Viabilidade econômica do cultivo irrigado de cultivares de mandioca de mesa sob fertilização fosfatada
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712222023173Palavras-chave:
Manihot esculenta, genótipos, fósforo, custos de produção, lucratividadeResumo
A adubação fosfatada de cultivares de mandioca leva ao aumento dos custos de produção que podem ser economicamente viáveis dependendo da quantidade utilizada e da respectiva produtividade. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi analisar a viabilidade econômica do cultivo irrigado de cultivares de mandioca de mesa em resposta à aplicação de doses de fósforo no semiárido brasileiro. Foram conduzidos duas safras agrícolas na Fazenda Experimental Rafael Fernandes, Mossoró, RN, nos meses de junho de 2018 a abril de 2019 e junho de 2019 a abril de 2020. O delineamento experimental foi em blocos casualizados dispostos em parcelas subdivididas, com quatro repetições. As doses de fósforo (0, 60, 120, 180 e 240 kg ha-1 de P2O5) foram aplicadas nas parcelas e as cultivares de mandioca de mesa (Água Morna, BRS Gema de Ovo, Recife e Venâncio) dispostas nas subparcelas. Estimaram-se os custos totais de um hectare de cultivo e calcularam-se a receita bruta, a receita líquida, a taxa de retorno e o índice de lucratividade. O uso da adubação fosfatada mostrou-se economicamente viável para as cultivares de mandioca estudadas nas duas safras. As cultivares Água Morna, BRS Gema de Ovo e Recife são as melhores opções de cultivo para o semiárido do Rio Grande do Norte, pois apresentam altas produtividades com maior rentabilidade. A cultivar Recife foi o cultivo mais rentável da região, com rendimento variando de R$ 40.331,07 ha-1 a R$ 57.603,46 ha-1 nas duas safras, com recomendação média de 120 kg ha-1 de P2O5.
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