Distribuição espacial da produção, qualidade e armazenamento de sementes de soja obtidas em várzea tropical

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712122022093

Palavras-chave:

geoestatística, germinação, fatores ambientais, pós-colheita

Resumo

Em um campo de produção de sementes de soja, as características relacionadas a qualidade das sementes não são uniformes e apresentam variação dentro da área de produção. O objetivo deste trabalho foi identificar a distribuição espacial da produção, da qualidade e do potencial de armazenamento de sementes de soja obtidas em condições de várzea tropical, na região de Lagoa da Confusão (Tocantins, Brasil). Adotou-se uma amostragem sistemática e malha amostral regular com distância de 100x100 m entre cada ponto (um ponto por hectare). Na colheita, as plantas foram trilhadas com as sementes sendo limpas, pesadas, secas e armazenadas até o momento das análises fisiológicas e sanitárias, realizadas à 50, 100, 150 e 200 dias após o armazenamento (DAA). Foi determinada a umidade atual do solo no momento da colheita. Os resultados mostraram que: a produtividade das sementes apresentou variação de 13,03% (195-342 g.m-²); os testes de germinação e do envelhecimento acelerado apresentaram aumento da variação com o tempo de armazenamento, com maior variabilidade neste último (24% a 96%) a 200 DAA; as propriedades analisadas apresentaram forte grau de dependência espacial, sendo possível identificar regiões com maior e menor qualidade de sementes de soja relacionadas ao vigor e também uma maior variação e distinção na área de estudo de acordo com o período de análises pós-colheita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABATI J et al. 2020. Physiological response of soybean seeds to spray volumes of industrial chemical treatment and storage in different environments. Journal of Seed Science 42: e202042002.

ALMEIDA RD et al. 2011. Divergência genética entre cultivares de soja, sob condições de várzea irrigada, no sul do Estado do Tocantins. Revista Ciência Agronômica 42: 108-115.

AOAC. 1975. Association of Official Analytical Chemists Official methods of analysis. 12.ed. Washington.

BARNETT HL & HUNTER BB. 1998. Illustrated genera of imperfect fungi. Saint Paul: APS Press.

BRASIL. 2009a. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS.

BRASIL. 2009b. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Manual de Análise Sanitária de Sementes. Brasília: Mapa/ACS.

BRIDA AL et al. 2016. Variabilidade espacial de Meloidogyne javanica em soja. Summa Phytopathologica 42: 172-179.

BUSS RN et al. 2019. Spatial and multivariate analysis of soybean productivity and soil physical-chemical atributes. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 23: 446-453.

CAMBARDELLA CA et al. 1994. Field-scale variability of soil properties in central Iowa soils. Soil Science Society of America Journal 58: 1501-1511.

CARVALHO EV et al. 2021. A época de semeadura na produção de sementes de soja em condições de várzea tropical. Revista Sítio Novo 5: 100-117.

CARVALHO NM & NAKAGAWA J. 2012. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5.ed. Jaboticabal-SP: FUNEP.

FEHR WR et al. 1971. Stage of development descriptions for soybeans (Glycyne max L. Merril). Crop Science 11: 929-931.

FERREIRA TF et al. 2019. Sanitary quality of soybean seeds treated with fungicides and insecticides before and after storage. Journal of Seed Science 41: 293-300.

FIGUEIREDO FILHO DB & SILVA JÚNIOR JA. 2010. Visão além do alcance: uma introdução à análise fatorial. Opinião Pública 16: 160-185.

FRANÇA NETO JB et al. 1998. Teste de tetrazólio em sementes de soja. Londrina: Embrapa - CNPSo. (Documentos 116).

GAZOLLA-NETO A et al. 2015. Distribuição espacial da qualidade fisiológica de sementes de soja em campo de produção. Revista Caatinga 28: 119-127.

