Seletividade de herbicidas pós-emergentes isolados ou associados a fertilizante foliar na cultura da soja
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712142022384Palavras-chave:
fitotoxicidade, mistura em tanque, adubação foliar, fertilizantes, herbicidas, sojaResumo
A associação de herbicidas com fertilizantes foliares é comumente adotada na cultura da soja. Entretanto, essas associações podem ocasionar diferentes efeitos quando aplicadas na soja, necessitando portanto de maiores estudos. Assim, objetivou-se avaliar a seletividade de herbicidas pós-emergentes associados com fertilizante foliar (FF) à base de zinco na cultura da soja RR (resistente ao glifosato). O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos aplicados foram chlorimuron (17,5 g i.a. ha-1); chlorimuron + FF (17,5 + 693 g i.a. ha-1); cloransulam (40 g i.a. ha-1); cloransulam + FF (40 + 693 g i.a. ha-1); fomesafem (225 g i.a. ha-1); fomesafem + FF (225 + 693 g i.a. ha-1); glyphosate (1.280 g i.a. ha-1); glyphosate + FF (1.280 + 693 g i.a. ha-1) e duas testemunhas sendo uma capinada e outra infestada. Foram realizadas avaliações visuais de fitotoxicidade aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), e também nessas épocas os teores de clorofila. Ao final do ciclo da cultura foram determinados os dados referentes a produtividade e o peso de 1000 grãos. A fitotoxicidade foi superior a 30% quando se aplicou o cloransulam e o chlorimuron, enquanto que para o fomesafem e o glyphosate a fitotoxicidade foram próximas a 5%, na ausência ou presença do fertilizante foliar. Não ocorreu diferença significativa para a produtividade de grãos, peso de 1000 grãos e umidade. A associação de herbicidas com fertilizante foliar a base de zinco não influenciou na seletividade dos herbicidas aplicados em pós-emergência na cultura da soja RR.
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