Práticas docentes no ensino de ciências e biologia para alunos com deficiência visual: uma análise à luz da perspectiva inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781632020312Palabras clave:
Deficiência Visual, Educação Inclusiva, Formação Docente, Análise Textual Discursiva,Resumen
O ensino de Ciências e Biologia para alunos com deficiência visual ainda enfrenta barreiras, como acesso à matrícula, profissionais especializados, materiais, métodos adaptados e tecnologias que auxiliem sua aprendizagem. Contudo, o olhar do professor com suas incertezas e dúvidas, sejam gerais ou específicas da disciplina, muitas vezes é negligenciado. Nesse contexto, a seguinte pesquisa objetivou analisar as práticas docentes de professores de Ciências e Biologia de uma escola de aplicação de uma universidade por meio da análise textual discursiva, considerando suas formações, dificuldades, concepções de inclusão e experiências. Observamos que a formação está intimamente ligada à prática docente, assim, o não estímulo à inclusão direciona como os docentes lidam com a diversidade em uma sala com alunos que possuam deficiência visual. Fatores da disciplina como a abstração/complexidade de seus conteúdos e a falta de formação adequada contribuem para a dificuldade em promover metodologias que alcancem os alunos. Para uma prática docente sensível às questões da diversidade, é fundamental uma formação inicial e continuada que considere a heterogeneidade e individualidade de cada aluno, materiais adaptados que estimulem outros sentidos além da visão, e o comprometimento dos docentes em buscar conhecimentos, saindo do modelo de educação estática ainda adotado por alguns profissionais.
Descargas
Citas
ALVES, I. K. A formação docente no contexto da Educação Inclusiva. 2012. Monografia (Especialização em Educação Especial e Processos Inclusivos) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
BOGDAN, R; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em Educação: fundamentos, métodos e técnicas. In: Investigação qualitativa em Educação. Portugal: Porto Editora, 1994. p. 15-80.
BRASIL. Declaração de Salamanca: sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Brasília: MEC, 1994.
BRASIL. Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, 1996.
BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC, 2001a.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. Brasília: MEC, 2001b.
BRASIL. Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001. Brasília: MEC, 2001c.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, 2008.
BRASIL. Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE, 2009.
BRAUN, P; MARIN, M. Práticas docentes em tempos de inclusão: uma experiência na escola básica. Revista e-Mosaicos, Rio de Janeiro, v. 1, n.2, p. 3-12, 2012.
CAPELLINI, V; RODRIGUES, O. Concepção de professores acerca dos fatores que dificultam o processo de inclusão. Revista Educação, Porto Alegre, v. 32, n. 3, p. 355-364, 2009.
CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2014.
CASTRO, J. A. Evolução e desigualdade na educação brasileira. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 108, p. 673-697, out. 2009.
CORRÊA, D. L. A educação inclusiva no ensino de Biologia em uma escola de aplicação, em São Luís – MA: concepções, trabalhos desenvolvidos e contribuições. 2015. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2015.
COSTA, A. P. A importância da afetividade escolar no processo de inclusão social. 2011. Monografia (Especialização em Desenvolvimento Humano) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011.
CUNHA, A. M. S. Educação profissional e inclusão de alunos com deficiência: um estudo no Colégio Universitário/UFMA. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2011.
DECHICHI, C; SILVA, L. C. Inclusão Escolar e Educação Especial: teoria e prática na diversidade. Uberlândia: EDUFU, 2008.
DUEK, V. P. Professores diante da Inclusão: superando desafios. In: IV Congresso Brasileiro de Multidisciplinar de Educação Especial, 4., 2007. Anais [...]. Londrina, 2007. p. 1-8.
GIL, M. (org.). Deficiência Visual. Brasília: MEC, 2000.
GIROTO, C. R. M; POKER, R. B; OMOTE, S. (org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
GLAT, R; PLETSCH, M. D; FONTES, R. S. Educação Inclusiva & Educação Especial: propostas que se complementam no contexto da escola aberta à diversidade. Revista Educação, Santa Maria, v. 32, n. 2, p. 343-356, 2007.
JESUS, D. M; EFFGEN; A. P. S. Formação docente e práticas pedagógicas: conexões, possibilidades e tensões. In: MIRANDA, T. G.; FILHO, T. A. G. (org.). O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012. p. 17-24.
KLIEME, E; VIELUF, S. Teaching practices, teachers’ beliefs and attitudes. In: Creating effective teaching and learning environments: first results from TALIS. Paris: COED, 2009. p. 87-135.
LIPPE, E. M. O; CAMARGO, E. P. O ensino de Ciências e deficiência visual: uma investigação das percepções da professora de Ciências com relação à inclusão. In: Jornada de Educação Especial, 10., 2010, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 2010. p. 1-7.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como fazer?. São Paulo: Moderna, 2003.
MORAES, R; GALIAZZI, M. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora Unijuí, 2016.
MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, Bauru, v. 9, n. 2, p. 191-210, 2003.
NÓVOA, A. Formação de professores e formação docente. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
PLETSCH, M. D. A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Revista Educar, Curitiba, n. 33, p. 143-156, 2009.
PORTAL INEP. Censo Escolar 2014: Sinopses Estatísticas da Educação Básica. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica. Acesso em: 22 mar. 2018.
RIVAS, N. P. P; PEDROSO, C. C. A. P; LEAL, M. A. I; CAPELINI, H. A. A (re)significação do trabalho docente no espaço escolar: currículo e formação. In: Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores, 8., 2005, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, 2005. p. 6-13.
SANT’ANA, I. M. Educação Inclusiva: concepções de professores e diretores. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 227-234, 2005.
SEEGGER, V; CANES, S. E; GARCIA, C. A. X. Estratégias Tecnológicas na Prática Pedagógica. Monografias Ambientais, Santa Maria, v. 8, n. 8, p. 1887-1899, 2012.
SILVA, T. V. Inclusão Escolar: relação família-escola. In: Congresso Nacional de Educação, 12., 2015, Curitiba. Anais [...]. Curitiba, 2015. p. 14243 – 14254.
TEODORO, N. C. Materiais didáticos de ciências e biologia para alunos com necessidades educacionais especiais. Revista da SBEnBio, v.1, n. 7, p. 6173-6184, 2014.
TOLEDO, E. H; MARTINS, J. B. A atuação do professor diante do processo de inclusão e as contribuições de Vygotsky. In: Congresso Nacional de Educação, 9., 2009, Curitiba. Anais [...]. Curitiba, 2009. p. 4127-4138.
WEIGERT, C. Exclusão/Inclusão na escola: fronteiras que (de)limitam olhares. 2017. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Louíze Roberta Mafra de Sousa, Carlos Erick Brito de Sousa
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Declaración de Derecho de Autor
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
(A) Autores mantiene los derechos de autor y concede a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
(B) Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
(C) Esta revista proporciona acceso público a todo su contenido, ya que esto permite una mayor visibilidad y alcance de los artículos y reseñas publicadas. Para obtener más información acerca de este enfoque, visite el Public Knowledge Project.
Esta revista tiene una licencia Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International. Esta licencia permite que otros remezclen, modifiquen y desarrollen su trabajo con fines no comerciales, y aunque los trabajos nuevos deben acreditarlo y no pueden usarse comercialmente, los usuarios no están obligados a licenciar estos trabajos derivados bajo los mismos términos.