Biochar e fungos micorrízicos no cultivo de mudas de Anadenanthera colubrina (Vell.)
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712432025496Palavras-chave:
Ecofisiologia, Restauração florestal, Resíduos sanitários, Simbiose micorrízicaResumo
O objetivo da pesquisa foi analisar o desenvolvimento de mudas de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, inoculadas com fungos micorrízicos e diferentes doses de biochar de lodo de esgoto em viveiro. O experimento foi realizado em viveiro florestal, em delineamento inteiramente casualizado. Estudou-se as diferenças estatísticas entre dosagens crescentes de biochar de lodo de esgoto e de fungos micorrízicos. Foram determinados os parâmetros de crescimento e ecofisiológicos aos três meses das mudas de A. colubrina, e os resultados foram submetidos a análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade. A dosagem com 10% de biochar de lodo de esgoto sem fungos micorrizicos foi a melhor formulação para a produção de mudas de Anadenanthera colubrina. O uso de maiores dosagens de biochar de lodo de esgoto aumentou o teor de P no substrato, o que inibiu a atuação dos fungos micorrízicos em favorecer as mudas de Anadenanthera colubrina ter um melhor desenvolvimento dos parâmetros morfológicos e ecofisiológicos. A inoculação de fungos micorrízicos em mudas de Anadenanthera colubrina com maiores dosagens de biochar de lodo de esgoto, o alto teor de P pode fazer com que os fungos micorrízicos tenham papel de parasitas ao invés de mutualistas, absorvendo carbono da planta, mas não compensando a mesma, prejudicando o desenvolvimento das mudas e desempenho ecofisiológico.
Downloads
Referências
BATISTA NS. 2016. Diversificação de cultivos de hortaliças associada ao uso de insumos para a fertilidade do solo, em sistema orgânico de produção. Dissertação de mestrado (Mestrado profissional em Agricultura Orgânica). Seropédica:UFRJ. 68p.
BRAGHIROLLI FL et al. 2012. Fungos micorrízicos arbusculares na recuperação de florestas ciliares e fixação de carbono no solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo 36: 733-744.
CANTARELLI EB et al. 2021. Desenvolvimento inicial de mudas de Tabebuia impetiginosa submetidas a diferentes tipos de substratos. Em: OLIVEIRA RJ (Ed.). Silvicultura e manejo florestal: técnicas de utilização e conservação da natureza. São Paulo: Cientifica Digital. p. 146-155.
CARLOS LKC et al. 2021. Durabilidade natural de cinco espécies madeireiras da Caatinga em ensaio de deterioração em campo aberto e natural. Advances in Forestry Science 8: 1527-1534.
CHEN S et al. 2016. Classification and characteristics of heat tolerance in Ageratina adenophora populations using fast chlorophyll a fluorescence rise O-J-I-P. Environmental and Experimental Botany 122: 126-140.
DELICES M et al. 2022. Anadenanthera colubrina (Vell) Brenan: Ethnobotanical, phytochemical, pharmacological and toxicological aspects. Journal of Ethnopharmacology 300: 1-17.
DINIS LT et al. 2016. Kaolin exogenous application boosts antioxidant capacity and phenolic content in berries and leaves of grapevine under summer stress. Journal Plant Physiology 191: 45–53.
ELKHALIFA S et al. 2019. Food waste to biochar through pyrolysis: A review. Resources, Conservation & Recycling 144: 310-320.
FERNANDES MM et al. 2023. Initial growth and ecophysiological aspects of forest legumes inoculated with mycorrhizal fungi in areas degraded by mining. Ciência Florestal 33: 1-16.
FERNANDES MM et al. 2021. The inoculation with arbuscular mycorrhizal fungi improved ecophysiological and growth parameters of Schinus terebinthifolius and Caesalpinia ferrea in degraded mining sites. Environmental Challenges 4: 23-38.
GONÇALVES E et al. 2012. Nutrição de mudas de angico vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan) submetidas a doses de N, P, K, Ca e Mg. Revista Árvore 36: 219 228.
IBI. 2009. Biochar for Environmental Management. London: Johannes Lehmann and Stephen Joseph.
JBRJ. 2023. Flora e Funga do Brasil. Rio de Janeiro: REFLORA.
LORENZI H. 2008. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum.
MAPBIOMAS. 2022. Disponível em: https://mapbiomas.org/. Acesso em: 15 Jan. 2024.
MAGALHÃES PSC et al. 2021. Morfometria de frutos e sementes e métodos para superação da dormência de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Fabaceae). Research, Society and Development 10: 1-13.
ONU. 2023. Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos. Direitos Humanos da ONU. Disponível em: . Acesso em: 16 Jan. 2024.
PEDONE-BONFIM MVL et al. 2018. Mycorrhizal benefits on native plants of the Caatinga, a Brazilian dry tropical forest. Symbiosis 74: 79-88.
PENG S et al. 1993. Growth depression in mycorrhizal citrus at high-phosphorus supply (analysis of carbon costs). Plant physiology 101: 1063-1071.
PIÑA-RODRIGUES FCM et al. 1997. Sistemas de plantio adensado para a revegetação de áreas degradadas da Mata Atlântica: bases ecológicas e comparações de custo-benefício com o sistema tradicional. Floresta e Ambiente 4: 30-41.
PRISA D & CARO S. 2023. Alternative substrates in the cultivation of ornamental and vegetable plants. Biological and Pharmaceutical Sciences 24: 209-220.
R CORE TEAM. 2023. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna. Disponível em: <https://www.R-project.org>. Acesso em: 16 Jan. 2024.
REZENDE FA et al. 2016. Biochar in substrate composition for production of teak seedlings. Pesquisa Agropecuária Brasileira 51: 1449-1456.
RODRIGUES ACDC et al. 2007. Efeito do substrato e luminosidade na germinação de Anadenanthera colubrina (Fabaceae, Mimosoideae). Revista Árvore 31: 187-193.
SANTOS AMM et al. 2021. Substratos alternativos para a produção de mudas de tomate e berinjela. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável 16: 206-212.
SNIS. 2022. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/03/estudo-aponta-que-falta-de-saneamento-prejudica-mais-de-130-milhoes-de-brasileiros >. Acesso em: 03 Jan. 2024.
SOARES SMP. 2010. Técnicas de restauração de áreas degradadas. Juiz de Fora: UFJF.
STIRBET A et al. 2018. Chlorophyll a fluorescence induction: can just a one-second measurement be used to quantify abiotic stress responses? Photosynthetica 56: 86–104.
STRASSER RJ et al. 2010. Simultaneous in vivo recording of prompt and delayed fluorescence and 820 nm reflection changes during drying and after rehydration of the resurrection plant Haberlea rhodopensis. Biochim. Biophys. Acta Bioenergy 1797: 1313–1326.
TAIZ L et al. 2017. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 1. Ed. Porto Alegre: Artmed Editora.
XU X et al. 2016. Chemical transformation of CO2 during its capture by waste biomass derived biochars. Environmental pollution 213: 533-540.
ZHANG J et al. 2021. Improve forest restoration initiatives to meet Sustainable Development Goal 15. Nature Ecology & Evolution 5: 10-13.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.


