O que os professores informam sobre o uso de material didático inclusivo: algumas contribuições

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/198431782012024e0062

Palavras-chave:

ensino de matemática, pessoas com deficiência visual, materiais didáticos inclusivos, análise textual discursiva

Resumo

A temática de interesse deste relato de experiência se justifica pelos materiais didáticos voltados ao ensino de alunos com deficiência visual, sobre uma experiência docente realizada durante a graduação em Matemática, por um discente para alunos de um centro de apoio, ao sul da Bahia, dentre as especificidades da Educação Inclusiva. A questão de pesquisa proposta busca identificar a necessidade da utilização de materiais didáticos inclusivos na Educação Especial. Como objetivo geral, intentamos compreender os aspectos observados por professores da EE sobre os materiais que atendam às necessidades dos estudantes. Metodologicamente, para ratificar as constatações decorrentes da experiência mencionada, realizamos a coleta de dados via questionários, enviados a professores de escolas/institutos e centros de Educação Inclusiva. Para isso, apresentamos a seguinte indagação: ao utilizar material didático inclusivo, que atende às dificuldades do aluno, você percebeu melhorias nas aprendizagens? A análise dos dados qualitativos é realizada por meio de Análise Textual Discursiva, tendo como resultado a categoria ‘Especialização em Educação Inclusiva’, que permitiu a escrita das considerações finais, as quais sinalizam a necessidade de aperfeiçoamento profissional para professores que ensinam em salas de aula inclusivas desde o ensino de graduação, independentemente da área de formação do discente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anderson Argolo dos Santos, Universidade Estadual de Santa Cruz

Possui graduação em Engenharia de Produção Civil pela Universidade do Estado da Bahia (2017). Graduando em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), participou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) entre 2018-2020. Foi voluntario no apoio pedagógico na área de ensino a deficientes visuais no Centro de Apoio Pedagógico de Ipiaú (CAPI), sendo a educação matemática na inclusão para pessoas deficientes visuais sua área de pesquisa. Bolsista no projeto de pesquisa de Análise Textual Discursiva com utilização de softwares.

Referências

BAHIA. Secretaria de Educação do Estado. Diretrizes da Educação para Pessoas com Deficiências, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação no Estado da Bahia. Secretaria de Educação Especial. Bahia, 2017.

BERNARDO, F. G. A importância do uso do Soroban por alunos cegos e com baixa visão no processo de inclusão. In: Congresso Nacional de Educação, XII, PUCPR, Paraná, 2015.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Portugal: Porto, 1994.

BRASIL. Collecção das Leis do Imperio do Brasil de 1854. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1854.

BRASIL. Decreto nº 72.425, de 03 de julho de 1973. Dispõe sobre a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 1973.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Decreto n.º 3.298, de 20 de setembro de 1999. Dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 20 dez. 1999. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/ pdf/dec3298.pdf. Acesso em: 12 set. 2021.

BRASIL. Decreto n.º 5.296, de 02 de dezembro de 2004. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2 dez. 2004a.

BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização: deficiência física. Brasília: MEC, 2004b.

BRASIL. Portaria nº 1.010, dia 11 de maio de 2006. Portaria autoriza dispositivos para deficientes visuais. Brasil, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/205-1349433645/6228-sp-1695411569; Acesso em: 18 jan. 2022

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.128, de 24 de dezembro de 2008. Gabinete do Ministro. Brasília, 2008.

CERQUEIRA, J. B. et al. (Outros autores) Código matemático unificado para a língua portuguesa – CMU. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, Brasília, 2006.

CERQUEIRA, J. B.; FERREIRA, E. M. B. Recursos didáticos na educação especial. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro: IBCENTRO, n. 6, abr. 2000.

DE PAULA, M. C.; GUIMARÃES, G. T. D. Análise textual discursiva na educação em ciências e matemática: período de 2004-2020. New Trends in Qualitative Research, v. 7, p. 403-412, jul. 2021.

DICHER, M.; TREVISAM, E. A jornada histórica da pessoa com deficiência: inclusão como exercício do direito à dignidade da pessoa humana. In: Congresso Nacional do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito. João Pessoa (PB), v. 23, p. 254-276, nov. 2014.

