Viabilidade e armazenamento do pólen de Myrceugenia euosma (O. Berg) D. Legrand e Siphoneugena reitzii D. Legrand (Myrtaceae)
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712322024203%20Palavras-chave:
germinação in vitro, tetrazólio, meio de cultura, freezerResumo
Neste trabalho foram avaliados aspectos da viabilidade polínica das espécies Myrceugenia euosma (O. Berg) D. Legrand e Siphoneugena reitzii D. Legrand (Myrtaceae), ambas arbóreas nativas com potencial ornamental, medicinal e industrial. No estudo foram utilizadas diferentes concentrações de sacarose para determinar a viabilidade do pólen in vitro e por meio de testes colorimétricos com corantes específicos (Lugol, carmim acético e tetrazólio – TTC – 0,1 e 0,05%). As duas espécies tiveram ainda seu pólen armazenado por 30 e 90 dias em freezer, geladeira e ambiente natural para verificar o melhor método para conservar sua viabilidade. Os resultados indicaram que a maior média de germinação do pólen de M. euosma foi em meio de cultura com 30% de sacarose. Após 30 e 90 dias de armazenamento, a viabilidade do pólen foi significativamente reduzida, preservando parte de seu potencial somente em freezer. Já o pólen de S. reitzii teve maior média de germinação em meio com 20% de sacarose, mas também apresentou redução de viabilidade após 30 e 90 dias de armazenamento. Os testes colorimétricos mostraram que houve resposta do pólen, de ambas as espécies, aos corantes, mas a viabilidade acessada com Lugol e carmim acético foi considerada superestimada em relação aos testes de germinação in vitro. O tetrazólio a 0,1% se apresentou como uma alternativa para verificar a viabilidade do pólen de S. reitzii. Conclui-se que diferentes concentrações de sacarose afetam a germinação e que o armazenamento do pólen em baixa temperatura pode conservar parte da viabilidade a curto prazo.
Downloads
Referências
APEL MA et al. 2002. Antitinflammatory activity of Siphoneugena reitzii (Myrtaceae) and some isolated volatile compounds on chemotaxis of polymorphonuclear leucocytes. Revista de Fitoterapia 2: 303-303.
CAVALHEIRO et al. 2023. Chemical composition, antioxidant and antimicrobial activities of essential oil extracted from Myrceugenia euosma (O. Berg) D. Legrand (Myrtaceae). South African Journal of Botany 159: 35-42.
COSTA AR et al. 2021. Teor de óleos essenciais em folhas de Myrtaceae nativas na Floresta Ombrófila Mista. In: I Encontro de Botânicos da Região Sul, Lajeado. Anais do I Encontro de Botânicos da Região Sul. Lajeado: Univates, p. 110-110.
DAFNI A. 1992. Pollination ecology: a practical approach. Oxford: University Press.
DANNER MA et al. 2011. Modo de reprodução e viabilidade de pólen de três espécies de jabuticabeira. Revista Brasileira de Fruticultura 33: 345-352.
DENISOW B et al. 2014. Pollination and floral biology of Adonis vernalis L. (Ranunculaceae)-a case study of threatened species. Acta Societatis Botanicorum Poloniae 83.
FRANZON RC & RASEIRA MDCB. 2006. Germinação in vitro e armazenamento do pólen de Eugenia involucrata DC (Myrtaceae). Revista Brasileira de Fruticultura 28: 18-20.
FRANZON RC et al. 2006. Germinação in vitro de pólen de guabirobeira (Campomanesia xanthocarpa Berg). Ceres 53: 129-134.
FRANZON RC et al. 2007. Testes de germinação in vitro e armazenamento de pólen de pitangueira (Eugenia uniflora L.). Acta Scientiarum. Agronomy 29: 251-255.
GOMES JP et al. 2016. Myrtaceae na bacia do rio Caveiras: Características ecológicas e usos não madeireiros. Floresta e Ambiente 24.
GUOLLO K et al. 2021. Momento de coleta, desidratação, meio de cultura e ambiente para germinação e armazenamento de pólen de Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg. Revista Brasileira de Fruticultura 43.
HISTER CAL & TEDESCO SB. 2016. Estimativa da viabilidade polínica de araçazeiro (Psidium cattleianum Sabine) através de distintos métodos de coloração. Revista brasileira de plantas medicinais 18: 135-141.
LUO S et al. 2020. Optimization of in vitro pollen germination and pollen viability tests for Castanea mollissima and Castanea henryi. Scientia Horticulturae 271: 109481.
MUNHOZ M et al. 2008. Viabilidade polínica de Carica papaya L.: uma comparação metodológica. Revista Brasileira de Botânica 31: 209-214.
NOGUEIRA PV et al. 2015. Germinação de pólen e aplicação de ácido bórico em botões florais de nespereiras. Bragantia 74: 9-15.
NOVARA C et al. 2017. Viability and germinability in long term storage of Corylus avellana pollen. Scientia horticulturae 214: 295-303.
PARTON E et al. 2002. Viability and storage of bromeliad pollen. Euphytica 125: 155-161.
PATEL RG & MANKAD AU. 2014. In vitro pollen germination-A review. International Journal of Science and Research 3: 304-307.
POTTS BM & MARSDEN-SMEDLEY JB. 1989. In vitro germination of Eucalyptus pollen: response to variation in boric acid and sucrose. Australian Journal of Botany 37: 429-441.
PROENÇA CEB. 2023. Siphoneugena in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB10897>. Acesso em: 09 mai. 2023.
R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. 2022. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria.
REIS RV et al. 2011. Viabilidade in vitro de grãos de pólen de bananeira sob diferentes concentrações de ácido bórico e sacarose. Ciência e Agrotecnologia 35: 547-553.
ROCHA ELB et al. 2023. Viabilidade e conservação de grãos de pólen da carnaúba (Copernicia prunifera (Miller) HE More). Advances in Forestry Science 10: 1919-1927.
SCORZA R & SHERMAN WB. 1995. Peaches. In: JANIK J & MOORE JN. (Ed.). Fruit brecding. New York: John & Sons. p.325-440.
SOUSA VA et al. 2021. Manuseio de pólen e produção de híbridos de Eucalyptus e Corymbia. In: OLIVEIRA EB de & PINTO JUNIOR JE (Ed.). O eucalipto e a Embrapa: quatro décadas de pesquisa e desenvolvimento. Brasília: Embrapa.
SOUZA MM de et al. 2002. Microsporogênese e microgametogênese associadas ao tamanho do botão floral e da antera e viabilidade polínica em maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener). Ciência e agrotecnologia 26: 1209-1217
TEDESCO M et al. 2020. In vitro germination of pollen grains of three native species from Pampa biome with ornamental potential. Comunicata Scientiae 11: e3217.
VIEIRA FCS & MEIRELES LD. 2023. Myrceugenia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB10638>. Acesso em: 04 mai. 2023
WAGNER MDA & FIASCHI P. 2020. Myrtaceae from the Atlantic forest subtropical highlands of São Joaquim National Park (Santa Catarina, Brazil). Rodriguésia 71: e04032017.
WANG Z et al. 2022. Microsporogenesis, pollen ornamentation, viability of stored Taxodium distichum var. distichum pollen and its feasibility for cross breeding. Forests 13: 694.
ZORTÉA KÉM et al. 2019. Meiotic behavior and pollen viability of Spondias mombin L.: native fruit species of the Amazon. Floresta e Ambiente 26: e20180375.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.