Podridões de colmo estão associadas à precocidade de híbridos de milho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711942020392

Palavras-chave:

Zea mays, Colletotrichum graminicola, Fusarium sp., Stenocarpella sp., genótipos avançados

Resumo

As podridões de colmo do milho são responsáveis por significativas reduções em rendimento de grãos. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação existente entre a incidência de podridões de colmo e o ciclo de seis híbridos de milho. O experimento foi conduzido a campo, semeados no mês de outubro nas safras 2012/2013 e 2013/2014 utilizando-se 70.000 sementes ha-1 dos híbridos comerciais P32R22 YHR e AG9045 VT PRO (superprecoces) e P30F53 Hx, DKB250 VT PRO2, AS1656 VT PRO2 e AG8025 VT PRO (precoces). O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com quatro repetições avaliando-se, em cada parcela cinco metros lineares. A incidência de podridões foi determinada pela presença de descoloração e menor resistência do colmo. Espigas provenientes de plantas sadias e doentes foram trilhadas separadamente para determinação do dano percentual. Danos ocasionados por podridões de colmo, em função da severidade da doença podem ser variáveis em função dos híbridos, mesmo com características semelhantes de ciclo. Os fungos detectados nos colmos foram Stenocarpella sp., Colletotrichum graminicola, Fusarium graminearum e F. verticillioides. Todos os híbridos avaliados expressaram sintomas de podridão de colmo demonstrando não haver resistência, mas sim, apenas diferentes graus de suscetibilidade entre os materiais testados. O híbrido AG8025 VT PRO demonstrou ser o menos suscetível a podridões de colmo. Os híbridos superprecoces P32R22 YHR e AG9045 VT PRO apresentaram maior incidência do que híbridos de ciclos precoces, indicando que a maior precocidade está associada à maior suscetibilidade a podridões de colmo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARNET HL & HUNTER BB 1998. Illustrated genera of imperfect fungi. 4.ed. St. Paul: The american Phytopathological Society. 218p.

BERGHETTI JB et al. 2019. Incidence of stalk rots in corn hybrids influenced by sowing time and nitrogen rates. Bragantia 78: 371-378.

BLUM LEB et al. 2003. Desfolha, população de plantas e precocidade do milho afetam a incidência e a severidade de podridões de colmo. Ciência Rural 33: 805-811.

CASA RT et al. 2007. Incidência de podridões de colmo, grãos ardidos e rendimento de grãos em híbridos de milho submetidos ao aumento na densidade de plantas. Summa Phytopathologica 33: 353-357.

CASELA CR et al. 2006. Doenças na cultura do milho. Sete Lagoas: EMBRAPA, 14p. (Circular técnica).

COSTA RV et al. 2010. Incidência de Colletotrichum graminicola em colmos de genótipos de milho. Summa Phytopathologica 36: 122-128.

DENTI EA & REIS EM. 2001. Efeito da rotação de culturas, da monocultura e da densidade de plantas na incidência das podridões da base do colmo e no rendimento de grãos de milho. Fitopatologia Brasileira 26: 635-639.

DENTI EA & REIS EM. 2003. Levantamento de fungos associados às podridões de colmo e quantificação de danos em lavouras de milho do Planalto Médio Gaúcho (RS) e dos campos gerais do Paraná. Fitopatologia Brasileira 28: 585-590.

FANCELLI AL. 2000. Fisiologia da produção e aspectos básicos de manejo para altos

rendimentos. In: SANDINI I & FANCELLI AL. Milho: estratégias de manejo para a região sul. Guarapuava: Fundação de Pesquisa Agropecuária. p.103-116.

MATIELLO RR et al. 2013. Comparison of yield damage of tropical maize hybrids caused by anthracnose stalk rot. Tropical Plant Pathology 38: 128-132.

MENDONÇA LF et al. 2016. Accuracy and simultaneous selection gains for grain yield and earliness in tropical maize lines. Maydica 61: 1-7.

REIS EM et al. 1998. Método para quantificar os danos no rendimento de grãos causados pelas podridões da base do colmo do milho. Fitopatologia Brasileira 23: 300.

RIBEIRO NA et al. 2005. Incidência de podridões de Colmo, grãos ardidos e produtividade de grãos de genótipos de milho em diferentes sistemas de manejo. Ciência Rural 35: 1003-1009.

SANGOI L. 2001. Understanding plant density effects on maize growth and development: an important issue to maximize grain yield. Ciência Rural 31: 159-168.

SANGOI L et al. 2010. Ecofisiologia da cultura do milho para altos rendimentos. Lages: Graphel. 87p.

SCHALL RA et al. 1980. Influence of light on maize anthracnose in the greenhouse. Phytopathology 70: 1023-1026.

USDA. 2020. United States Department of Agriculture. Foreign Agricultural Service: Corn. Disponível em: https://www.fas.usda.gov/data/search?f%5B0%5D=field_commodities%3A 14. Acesso em: 20 abr. 2020.

WHITE DG 1999. Compendium of corn diseases. St. Paul: APS Press. 78p.

WORDELL FILHO JA & CHIARADIA LA 2016. (Orgs.). A cultura do milho em Santa Catarina. 3.ed. Florianópolis: EPAGRI. 400p.

Downloads

Publicado

2020-12-14

Como Citar

BERGHETTI, Juliano; FERREIRA, Evandro Zacca; CASA, Ricardo Trezzi; SCHEIDT, Bruno Tabarelli; MARTINS, Flavio Chupel; GONÇALVES, Mayra Juline. Podridões de colmo estão associadas à precocidade de híbridos de milho. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 19, n. 4, p. 392–398, 2020. DOI: 10.5965/223811711942020392. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/16875. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>