O objeto artístico, o objeto artesanal e o objeto de design
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630522021128Palavras-chave:
Arte, Artesanato, DesignResumo
Há várias interseções, em vários aspectos, entre arte, artesanato e design, as quais contribuem para a evolução conceitual de cada um dos setores e, ao mesmo tempo, para a interação entre eles. Neste estudo, levam-se em conta os conceitos referentes à arte, ao artesanato e ao design, suas ambiguidades, inter-relações e conexões em suas respectivas atualizações no decorrer de diferentes épocas, que envolvem ações, termos técnicos e materiais, a partir das transformações sociais e contextualizações. A metodologia utilizada opta por uma síntese e adaptação dos autores Löbach, Munari e Baxter, além de Dijon De Moraes. A imagem, como comunicação visual, tem valores diferentes, segundo o contexto onde ela está inserida, e oferece informações diferentes, da mesma forma que permanecerá com maior ou menor intensidade, condensando-se ou diluindo-se, por um tempo maior ou menor no repertório de imagens das pessoas. Todas essas possibilidades integrativas se oferecem em relação aos elementos já existentes e também às possibilidades de “conexões”. Seu aviso de permanência será aquele de pregnância na memória, ou seja, o tempo real de sua verdadeira existência, não o tempo físico, mas, pelo contrário, o de sua pregnância psicofísica, o que dá consistência às leis da Gestalt, sobretudo no tocante à sua lei básica da pregnância da forma. O criador, com sua comunicação não verbal no universo artístico, também irá utilizar o mesmo recurso como seu arquivo de significados representantativos que traz na memória, em conformidade com o ethos de um corpo coletivo, como define Maffesoli.
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