Escrita Autoetnográfica como crítica à reprodução do poder de matriz colonial na performance docente
DOI:
https://doi.org/10.5965/10.5965/235809252612022e2309Palavras-chave:
Aula de performance, Escrita autoetnográfica, Poder de matriz colonialResumo
Ao problematizar a reprodução do poder de matriz colo- nial na atuação enquanto professora de arte do Cieja Ermelino Matarazzo, projeto voltado à educação básica de jovens e adultos oferecido pela prefeitura de São Paulo, apresento a possibilidade do exercício de uma escrita autoetnográfica, gestada na experi- ência como performer integrante do Coletivo Parabelo. Por meio deste gesto autoetnográfico, almejo evidenciar as bases sexistas, racistas e patriarcais convencionalmente naturalizadas dentro e fora do contexto escolar, a partir do relato de uma aula de perfor- mance a respeito da Experiência No3 do artista brasileiro Flávio de Carvalho e suas reverberações, como uma forma de desencadear um processo de autocrítica e autotransformação inerentes à práxis de uma professora performer e pesquisadora.
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