Pulsões do grotesco: o estranhamento no filme o Labirinto do Fauno
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234615362023e0004Palavras-chave:
estranhamento, grotesco, O Labirinto do Fauno, arte contemporânea, UnheimlichResumo
Ao conceber um fértil terreno marcado pelo embaralho entre realidade e fantasia, o diretor mexicano Guillermo del Toro expande o universo fantástico ao produzir o longa-metragem O Labirinto do Fauno, no ano de 2006. O filme, notável por mesclar o mundo dos sonhos com o mundo real, estrutura-se no contexto da ditadura franquista, na Espanha, trazendo a história de uma jovem menina sonhadora, Ofélia. Ao longo da trama, a narrativa da protagonista intercala-se entre o drama de uma realidade marcada pela violência e um sombrio conto de fadas, repleto de criaturas grotescas estranhamente sedutoras que flertam com a noção de unheimlich, proposta por Sigmund Freud. A partir disso, este artigo pretende articular a concepção estética de estranhamento proposta por Freud às teorias do grotesco, utilizando-as como chave de leitura para a obra de Del Toro. Sob a ótica do unheimlich freudiano, procurou-se explorar aspectos do filme que corroboram para a apreensão do grotesco através da inquietação.
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