Marcha de absorção, taxa de acúmulo e exportação de micronutrientes e alumínio pelo tabaco (Nicotiana tabacum L.)
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711812019013Palavras-chave:
solanácea, absorção de nutrientes, exigência nutricionalResumo
O conhecimento da demanda e partição nutricional durante o ciclo pode contribuir significativamente para o manejo adequado da cultura. O presente trabalho objetivou determinar o acúmulo de massa, taxas de absorção e particionamento dos micronutrientes ferro (Fe), manganês (Mn), boro (B), zinco (Zn) e cobre (Cu), além do alumínio (Al), no tabaco (Nicotiana tabacum L.), utilizando uma variedade amplamente cultivada no sul do Brasil. O trabalho foi conduzido em propriedade particular produtora de tabaco localizada no município de Irati, PR, com delineamento experimental em blocos ao acaso com três repetições. Os tratamentos se constituíram de dez épocas de coleta de plantas, em intervalos de 15 dias. Foram avaliados a massa de matéria seca, conteúdo e taxas de acúmulo diárias dos micronutrientes e Al no caule e folhas da planta. Verificou-se que o máximo acúmulo de matéria seca foi próximo aos 68 dias, após o transplantio (DAT), e o pico de acúmulo para a maioria dos micronutrientes ocorreu a partir dos 105 DAT. A ordem de acúmulo de micronutrientes para o tabaco foi Fe>Mn>B>Zn>Cu com os valores máximos obtidos aos 105, 135, 135, 135 e 110 DAT, respectivamente, onde mais de 60% dos micronutrientes absorvidos foram depositados nas folhas. O acúmulo de Al foi de 36 kg ha-1, com 98,2% depositado nas folhas.
Downloads
Referências
BENINCASA MMP. 2003. Análise de crescimento de plantas. 2ed. Jaboticabal: FUNEP. 41p.
BROADLEY M et al. 2012. Functions of nutrients: Micronutrients. IN: MARSCHNER P. (Ed.) Mineral nutrition of higher plants. London: Academic Press. p.191-248.
CALDEIRA CM et al. 2016. Qualidade de sementes de tabaco durante o processo de pelotização e armazenamento. Ciência Rural 46: 216-220.
CAVIGLIONE JH et al. 2000. Cartas climáticas do Paraná. Londrina: IAPAR. (CD-Rom).
CHENERY EM 1948. Aluminium in the plant world. Part I. General survey in dieotyledons. Kew Bulletin 3: 173-183.
DINIZ JDN et al. 1999. Absorção de micronutrientes por explantes de bananeira in vitro. Pesquisa agropecuária Brasileira 34: 1385-1391.
ECHER FR et al. 2009. Absorção de nutrientes e distribuição de massa fresca e seca entre órgãos de batata-doce. Horticultura brasileira 27: 176-182.
FURLANI PR et al. 1989. Efeitos fisiológicos do alumínio em plantas. In: Simpósio avançado de solos e nutrição de plantas. Anais. Campinas: Fundação Cargill. p.73-90.
GLOWACKA A. 2013. Uptake of Cu, Zn, Fe and Mn by maize in the strip cropping system. Plant, Soil and Environment 59: 322-328.
HEEMANN F. 2009. O cultivo do fumo e condições de saúde e segurança dos trabalhadores rurais. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Porto Alegre: UFRGS. 170p.
IBGE/SIDRA. 2018. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola: 2018. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/prevsaf/default.asp. Acesso em: 30 mai. 2018.
KIRKBY E. 2012. Introduction, definition, and classification of nutrients. In: MARSCHNER P. (ed.) Mineral nutrition of higher plants. London: Academic Press. p.191-248.
KURTZ C et al. 2016. Crescimento e absorção de nutrientes pela cultivar de cebola Bola Precoce. Horticultura Brasileira 34: 279-288.
LIMA JF et al. 2007. Índices fisiológicos e crescimento inicial de mamoeiro (Carica papaya L.) em casa de vegetação. Ciência e Agrotecnologia 31: 1358-1363.
LOPES AS et al. 1990. Acidez do solo e calagem. 3.ed. São Paulo: ANDA. 22p. (Boletim técnico 1).
LUGON-MOULIN N et al. 2006. Cadmium concentration in tobacco (Nicotiana tabacum L.) from different countries and its relationship with other elements. Chemosphere 63: 1074-1086.
MALTA MR et al. 2002. Efeito da aplicação de zinco via foliar na síntese de triptofano, aminoácidos e proteínas solúveis em mudas de cafeeiro. Brazilian Journal of Plant Physiology 14: 31-37.
MARTINS CM et al. 2009. Curva de absorção de nutrientes em alface hidropônica. Revista Caatinga 22: 123-128.
MENGEL K & KIRKBY EA. 1987. Principles of plant nutrition. 4ed. Worblaufen-Bern: International Potash Institute. 687p.
MOREIRA A et al. 2017. Manual de adubação e calagem para o estado do Paraná. Curitiba: SBCS/NEPAR. 482p.
NAKAGAWA J et al. 2009. Teores de nutrientes da folha bandeira e grãos de aveia-preta em função da adubação fosfatada e potássica. Semina 30: 833-840.
OLIVEIRA AR et al. 2009. Absorção de nutrientes e resposta à adubação em linhagens de tomateiro. Horticultura Brasileira 27: 498-504.
RODRIGUES DS et al. 2002. Quantidade absorvida e concentrações de micronutrientes em tomateiro sob cultivo protegido. Scientia Agricola 59: 137-144.
RIQUINHO DL & HENNINGTON EA. 2016. Sistema integrado de produção do tabaco: saúde, trabalho e condições de vida de trabalhadores rurais no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública 32: 1-10.
SANTOS HG et al. 2013. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3ed. Brasília: EMBRAPA Solos. 353p.
SILVA JBC et al. 1994. Cultivo do tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) para industrialização. Brasília: EMBRAPA CNPH. 36p.
SILVA FC 1999. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. Brasília: EMBRAPA/CNPTIA. 370p.
SORATTO RP et al. 2011. Extração e exportação de nutrientes em cultivares de batata: II - micronutrientes. Revista Brasileira de Ciência do Solo 35: 2057-2071.
TEIXEIRA CM et al. 2008. Fitomassa, teor e acúmulo de micronutrientes do milheto, feijão-de-porco e guandu-anão, em cultivo solteiro e consorciado. Acta Scientiarum Agronomy 30: 533-538.
VERMA S et al. 2010. Trace metal concentration in different Indian tobacco products and related health implications. Food and Chemical Toxicology 48: 2291-2297.
ZOBIOLE LHS et al. 2011. Sunflower micronutrient uptake curves. Ciência e Agrotecnologia 35: 346-353.
WHALEN JK et al. 2002. Cattle manure and lime amendments to improve crop production of acidic soils in northern Alberta. Canadian Journal of Soil Science 82: 227-238.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.