GAZOLLA-NETO A et al. 2016. Spatial distribution of the chemical properties of the soil and of soybean yield in the field. Revista Ciência Agronômica 47: 325-333.

HAIR JR JF et al. 2006. Multivariate Data Analysis. 6.ed. New Jersey: Pearson Prentice Hall.

IAL. 2005. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. São Paulo: IAL.

KRZYZANOWSKI FC et al. 2019. Physiological and sanitary performance of soybean seeds during storage after phosphine fumigation. Journal of Seed Science 41: 280-285.

KRZYZANOWSKI FC et al. 2018. A alta qualidade de sementes de soja: fator importante para a produção da cultura. Londrina: Embrapa Soja. (Circular Técnica, 134).

LEVIĆ J et al. 2011. Frequency and incidence of Pyrenochaeta terrestres in root internodes of different maize hybrids. Journal of Phytopathology 159: 424-428.

MARCOS-FILHO J. 2015. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Londrina-PR: ABRATES.

MARQUES OJ et al. 2009. Incidência fúngica e contaminações por micotoxinas em grãos de híbridos comerciais de milho em função da umidade de colheita. Acta Scientiarum 31: 667-675.

MATTIONI NS et al. 2011. Variabilidade espacial da produtividade e da qualidade das sementes de soja em um campo de produção. Revista Brasileira de Sementes 33: 608-615.

MÜLLER DH et al. 2018. Spatial variability in soybean seeds quality and in chemical attributes of the soil of a production field in the Brazilian Cerrado. Journal of Seed Science 40: 25-35.

NOETZOLD R et al. 2014. Variabilidade espacial de Colletotrichum truncatum em campo de soja sob três níveis de sanidade de sementes. Summa Phytopathologica 40: 16-23.

OLIVEIRA IA et al. 2015. Use of Scaled Semivariograms in the Planning Sample of Soil Chemical Properties in Southern Amazonas, Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo 39: 31-39.

PELUZIO JM et al. 2008. Comportamento de cultivares de soja sob condições de várzea irrigada no sul do Estado do Tocantins, entressafra 2004. Bioscience Journal 24: 75-80.

PEREIRA LC et al. 2018. Physiological potential of soybean seeds over storage after industrial treatment. Journal of Seed Science 40: 272-280.

PRESTES ID et al. 2019. Principais fungos e micotoxinas em grãos de milho e suas consequências. Scientia Agropecuaria 10: 559-570.

SEPLAN. 2012. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente. Atlas do Tocantins: subsídios ao planejamento da gestão territorial. Palmas: SEPLAN.

VERGARA R et al. 2019a. Space distribution of soybean seed storage potential. Revista Caatinga 32: 399-410.

VERGARA R et al. 2019b. Atraso na colheita, armazenamento e qualidade fisiológica de sementes de soja. Journal of Seed Science 41: 506-513.

VIANA JHM et al. 2017. Umidade Atual. In: TEXEIRA PC. (Ed.). Manual de métodos de análise de solo. 3.ed. Brasília-DF: Embrapa. p.28-30.

WATANABE T. 2010. Pictorial atlas of soil and seed fungi: morphologies of cultured fungi and key to species. Boca Raton: CRC Press.

ZUFFO AM et al. 2017. Physiological and sanitary quality of soybean seeds harvested at different periods and submitted to storage. Pesquisa Agropecuária Tropical 47: 312-320.

Downloads

Publicado

2022-03-25

Como Citar

CARVALHO, Edmar Vinicius de; SANTOS, Patricia Resplandes Rocha dos; MORAIS, Andressa Bruna Lima; JESUS, Wictor Matheus da Conceição de; PROVENCI, Luigi Zanfra; FREIBERGER, Cezar Neucir; COLOMBO, Gustavo André. Distribuição espacial da produção, qualidade e armazenamento de sementes de soja obtidas em várzea tropical. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 21, n. 2, p. 93–106, 2022. DOI: 10.5965/223811712122022093. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/21203. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)