Estoque de serapilheira em diferentes áreas em processo de restauração ecológica consorciadas com eucalipto na Mata Atlântica Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712342024763Palavras-chave:
recuperação de áreas degradadas , ecologia florestal, solos florestais, NDVI, RPAResumo
O objetivo deste trabalho é quantificar e comparar a serapilheira acumulada em áreas em processo de restauração florestal as quais passaram por diferentes manejos. Os diferentes tipos de manejos para a restauração foram: regeneração natural após corte raso de plantio de eucalipto; plantio de espécies nativas após corte raso de plantio de eucalipto; plantio de espécies nativas após corte de 50% de plantio de eucalipto; e floresta secundária (referência). Foram alocadas de forma sistemática 10 parcelas permanentes de 25 x 25 m em cada área, totalizando 40 parcelas (2,5 ha). Posteriormente foi levantada a densidade absoluta de indivíduos arbóreos (ind. ha-1). No centro de cada parcela foi coletada a serapilheira (0,25 x 0,25 x 0,05 m). A densidade do solo foi calculada para cada parcela nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-20. O índice de vegetação de diferença normalizada (NDVI) foi estimado por imagens espectrais obtidas por uma aeronave remotamente pilotada (ARP). Nuvens densas de pontos 3D também foram geradas a partir de fotogrametria aérea digital e os valores de abertura do dossel foram estimados para cada parcela. Em seguida foi calculada a matriz de correlação de Pearson entre os valores de serapilheira acumulada e as variáveis do ambiente abertura do dossel, densidade do solo e densidade absoluta de árvores. A serapilheira acumulada apresentou correlação positiva significativa com o NDVI. Os diferentes sistemas de restauração ecológica sejam consorciados com eucalipto ou somente com espécies florestais nativas não foram eficientes em promover um acumulo de serapilheira semelhante a uma floresta secundária. O eucalipto não competiu com espécies florestais nativas e proporcionou uma maior quantidade de serapilheira acumulada. O NDVI foi o parâmetro que mais se correlacionou com a serapilheira acumulada.
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