O tato, a audiodescrição e o teatro: quando as mãos desvendam os elementos da cena teatral
Palavras-chave:
Educação, Audiodescrição, Deficiência Visual, Artes, Exploração Tátil,Resumo
O presente artigo apresenta como referência os estudos de Violante (2015) e Santiago (2015) – que abordam a exploração tátil como procedimento complementar de acessibilidade teatral – e procura enfocar a experiência tátil desencadeada no processo de audiodescrição (AD) da peça teatral De Janelas e Luas. Assumindo como a abordagem metodológica a pesquisa de intervenção em uma perspectiva bakhtiniana, explora dois contextos investigativos, nos quais realiza a acessibilidade do espetáculo para pessoas com e sem deficiência visual: o auditório do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (NEI/CAp/UFRN) e uma sala de aula do segundo ano do Ensino Médio de uma escola da rede estadual, situada em Natal/RN. Esse enfoque permitiu compreender os procedimentos de tatibilidade e de audibilidade como formas semióticas de provocar as matrizes das visualidades inerentes ao espetáculo teatral, ampliando, com isso, a compreensão do teatro como arte do encontro, na medida em que as pessoas com deficiência visual tocam e são tocadas pela cena.
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