Ensino versátil: metodologia criada para pessoas com deficiência visual aplicada ao ensino de alunos videntes

Autores

  • Thalyta Nogueira de Araujo Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF
  • Nadir Francisca Sant'Anna Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984317815022019307

Palavras-chave:

Educação Inclusiva, Ensino de Histologia, Metodologia de Ensino,

Resumo

Paraque o processo de ensino seja realmente inclusivo, é necessário que ele contemple todos os alunos de uma sala de aula, sejam deficientes ou não. As diversas metodologias de ensino que atualmente são aplicadas para os alunos com deficiência visual também podem ser utilizadas para o ensino de alunos com visão normal, agregando assim, conhecimento e novas experiências para todos os estudantes de uma sala de aula. Sendo assim, nos propomos neste trabalho, a oferecer uma nova vertente a metodologia de adaptação de imagens para pessoas com deficiência visual desenvolvida por Araujo e Sant’Anna et al. (2016), de forma que essa metodologia, a priori, criada apenas para contemplar o ensino de deficientes visuais, também possa ser aplicada ao ensino de alunos videntes, no qual o processo de adaptação das estruturas foi utilizado como ferramenta para complementar o aprendizado dos conteúdos de Histologia. Através da nova possibilidade de utilização dessa ferramenta os alunos normovisuais puderam alcançar maior interação com as estruturas histológicas, logo, melhores resultados nas provas aplicadas e aprovação na disciplina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thalyta Nogueira de Araujo, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF

Doutoranda e Mestra em Cognição e Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), onde desenvolve pesquisas sobre Educação Especial e Inclusiva. Especialista em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental e em Educação Especial e Psicomotricidade. Graduada em Pedagogia e Ciências Biológicas. Atuou como bolsista do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) desenvolvendo projetos na área de Educação com foco em Ensino-Aprendizagem, atuou também como bolsista de Iniciação Científica no Laboratório de Ciências Ambientais (LCA/UENF) trabalhando com Biogeoquímica de Ecossistemas Costeiros. Atualmente desenvolve pesquisas nas seguintes áreas: Educação Inclusiva, Educação Especial, Ensino de Ciências, Comunicação e Novas Tecnologias da Informação.

Nadir Francisca Sant'Anna, Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

Graduada em Licenciatura em Ciências com Habilitação em Biologia pela Universidade Gama Filho, Especialista em Educação Especial pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Histologia e Embriologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutora em Ciências, com ênfase na área de Biologia Celular, pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Pós Doutoranda em Diversidade e Inclusão na Universidade Federal Fluminense - CMPDI. Foi Coordenadora e professora da disciplina EJA no curso Licenciatura em Pedagogia CEDERJ-UENF por dois anos (2016-2018). Foi Coordenadora da disciplina Embriologia do Curso de Biologia (licenciatura e Bacharelado) da UENF por 18 anos e Professora colaboradora da Disciplina Histologia no curso de Bacharelado em Biologia por 5 anos na UENF. Professora de Histologia e Embriologia do Curso de Bacharelado em Medicina da FAMESC desde 2017 (atuando) no Campus Bom Jesus do Itabapoana. Professora Colaboradora da pós Graduação em Cognição e Linguagem do CCH-UENF. Foi responsável pela Oficina Pedagógica de Tecnologias Assiistivas da UENF de 2009 a 2016. Atuou como Biólogo Pesquisador da Campanha Nacional de Combate ao Câncer, lotada no Hospital de Oncologia de 1987-1991, Professora da Disciplina de Histologia na Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro em 1992, Professora de Biologia Celular e Histologia do Instituto de Ciência e Tecnologia Maria Thereza de 1993-1994, Responsável pelo Laboratório de Fertilização Assistida da Clínica Maurity Santos no Hospital da Gamboa da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 1993-1994, Professora da Pós-Graduação em Ginecologia e Obstetrícia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1993-1994, Professora da Faculdade de Medicina de Valença 1993-1994, Professora substituta do Departamento de Histologia e Embriologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro 1994, Professora do Curso de Especialização em Morfologia da Faculdade de Medicina de Campos 1995, Diretora do CETEP-FAETEC 1999-2004, Coordenadora da Implantação do Instituto Normal Superior ISEPAM 2001-2002, Diretora da Agência Regional da Fundação Escola de Serviço Público (FESP) 2003-2006, Consultora da Fundação Estadual do Norte Fluminense em 2006, Professora do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro de 1996-2017, Coordenadora do PIBID Biologia UENF 2014-2017. Desenvolve três linhas de pesquisa: 1) Estudo da interação tripanossomatídeo-vetor; 2) Diversidade e Inclusão; 3) Biologia das células tumorais.

