A relevância política de alguns princípios do Contato Improvisação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573101372020356

Palavras-chave:

Contato Improvisação, dança e política, percepção

Resumo

Neste trabalho discutimos implicações éticas e políticas que caracterizam a forma de dança conhecida no Brasil como Contato Improvisação, destacando a relevância dos princípios que embasam os seguintes aspectos desta: 1. A dilatação do tempo e a sutilização da percepção, 2. A questão da resistência (ou a resistência em questão), 3. A ruptura com o imperativo da produtividade, 4. A questão (aberta) da comunidade, dos laços coletivos e dos espaços de refúgio. Examinando cada um destes aspectos, salientamos como esta forma de dança subverte os imperativos culturais hegemônicos da aceleração da ação, da densificação da estimulação e da produtividade, bem como permite problematizar e complexificar a noção de resistência e as estratégias de contraposição política e cultural a um status quo, criando, assim, espaços de compartilhamento sui generis, articulados por uma percepção comum e por “verdades éticas” orientadoras do encontro e das relações. 

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Biografia do Autor

Pedro Rodrigo Penuela Sanches, Universidade de São Paulo (USP)

Artista e pesquisador da dança, doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (PPGAC - ECA -USP), com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Publicado

2020-04-17

Como Citar

SANCHES, Pedro Rodrigo Penuela. A relevância política de alguns princípios do Contato Improvisação. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 37, p. 356–376, 2020. DOI: 10.5965/1414573101372020356. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101372020356. Acesso em: 13 nov. 2024.