Atividades didáticas investigativas: uma prática promotora do suporte à autonomia dos estudantes em aulas de Física
DOI:
https://doi.org/10.5965/2357724X112023e0128Palabras clave:
ensino de física, ensino por investigação, resolução de problemas, suporte à autonomia, estilo motivacionalResumen
O contexto educacional atual remete muitas vezes a um Ensino de Física voltado para a transmissão de conhecimentos, o professor repassa aos alunos por meio de aulas expositivas. Tais estratégias não são favoráveis ao desenvolvimento da motivação autônoma dos estudantes, ou seja, dificultam a atuação de forma crítica no meio em que vive e de enfrentar desafios do cotidiano. A fim de contribuir para com o desenvolvimento de estratégias voltadas para o suporte à autonomia de estudantes durante aulas de Física do Ensino Médio foi desenvolvido um Produto Educacional na forma de guia de atividades. Nele são propostas sete Atividades Didáticas de Resolução de Problemas, com tema interno à área de conhecimento e contextuais. Dentre as atividades elaboradas, duas foram implementadas por dois professores de Física atuantes na Educação Básica da rede estadual de ensino de Santa Catarina. Para avaliar as estratégias adotadas pelos professores durantes a implementação das atividades foi desenvolvida e aplicada a Escala de Medida de Estilo Motivacional dos Professores. Os resultados apontam que o Estilo Motivacional dos Professores influencia diretamente nas escolhas didático-pedagógicas, as quais definem quais estratégias de suporte à autonomia dos estudantes serão predominantes. Em geral, professores que se destacam como promotores de autonomia favorecem recursos de suporte à autonomia procedimental e cognitivo, podendo assim contribuir para uma aprendizagem mais ativa e autônoma. Consequentemente, professores que se destacam como controladores tendem a ser mais rígidos e expositivos, priorizando com mais frequência os recursos de suporte à autonomia organizacional.
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