Distância mínima da linha de semeadura da soja em consórcio com o cafeeiro em formação
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712442025878Palavras-chave:
Coffea arabica L, desenvolvimento, cultivo consorciadoResumo
A definição da distância mínima da linha de semeadura da soja com o ramo ortotrópico em consórcio com o cafeeiro em formação norteou os objetivos dessa pesquisa. O experimento foi realizado na área demonstrativa da Universidade Federal de Uberlândia, Campus Monte Carmelo, Minas Gerais. O plantio do cafeeiro ocorreu em março de 2021, no espaçamento de 3,5 m entre linhas e 0,6 m entre plantas, utilizando-se a cultivar IPR 100. Executou-se o plantio da soja na entrelinha do cafeeiro em novembro de 2021, cultivar LG 60162IPRO, no espaçamento de 0,4 m entre linhas e 14 sementes por metro linear. Somente o cafeeiro foi irrigado por sistema de gotejamento, com espaçamento entre os gotejadores de 0,6 m e vazão de 2,1 L h-1. O consórcio configurou cinco formas de manejo com linhas de plantio de soja e distância da última linha em relação ao caule ortotrópico: T1: controle sem soja, T2: 2 linhas - 1,55 m, T3: 4 linhas - 1,15 m, T4: 6 linhas - 0,75 m e T5: 8 linhas - 0,35 m do cafeeiro. Cada parcela foi composta por cinco plantas de cafeeiro. Foram avaliados nos cafeeiros das três plantas centrais: comprimento, largura e espessura de duas folhas por planta, índice de clorofila (SPAD 502), temperatura da folha, contagem de estômatos, comprimento de um par de ramos plagiotrópicos localizado no terço médio do cafeeiro, número e distância de entrenós e número de ramos plagiotrópicos primários. A soja na entrelinha do cafeeiro não alterou o padrão de desenvolvimento das folhas e ramos de Coffea arabica L. quando mantidas distâncias superiores a 0,75 m do caule do cafeeiro. Sugere-se que esta seja a distância mínima crítica de tolerância do cafeeiro sem que ela desenvolva mecanismos de evitar sombreamento e alteração do padrão de crescimento.
Downloads
Referências
BRAVIN NP et al. 2020. Crescimento inicial do cafeeiro robusta submetido a consórcios culturais nas entrelinhas. Revista Agrarian 13: 169-177.
CARVALHO AMX et al. 2020. SPEED Stat: a free, intuitive, and minimalist spreadsheet program for statistical analyses of experiments. Crop Breeding and Applied Biotechnology 20: e327420312.
CARVALHO E et al. 2024. Intercropped Soybean Plant Population in a Coffee Plantation and Its Effects on Agronomic Parameters and Geospatial Information. Agronomy 14: 343.
CHERUBIN MR et al. 2022. Guia prático de plantas de cobertura: aspectos fitotécnicos e impactos sobre a saúde do solo. Piracicaba: ESALQ-USP. 126p.
CONAB. 2023. Acompanhamento da safra brasileira de café. Brasília: CONAB. 49p. (4°Levantamento). Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/cafe/boletim-da-safra-de-cafe. Acesso em: 18 nov. 2024.
CRAVEN D et al. 2011. Seasonal variability of photosynthetic characteristics influences growth of eight tropical tree species at two sites with contrasting precipitation in Panama. Forest Ecology and Management 261: 1643-1653.
GOMES IAC et al. 2008. Alterações morfofisiológicas em folhas de Coffea arabica L. cv. "Oeiras" sob influência do sombreamento por Acacia mangium Willd. Ciência Rural 38: 109-115.
GUIMARÃES PTG et al. 1999. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª Aproximação. Viçosa: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. 359p.
LARCHER W. 2006. Ecofisiologia Vegetal. 3.ed. São Carlos: RiMa. 531p.
MAPA. 2024. Secretaria de Política Agrícola. Sumário executivo do café. Outubro de 2024. Disponível em http://www.consorciopesquisacafe.com.br/images/stories/ noticias/2021/2024/Outubro/Sumario_Cafe_outubro_2024.pdf. Acesso em 21 nov. 2024.
MARCHI S et al. 2008. Variation in mesophyll anatomy and photosynthetic capacity during leaf development in a deciduous mesophyte fruit tree (Prunus persica) and an evergreen sclerophyllous Mediterranean shrub (Olea europaea). Trees 22: 559-571.
NASCIMENTO EA et al. 2006. Alterações morfofisiológicas em folhas de cafeeiro (Coffea arabica L.) consorciado com seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg.). Ciência Rural 36: 852-857.
PELLEGRINA HS. 2022. Trade, productivity, and the spatial organization of agriculture: Evidence from Brazil. Journal of Development Economics 156: 102816.
PEREIRA LS et al. 2020. Manejo de plantas daninhas e rendimento de feijão-caupi utilizando plantas de cobertura do solo. Brazilian Journal of Development 6: 2304423059.
PINHO LGR et al. 2021. Mudanças climáticas e a produção de café conilon na microrregião Centro-Oeste do estado do Espírito Santo. Revista Ifes Ciência 7: 01-14.
REZENDE PM et al. 2000. Consórcio soja-café I. Comportamento de cultivares e do número de linhas de soja [Glycine max (L). Merril] sobre o cafeeiro (Coffea arabica L.) em sistema de consórcio. Ciência e Agrotecnologia 24: 38.
SANTOS HG et al. 2018. Sistema brasileiro de classificação de solos. 5.ed. Brasília: EMBRAPA. 355p.
SILVA AR et al. 2015. Desenvolvimento da soja em sistemas de integração lavoura pecuária-floresta. Enciclopédia Biosfera 11: 1-896.
SILVA MA et al. 2021. Plantas de cobertura isoladas e em mix para a melhoria da qualidade do solo e das culturas comerciais no Cerrado. Research, Society and Development 10: 1-11.
SILVA MS & BARDIVIESSO EM. 2021. Soja + café: Integração de alto valor. Campos e Negócios Online. Disponível em: https://revistacampoenegocios.com.br/soja-cafe-integracao-de-alto-valor/. Acesso em: 4. dez. 2024.
TREVISAN E et al. 2012. Distância de internódios, crescimento acumulado e número de nós do café conilon sombreado com seringueira e a pleno sol. In: Anais do 38º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. Resumos....Caxambu: Fundação Procafé.
ZACARIAS AJ et al. 2020. Custo/benefício da adubação verde do consórcio no café conilon. Research, Society and Development 9: 2849119746.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.


