Aplicação exógena de tiamina em arroz de terras altas submetido ao déficit hídrico
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711912020048Palavras-chave:
Oriza sp., vitamina B1, estresse abiótico, proteção vegetalResumo
A ocorrência de déficit hídrico durante o ciclo produtivo do arroz de terras altas, pode resultar em menor desenvolvimento vegetativo e produção. Neste sentido, verifica-se a possibilidade da utilização de produtos com efeito protetivo, tal como a vitamina B1. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação exógena de tiamina, via foliar, durante e 30 dias após a emergência das plantas, sobre as características biométricas e produtivas de arroz de terras altas submetido a intervalo com déficit hídrico. O experimento foi delineado em blocos casualizados, com cinco tratamentos em cinco repetições, totalizando 25 parcelas experimentais. Os tratamentos foram assim definidos: T1 – controle sem aplicação da vitamina; T2 – aplicação de 50 mg L-1 de tiamina na emergência das plântulas; T3 – aplicação de 50 mg L-1 de tiamina aos 30 dias após a emergência; T4 – aplicação de 100 mg L-1 de tiamina na emergência das plântulas; T5 – aplicação de 100 mg L-1 de tiamina aos 30 dias após a emergência. O estresse hídrico foi aplicado quando as plantas estavam em estádio variando de V3 a V6. Foram avaliados os teores relativos de clorofilas “a”, “b” e total, a altura de planta, o número de perfilhos, o comprimento e número de panículas por metro quadrado, a massa de 1000 grãos, a fertilidade de espiguetas e a produtividade. Destacou-se a aplicação da tiamina aos 30 dias após a emergência, elevando o comprimento de panícula, a massa de 1000 grãos e a fertilidade de espiguetas em 16,4%, 8,4% e 6,0%, respectivamente. A aplicação da tiamina, como tratamento foliar, ameniza os efeitos da deficiência hídrica em sobre as características biométricas e produtivas de plantas de arroz de terras altas, principalmente quando aplicada 30 dias após a emergência das plantas e em concentração de 100 mg L-1.
Downloads
Referências
AHN IP et al. 2005. Vitamin B1 functions as an activator of plant disease resistance. Plant Physiology 138: 1505-1515.
AWASTHI RP et al. 2014. Individual and combined effects of transient drought and heat stress on carbon assimilation and seed filling in chickpea. Functional Plant Biology 41: 1148-1167.
BARAKAT H. 2003. Interactive effects of salinity and certain vitamins on gene expression and cell division. International Journal of Agriculture and Biology 5: 219-225.
BEDOUR AAL & RAWIA AE. 2011. Improving gladiolus growth, flower keeping quality by using some vitamin application. Journal of American Science 7: 169-174.
BOUBAKRI H et al. 2012. Thiamine induced resistance to Plasmopara viticola in grapevine and elicited host–defense responses, including HR like-cell death. Plant Physiology and Biochemistry 57: 120-133.
CARDOSO MRD et al. 2014. Classificação climática de KÖPPEN-GEIGER para o estado de Goiás e o Distrito Federal. Acta Geográfica 8: 40-55.
DONAGEMMA GK et al. 2011. Manual de métodos de análise de solo. 2.ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA. 212p.
GOYER A. 2010. Thiamine in plants: aspects of its metabolism and functions. Phytochemistry 71: 1615-1624.
HASSANEIN RA et al. 2009. Physiological effects of nicotinamide and ascorbic acid on Zea mays plant grown under salinity stress. Changes in growth, some relevant metabolic activities and oxidative defense systems. Research Journal of Agriculture and Biological Sciences 5: 72-81.
HENDAWY SF & EZZ EL-DIN AA. 2010. Growth and yield of Foeniculum vulgar var. Azoricum as influensed by some vitamins and amino acids. Ozean Journal Applied Science 3: 113-123.
HUANG WK et al. 2016. Thiamine‐induced priming against root‐knot nematode infection in rice involves lignification and hydrogen peroxide generation. Molecular Plant Pathology 17: 614-624.
KAYA C et al. 2015. Exogenous application of thiamin promotes growth and antioxidative defense system at initial phases of development in salt-stressed plants of two maize cultivars differing in salinity tolerance. Acta Physiologiae Plantarum 37: 1741.
MAHGOUB HM et al. 2011. Response of Dahlia pinnata L. plant to foliar spray with Putrescine and Thiamine on growth, flowering and photosynthetic pigments. American-Eurasian Journal of Agricultural & Environmental Sciences 10: 769-775.
OLIVEIRA NETO AA. 2015. A cultura do arroz. Brasília: Conab. 179p.
REGUERA M et al. 2013. Stress-induced cytokinin synthesis increases drought tolerance through the coordinated regulation of carbon and nitrogen assimilation in rice. Plant Physiology 163: 1609-1622.
SANTOS HG et al. 2013. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3.ed. Brasília: Embrapa. 342p.
SOLTANI Y et al. 2014. Response of growth, flowering and some biochemical constituents of Calendula officinalis L. to foliar application of salicylic acid, ascorbic acid and thiamine. Ethno-Pharmaceutical Products 1: 37-44.
SILVA FC. 2009. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. Rio de Janeiro: Embrapa. 623p.
TAIZ L et al. 2017. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed. 888p.
NUNES TV et al. 2012. Aspectos produtivos de linhagens de arroz de terras altas sob déficit hídrico. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 7: 52-57.
TERRA TGR et al. 2015. Características de tolerância à seca em genótipos de uma coleção nuclear de arroz de terras altas. Pesquisa Agropecuária Brasileira 50: 788-796.
VENDRUSCOLO EP et al. 2017. Aplicação de niacina ou tiamina promove incremento no desenvolvimento de mostarda. Cultura Agronômica 26: 433-442.
VENDRUSCOLO EP et al. 2018. Viabilidade econômica do cultivo de milho doce submetido à inoculação com Azospirillum brasilense e soluções de tiamina. Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences 61: 1-7.
WHEELER T & VON BRAUN J. 2013. Climate change impacts on global food security. Science 341: 508-513.
ZHOU R et al. 2017. Drought stress had a predominant effect over heat stress on three tomato cultivars subjected to combined stress. BMC Plant Biology 17: 1-13.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.