMO EL et al. 2019. Phytosanitary risks and agronomic performance of soybeans associated with spatial arrangements of plants. Bioscience Journal 35: 806-817.

CARVALHO PGC et al. 2002. Correlação e análise de trilha em linhagens de soja semeadas em diferentes épocas. Pesquisa Agropecuária Brasileira 37: 311-320.

CQFS RS/SC. 2016. Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 2.ed. Porto Alegre: CQFS. 376p.

CONAB. 2020. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. Brasília: CONAB. 18p. (Boletim Técnico 12).

EPAGRI. 2020. Boletim agropecuário junho/2020. Florianópolis: CEPA. 55p. (Boletim Técnico 315).

FERREIRA AS et al. 2018. Plant spatial arrangement affects grain production from branches and stem of soybean cultivars. Bragantia 77: 567-576.

HEIFFIG LS et al. 2006. Fechamento e índice de área foliar da cultura da soja em diferentes arranjos espaciais. Bragantia 65: 285-295.

KOTTEK M et al. 2006. World map of the Köppen-Geiger climate classification updated. Meteorol 15: 259-263.

KUMAGAI E. 2020. Agronomic responses of soybean cultivars to narrow intra-row spacing in a cool region of northern Japan. Plant Production Science 24: 29-40.

KUSS RC et al. 2008. Populações de plantas e estratégias de manejo da irrigação na cultura da soja. Ciência Rural 38: 1133-1137.

LI S et al. 2021. Estimating the contribution of plant traits to light partitioning in simultaneous maize/soybean intercropping. Journal of Experimental Botany 72: 3630-3646.

LIMA N et al. 2017. Plasticidade Fenotípica. Revista de Ciência Elementar 5: 2-5.

LIU B et al. 2010. Soybean yield and yield component distribution across the main axis in response to light enrichment and shading under different densities. Plant, Soil and Environment 56: 384-392.

MANDA N & MATAA M. 2020. Responses of soybeans (Glicine max (L.) Merrill) associated with variable plant density stress applied at different phenological stages: Plasticity or elasticity? African Journal of Biotechnology 19: 307-319.

MORO FS et al. 2021. Produtividade de grãos em soja e seus componentes sob diferentes densidades de plantio. Revista Tecno-lógica 25: 314-319.

MUNIZ AF et al. 2021. Distribution of soybean plants with a vacuum seeder. Brazilian Journal of Development 7: 98756-98772.

PEIXOTO CP et al. 2000. Épocas de semeadura e densidade de plantas de soja: Componentes da produção e rendimento de grãos. Scientia Agricola 57: 89-96.

PERINI AF et al. 2012. Components of the production in soybean cultivars with determinate and indeterminate growth. Semina: Ciências Agrárias 33: 2531-2544.

PETTER AF et al. 2016. Does high seeding density increase soybean productivity? Photosynthetically active radiation responses. Bragantia 75: 173-183.

POTTER OR et al. 2004. Solos do estado de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 745p.

RAMBO L et al. 2003. Soybean yield response to plant arrangement. Ciência Rural 33: 405-411.

RITCHIE SW et al. 1977. How soybean plant develops. Iowa: AMES. 20p.

RODRIGUES O et al. 2011. Rendimento de grãos de soja: efeito do espaçamento e da densidade. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Passo Fundo: Embrapa Trigo. 15p. (Boletim Técnico 17).

SILVA RFF & DOBASHI AF. 2021. Análise do custo de produção da safra 2021/2022 de soja no Mato Grosso do Sul. APROSOJA. 4p.

SILVA AC et al. 2018. A importância da soja para o agronegócio brasileiro: uma análise sob o enfoque da produção, emprego e exportação. Disponível em: http://www.apec.unesc.net/V_EEC/sessoes_tematicas/Economia%20rural% 20e%20agricultura%20familiar/A%20IMPORT%C3%82NCIA%20DA%20SOJA%20PARA%20O%20AGRONEG%C3%93CIO%20BRASILEIRO.pdf. Acesso em: 20 jan. 2020.

SOUZA CA et al. 2010. Relação entre densidade de plantas e genótipos de soja Roundup Ready. Planta Daninha 28: 887-896.

UMBURANAS RC et al. 2022. Changes in soybean cultivars released over the past 50 years in southern Brazil. Scientific Reports 12: e121.

VAN ROEKEL RJ et al. 2015. Physiological and management factors contributing to soybean potential yield. Field Crops Research 182: 86-97.

WERNER F et al. 2021. Grain, oil and protein production on soybean stems and branches under reduced densities. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 16: e7439.

Downloads

Publicado

2022-03-25

Como Citar

DERETTI, André Felipe Hermann et al. Resposta de cultivares de soja à redução na densidade de plantas no planalto norte catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 21, n. 2, p. 123–136, 2022. DOI: 10.5965/223811712122022123. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/21217. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)