FERNANDES, C. T. et al. A construção do conceito de número é o pré-Soroban. MEC: Secretaria de Educação Especial, 2006.

FERREIRA, E. M. B. Sistema Braille: simbologia básica aplicada à língua portuguesa. Rio de Janeiro: Instituto Benjamin Constant, 2019.

GUGEL, M. A. Pessoas com deficiência e o direito ao trabalho. Florianópolis: UCG; Obra Jurídica, 2007.

LEITE, L. P. et al. (Outros autores por extenso aqui) A adequação curricular como facilitadora da educação inclusiva. Revista do Programa de Estudos Pós-graduação PUC-SP, São Paulo, n. 32, p. 89-111, out. 2011.

MANTOAN, M. T.; BAPTISTA, M. I. Inovação para fazer acontecer: como estamos fortalecendo redes de apoio à educação inclusiva. Revista On-line de Políticas e Gestão Educacional, Araraquara, v. 22, n. 2, p. 763-777, dez. 2018.

MARANHÃO, R. O. O portador de deficiência e o direito do trabalho. São Paulo: LTR, 2005.

MASINI, E. F. S. A educação do portador de deficiência visual. Em Aberto, Brasília, n. 60, dez. 1993.

MENDES, R. H. Educação inclusiva na prática: experiências que ilustram como podemos acolher todos e perseguir altas expectativas para cada um. São Paulo: Moderna; Fundação Santillana, 2020.

MOLOSSI, L. F. S. B.; AGUIAR, R.; MORETTI, M. T. Materiais didáticos para a inclusão de educandos cegos no ensino de matemática. In: Colóquio Luso-Brasileiro de Educação, 2., Joinville: UDESC, 2016. Disponível em: http://periodicos.udesc.br/index.php/colbeduca/article/view/8329; Acesso em: 19 jan. 2022.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. do C. Análise Textual Discursiva. 2.ed. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2011.

MRECH, L. M. O que é educação inclusiva? 2007. Disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/10/1-o-que-e-educacao-inclusiva.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.

PEIXOTO, J. L. B.; SANTANA, E. R. S.; CAZORLA, I. M. Soroban, uma ferramenta para a compreensão das quatro operações. Itabuna: Via Litterarum, 2006.

PINHEIRO, A. A.; ARAÚJO, A. G.; GONÇALVES, L. S. Multiplano como auxílio no ensino de matemática para pessoas cegas. In: Congresso Internacional de Educação Inclusiva, II., Campina Grande, 2016.

SANTOS, L. C. Proposta pedagógica para inclusão de alunos público-alvo da educação especial em aulas de ciências: limites e possibilidades. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Formação de Professores) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, 2019.

SANTOS, L. A. Formação continuada de professores de ciências para uma escola inclusiva. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Formação de Professores) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, 2017.

SOUZA, R. B.; GALIAZZI, M. R. A categoria na análise textual discursiva: sobre método e sistema em direção à abertura interpretativa. Revista Pesquisa Qualitativa, São Paulo (SP), v. 5, n. 9, p. 514-538, dez. 2017.

UNESCO. Declaração de Salamanca: sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Espanha, 1994.

VIGINHESKI, L. V. M. et al. O sistema Braille e o ensino da matemática para pessoas cegas. Ciências e Educação [on-line], v. 20, n. 4, p. 903-916, 2014.

VITA, A. C.; HENRIQUES, A.; CAZORLA, I. M. A institucionalização do Soroban na escola e a gênese instrumental por aprendizes cegos. In: DÍAZ, F. et al. (Org.) Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas. Salvador: EDUFBA, 2009, p. 127-135.

Downloads

Publicado

08-08-2024

Como Citar

PAULA, Marlubia; SANTOS, Anderson Argolo dos. O que os professores informam sobre o uso de material didático inclusivo: algumas contribuições. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 20, n. 1, p. e0062, 2024. DOI: 10.5965/198431782012024e0062. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/21587. Acesso em: 13 nov. 2024.