Avaliação do desempenho agronômico da araruta (Maranta arundinacea) ‘Seta’ consorciada com crotalária
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811711812019065Palavras-chave:
Crotalaria juncea, adubação verde, amido, plantas invasorasResumo
A araruta, por ser uma hortaliça não convencional é apropriada a exploração familiar, havendo necessidade de se encontrar formas alternativas para tornar seu o cultivo mais sustentável. Objetivou-se avaliar o desempenho produtivo de rizomas e de amido da araruta ‘Seta’ cultivada em consórcio com a crotalária. O experimento constou de quatro tratamentos, correspondentes a três épocas de corte da crotalária associada com a araruta (90, 120 e 150 dias após a semeadura) mais o monocultivo da araruta. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Nos cortes, avaliaram-se produção de massa de crotalária, conteúdo de macro e de micronutrientes no material cortado e a infestação por plantas invasoras. Na colheita da araruta, avaliaram-se produtividade e formato das classes de rizomas, teor de macro e micronutrientes, estimadas a exportação de nutrientes e a produção de amido pelos rizomas. Os cortes realizados aos 120 e 150 DAS, embora tenham veiculado maiores valores de massa e de nutrientes, proporcionou menores produtividades de rizomas grandes, total e de amido. O corte da crotalária aos 90 DAS proporcionou valores superiores aos cortes realizados aos 120 e 150 DAS para maioria das variáveis avaliadas, não diferindo do controle, inclusive para o amido. O consórcio proporcionou menor infestação por plantas invasoras. É agronomicamente viável a associação da crotalária com a cultura da araruta desde que o corte da leguminosa ocorra até 90 DAS.
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