Referências

ALISSON, E. A grande massa de estudantes que concluem o ensino médio em escolas públicas não considera o ingresso em universidades públicas. Ensino Superior UNICAMP, 2014. Disponível em: <https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/reportagens/a-grande-massa-de-estudantes-que-concluem-o-ensino-medio-em-escolas-publicas-nao-considera-o-ingresso-em-universidades-publicas-diz-marcelo-knobel> Acessado em 07de Out. de 2017.

ALVES, N.; SGARBI, P. (Org.). Espaços e imagens na Escola. Rio de Janeiro: Dp & A Editora, 2001.

BOUTONNAT, J.; PAULIN, C.; FAURE, C; COLLE, P. E.; R. X.; SEIGNEURIN, D. A pilot study in two French medical schools for teaching histology using virtual microscopy. Morphologie. 2006.

BRASIL. Governo Federal. Ensino Superior registra mais de 7,3 milhões de estudantes. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/educacao/2014/09/ensino-superior-registra-mais-de-7-3-milhoes-de-estudantes>. Acessado em 23 de Out. de 2017.

BRASIL. Governo Federal. Mulheres são maioria em universidades e cursos de qualificação. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/03/mulheres-sao-maioria-em-universidades-e-cursos-de-qualificacao> Acessado em: 07 de Out. de 2017.

CERQUEIRA, J. B. O legado de Louis Braille. Revista Nossos Meios. p. 14, 2009.

COSTA, Cristina. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, v. 12, 2005.

FERREIRA, M. E. M. P. Ciência e interdisciplinaridade. In FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. (Coord.), Práticas interdisciplinares na escola. Ed. Cortez, São Paulo. p. 158, 2001.

GIBIN, G. B.; FERREIRA, L. H. Avaliação dos estudantes sobre o uso de imagens como recurso auxiliar no ensino de conceitos químicos. Química Nova na Escola. p, 19-26, 2013.

GILLESPIE, R. Commentary: reforming the general chemistry textbook. Journal of Chemical Education. p. 484-485, 1997.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais. Rio de Janeiro. 2015.

JUNIOR, J. K. O.; SILVA, M. A. D. As tecnologias de informação e comunicação como ferramenta complementar no ensino da histologia nos cursos odontologia da Região Norte. Journal of Health Informatics. p. 60-66, 2014.

KUMAR, R.; FREEMAN, B.; VELAN, G.; PERMENTIER, P. Integrating Histology and Histopathology teaching in Practical Classes Using Virtual Slides. The Anatomical Record. p. 128-33, 2006.

MOREIRA, M. A. A teoria de aprendizagem significativa e sua implementação em sala de aula. Editora da UnB. Brasília. p.185, 2006.

OBLINGER, D. Multimedia in the classroom. Information Technology and Libraries. p. 246-247, 1993.

PYLYSHYN, Z. Things and places – how the mind connects with the world. Cambridge: A Bradford Book/MIT Press, 2007.

ARAUJO, Thalyta N..; SANT’ANNA, NADIR F..; LOPES, V. C. S.; DELOU, C. M. C. Microscopia óptica e eletrônica para deficientes visuais. Revista Benjamin Constant. Edição especial. Rio de Janeiro. p. 71-86, 2016.

SANTA-ROSA, J. G. S.; STRUCHINER, M. Tecnologia educacional no contexto do ensino de histologia: pesquisa e desenvolvimento de um ambiente virtual de ensino e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação Médica. p. 289-298, 2011.

SASSO, F. J.; SILVA, L. R.; VERRI, E. D.; MILAN, M.; FABRIN, S.; TEÓFILO, J. M. Elaboração de atlas virtual de histologia para educação a distância. In: Simpósio Internacional de Educação a Distância. São Carlos, 2014.

SILVA, A. X. G.; ABREU, E. P. F.; FONSÊCA, Y. C. A.; CAMILLO, C. S.; MOURA, S. A. B. Experiência de desenvolvimento e uso de uma ferramenta digital para o ensino das Ciências Morfológicas. Rev. Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. 2012.

UENF, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Matriz Curricular do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas. Disponível em: <http://uenf.br/graduacao/biologia/files/2016/12/matriz-atual-14.06.2016.pdf>. Acessado em: 07 de Out. de 2017.

VASCONCELOS, D. F. P.; VASCONCELOS, A. C. C. G. Desenvolvimento de um ambiente virtual de ensino de histologia para estudantes da saúde. Rev. Brasileira de Educação Médica. p. 132-137, 2013.

Downloads

Publicado

01-04-2020

Como Citar

DE ARAUJO, Thalyta Nogueira; SANT’ANNA, Nadir Francisca. Ensino versátil: metodologia criada para pessoas com deficiência visual aplicada ao ensino de alunos videntes. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 307–331, 2020. DOI: 10.5965/1984317815022019307. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/14896. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: INCLUSÃO E DEFICIÊNCIA: PERSPECTIVAS MÚLTIPLAS