Tensoativos ecológicos na formulação de glifosato

Autores

  • Romina C. Pessagno Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Veterinarias. Cátedra Química Orgánica de Biomoléculas. Buenos Aires, Argentina https://orcid.org/0000-0003-2265-4681
  • Diego Grassi Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Veterinarias. Cátedra Química Orgánica de Biomoléculas. Buenos Aires, Argentina https://orcid.org/0000-0002-4702-4064
  • Camila Pedraza Universidad de Buenos Aires. Facultad de Ciencias Veterinarias. Cátedra Química Orgánica de Biomoléculas. Buenos Aires, Argentina
  • Gustavo Thompson CONICET-Universidad de Buenos Aires. Instituto de Investigaciones en Producción Animal (INPA). Buenos Aires. Argentina https://orcid.org/0000-0002-5511-3673
  • Carlos Ojeda Facultad Veteinaria Universidad de Buenos Aires https://orcid.org/0000-0003-3995-1105

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712032021213

Palavras-chave:

saponina, erva daninha, herbicida, surfactantes, eficiência

Resumo

As ervas daninhas afetam várias culturas em todo o mundo, causando baixos rendimentos e perdas econômicas significativas. Essas perdas podem ser minimizadas pelo uso de herbicidas como o glifosato, cuja eficiência depende do tipo de formulação agroquímica. O surfactante mais amplamente utilizado é a amina de sebo polietoxilada. No entanto, a desvantagem desses compostos é que sua toxicidade é maior do que a do próprio glifosato. Este estudo teve como objetivo desenvolver uma combinação de surfactantes ecologicamente correta que pode aumentar o desempenho do glifosato em comparação com outras formulações utilizadas atualmente. A saponina (S) é ecologicamente correta e tem a capacidade única de atravessar a cutícula cerosa da folha da erva daninha. No entanto, suas propriedades interfaciais são muito pobres. Em contraste, a mistura de alquil glicosídeo (AG) apresentou excelentes propriedades interfaciais, sendo um surfactante ambientalmente seguro, mas não pode passar pela cutícula. No presente estudo, misturamos os dois surfactantes. Duas formulações foram feitas com 20% (F1) e 2% (F2) de S com 4% AG. Para verificar a utilidade das nossas formulações, elas foram comparadas com um produto comercial. Os resultados mostraram que o produto comercial apresentou melhor CMC 0,3±0,1% e pC20 1,155±0,099 do que nossas formulações F1 e F2. As formulações F1 e F2 mostraram gCMC melhor do que o produto comercial 36,5±4,1 mN/m e 30,9±1,4 mN/m, respectivamente. Os testes de campo mostraram que o F2 foi mais eficaz do que o produto comercial na eliminação de ervas daninhas no final do teste aos 30 dias. Nossos resultados permitiram confirmar que o uso da saponina melhora a eficiência do glifosato. O trabalho mostrou que estruturas semelhantes ao ciclopentanoperidrofenantreno são muito eficazes para a introdução de drogas nas plantas através das folhas. Este é um avanço em geral e, em particular, para o aumento da produtividade de certas safras.

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Publicado

2021-12-08

Como Citar

PESSAGNO, Romina C.; GRASSI, Diego; PEDRAZA, Camila; THOMPSON, Gustavo; OJEDA, Carlos. Tensoativos ecológicos na formulação de glifosato. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 20, n. 3, p. 213–221, 2021. DOI: 10.5965/223811712032021213. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/19988. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados