Estrutura populacional de Drimys angustifolia Miers em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana, Urubici, SC

Autores

  • Edilaine Duarte Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Ana Carolina da Silva Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Pedro Higuchi Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Jessica Thalheimer Aguiar Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Monique Bohora Schlickmann Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Janaina Gabriela Larsen Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Tarik Cuchi Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.
  • Manoela Bez Vefago Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5965/2238117118e2019030

Palavras-chave:

Drimys angustifolia Miers, estrutura populacional, regeneração natural

Resumo

O presente estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura populacional da espécie arbórea mais abundante em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana em Urubici, Santa Catarina, assim como determinar sua capacidade de regeneração natural na área desmatada adjacente ao fragmento florestal. Para a detecção da espécie mais abundante, foi realizado um levantamento florístico-estrutural no fragmento florestal, por meio da alocação de parcelas, onde todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP) ≥ 5 cm foram considerados adultos e inventariados. Para determinar a capacidade de regeneração natural da espécie selecionada na área desmatada adjacente, foram alocadas parcelas, onde os indivíduos considerados como regenerantes (20 cm de altura até 5 cm de DAP) foram amostrados, nos anos de 2014 e 2016. Foi analisada a estrutura diamétrica e a distribuição espacial dos indivíduos adultos da espécie, e a estrutura hipsométrica, espacial e dinâmica dos indivíduos regenerantes. A espécie mais abundante no fragmento foi Drimys angustifolia Miers, que representou 26,4% dos indivíduos. A estrutura populacional dessa espécie obteve distribuição diamétrica tendendo à normalidade e distribuição espacial aleatória para os indivíduos adultos. O componente regenerante apresentou padrão de distribuição espacial agregado (2016) e distribuição hipsométrica normal somente em 2016. As taxas de dinâmica dos regenerantes indicaram aumento populacional. A elevada densidade desta espécie, associada às suas características estruturais, indicam boa adaptação no fragmento florestal e capacidade regenerativa condizente com o estágio sucessional da área em recuperação, com tendência ao aumento do número de indivíduos ao longo do tempo.

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Biografia do Autor

Edilaine Duarte, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Mestre em Engenharia Florestal, na linha de pesquisa Ecologia de espécies florestais e ecossistemas associados. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Ana Carolina da Silva, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Doutora em Engenharia Florestal, atualmente professora da área de Dendrologia, Ecologia e Fitossociologia. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Pedro Higuchi, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Doutor em Engenharia Florestal, atualmente professor da área de Dendrologia, Ecologia e Fitossociologia. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Jessica Thalheimer Aguiar, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Mestranda em Engenharia Florestal, na linha de pesquisa Ecologia de espécies florestais e ecossistemas associados. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Monique Bohora Schlickmann, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Mestranda em Engenharia Florestal, na linha de pesquisa Ecologia de espécies florestais e ecossistemas associados. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Janaina Gabriela Larsen, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Graduanda em Engenharia Florestal, atuando na área de Ecologia Florestal e Dendrologia. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Tarik Cuchi, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Mestrando em Engenharia Florestal, na linha de pesquisa Ecologia de espécies florestais e ecossistemas associados. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina

Manoela Bez Vefago, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC. Brasil.

Mestranda em Engenharia Florestal, na linha de pesquisa Ecologia de espécies florestais e ecossistemas associados. Departamento de Engenharia Florestal. Universidade do Estado de Santa Catarina

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Publicado

2020-07-28

Como Citar

DUARTE, Edilaine; SILVA, Ana Carolina da; HIGUCHI, Pedro; AGUIAR, Jessica Thalheimer; SCHLICKMANN, Monique Bohora; LARSEN, Janaina Gabriela; CUCHI, Tarik; VEFAGO, Manoela Bez. Estrutura populacional de Drimys angustifolia Miers em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana, Urubici, SC. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 5, p. 30–37, 2020. DOI: 10.5965/2238117118e2019030. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/10806. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

XII Simpósio Florestal Catarinense

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