A virada decolonial nas artes da cena

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102512024e0117

Palavras-chave:

decolonialidade, teatro, processos de criação

Resumo

O artigo propõe, a partir da análise das dramaturgias – Macacos e Makunaimã. O mito através do tempo – debater a virada decolonial no teatro brasileiro. Parto da hipótese de que o questionamento artístico sobre a realidade política do país em seus recentes enfrentamentos – ameaça de golpe militar no Governo Bolsonaro, censura a inúmeras obras artísticas no período, perdas de milhares de vidas pela pandemia de Covid-19 – contribuiu para a problematização e, consequente, crescimento de temáticas decoloniais na contraposição à repressão, ao conservadorismo da extrema-direita e à luta pela igualdade de direitos e justiça social.

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Biografia do Autor

Gabriela Lirio Gurgel Monteiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutorado na Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3. França. Doutorado e Mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Professora Associada IV do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena (PPGAC/UFRJ), do Programa de Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA/UFF) e do curso de Direção Teatral na Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ)  

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Publicado

2024-07-24

Como Citar

MONTEIRO, Gabriela Lirio Gurgel. A virada decolonial nas artes da cena. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 51, p. 1–21, 2024. DOI: 10.5965/1414573102512024e0117. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/25561. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: O que fazer com a teoria teatral?