Distribuição horizontal sazonal de Erythmelus tingitiphagus (Hymenoptera: Mymaridae) em plantios de seringueira
Palavras-chave:
Chalcidoidea, Hevea brasiliensis, Hemiptera, heveicultura, parasitóide.Resumo
O parasitóide de ovos Erythmelus tingitiphagus (Soares) é um dos principais inimigos naturais do percevejo-de-renda, Leptopharsa heveae Drake e Poor (Hemiptera: Tingidae), juntamente com os crisopídeos e o fungo Sporothrix insectorum (Hoog e Evans). Estudos sobre a distribuição de insetospraga e seus inimigos naturais em seringueira são escassos. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi verificar a distribuição horizontal sazonal e a flutuação populacional do parasitóide E. tingitiphagus em talhões comerciais dos clones de seringueira RRIM 600, PR 255, PB 217, PB 235 e GT 1, no período de outubro de 2005 a fevereiro de 2006, período de ocorrência de L.heveae na região estudada. As amostragens foram realizadas nos quadrantes Norte, Sul, Leste e Oeste de cinco talhões, em folhas maduras coletadas no terço inferior da copa de cinco árvores marcadas, da bordadura em direção ao interior dos talhões. As folhas foram levadas ao laboratório, lavadas em solução de hipoclorito de sódio (1,5%), enxaguadas e secadas sobre papel absorvente. Os pecíolos de cada folíolo foram inseridos em tubos plásticos contendo água, lacrados, acondicionados em sacos plásticos (12 x 30 cm) identificados, inflados com auxílio de um compressor de ar e fechados em seladora elétrica. O material foi pendurado em varais em sala climatizada a 25 ± 1 ºC com fotofase de 12 horas. Após cinco dias, os sacos e folíolos foram observados sob microscópio estereoscópico para verificar a emergência de parasitóides. Os dados foram normalizados e submetidos à análise de variância (ANOVA) e suas médias comparadas pelo teste de Tukey (5%). Verificou-se uma distribuição equitativa do parasitóide, com médias variando de 2,59 (Sul) a 2,82 (Oeste) nos cinco clones, e uma tendência do parasitóide se concentrar no interior dos talhões de seringueira. Os clones que apresentaram o maior e o menor número de parasitóides foram o PR 255 e o PB 235, respectivamente. Nas áreas estudadas, o pico populacional do paritóide ocorreu em novembro para todos os clones, exceto para PR 255, em que o pico foi em dezembro.Downloads
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