Erosão hídrica em um Cambissolo Háplico após aplicação de dejeto líquido de suínos
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711812019240Palavras-chave:
perdas de solo e água, perdas de nutrientes, lisímetroResumo
As perdas de água, solo, fósforo (P) e potássio (K) por erosão hídrica e escoamento subsuperficial são influenciadas pelo manejo e fertilização do solo com dejeto líquido de suínos (DLS). A pesquisa foi conduzida em 09/2014 e 11/2015, em um Cambissolo Háplico, para avaliar as doses 0 (zero), 50, 100 e 200 m³ ha-1 de DLS aplicado no milheto (Pennisetum americanum), aveia preta (Avena strigosa) e crotalária (Crotalaria ochroleuca), em comparação ao solo sem cultivo e sem DLS. A porosidade total (PT) e macroporosidade (Ma) do solo, as concentrações de P e K no solo, na enxurrada e no escoamento subsuperficial, a massa seca da parte aérea das culturas (MS), e as PA e PS pela foram determinadas. Os principais resultados mostram que a aplicação de DLS no solo resulta em aumento da PT e Ma e da concentração de P e K no solo, além da MS das plantas, em relação à ausência de dejeto. A erosão hídrica diminui com o aumento da dose de DLS, no intervalo entre 50 e 200 m3 ha-1 do dejeto aplicado no solo em relação à dose de 50. O aumento da dose de DLS faz aumentar a concentração e as perdas totais de P e K no escoamento superficial e diminuir a concentração desses nutrientes no fluxo subsuperficial, no intervalo entre 50 e 200 m3 ha-1 de dejeto. O aumento de MS das plantas, no intervalo entre 13,75 e 22,82 t ha-1, faz diminuir as PS a uma taxa média de 2,90 t ha-1. A concentração de K na água do fluxo subsuperficial se relaciona negativamente com a concentração do elemento no escoamento superficial.
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