A presença que se produz na escuta do outro
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781820231e0040Palavras-chave:
deficiência visual, inclusão, jogos de improvisação, teatro na escolaResumo
Discutir as novas possibilidades do teatro e dos processos cênicos pode ser um caminho para compreendermos os redimensionamentos que tais temáticas alcançam na contemporaneidade, considerando, inclusive, novos processos pedagógicos em contexto escolar. Nesse sentido, apresentamos uma provocação relativa à ideia de que a presença pode ser produzida a partir da escuta do outro. Tomamos como referência para tal empreitada, a experiência que tivemos a partir de um estudo de mestrado, com jovens entre 13 e 17 anos de uma escola pública na cidade de Natal/RN, utilizando a metodologia das oficinas pedagógicas e dos jogos de improvisação. O estudo possibilitou que avançássemos na experimentação de um processo que procura redimensionar o conceito de presencialidade no teatro, por meio da transposição da cena teatral, tendo como referência a sonoridade como desdobramento cênico. Dessa forma, instaura-se um jogo de convergência e distinções entre presença (cena teatral) e ausência (cena sonora), cujos resultados permitiram aferir que a expansão do processo cênico se deu de forma a deflagrar nos alunos princípios alteritários relacionados a novas formas de perceber a si e ao outro, além de provocar a experiência de que a recepção por meio da matriz da audibilidade pode expandir a compreensão da presença cênica e, no caso deste estudo, da própria ideia de inclusão.
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