Corpos, feminilidades e performance em Dança
relatos de uma experiência artística-educativa transformadora
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431782122025213Palabras clave:
corpo, feminilidades, performance, dança, ensinoResumen
O presente trabalho parte de uma experiência artística-educativa em um projeto de instalação-performance em Dança, numa universidade privada no Rio Grande do Sul, voltado para o tema da violência contra as mulheres. Analisou-se, a partir da perspectiva de sete acadêmicas de Psicologia e intérpretes-criadoras do projeto, como práticas pautadas numa pedagogia performativa em Dança podem contribuir para uma formação universitária crítica, sensível e engajada. Para o processo criativo, utilizou-se estímulos visuais, auditivos, táteis, técnicas de Dança contemporânea e registros diários da experiência. O aprendizado alcançado nesse processo possibilitou construir corpos capazes de romper limites pessoais, apropriando-se da sua capacidade de transformação, além de fortalecer a concepção de coletividade e o prazer na convivência. Ocupar o espaço universitário no intuito de nele provocar fissuras, mostrou-se ser uma pedagogia problematizadora, atravessada pela experiência. Da mesma maneira, o rompimento com o fatalismo fomentado pelo machismo estrutural se materializou no desejo de participação na construção de uma sociedade diferente para as mulheres. Assim, os conceitos teóricos trabalhados em aula se corporificaram e extrapolaram as paredes, trazendo consigo o lugar político do corpo quando as intérpretes-criadoras passam a apoderar-se da universidade de um outro lugar: o da denúncia, do protagonismo, da luta e da conquista.
Descargas
Citas
FABIÃO, Eleonora. Corpo cênico, estado cênico. Revista Contrapontos, v. 10, n. 3, p. 321-326, set-dez. 2010. Disponível em https://periodicos.univali.br/index.php/rc/article/view/2256. Acesso em 26/12/2022.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 41ªed. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2005.
GIL, José. Abrir o corpo. In: FONSECA, Tania Maria Galli; ENGELMAN, Selda (Ogs). Corpo, arte e clínica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.
GIL, José. Movimento total: o corpo e a dança. Rio de Janeiro: Relógio d´água editores, 2001.
GOELLNER, Silvana Vilodre. A produção cultural do corpo. In: LOURO, Guacira Lopes; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana Vilodre (Orgs.). Corpo, Gênero e Sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 28-40.
FÓRUM BRASILERIAO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022. Disponível em https://assets-dossies-ipg-v2.nyc3.digitaloceanspaces.com/sites/3/2022/06/anurio-2022.pdf. Acessado em 30/12/2022.
ICLE, Gilberto. Da performance na educação: perspectivas para a pesquisa e a prática. In: PEREIRA, Marcelo de Andrade (Org). Performance e Educação: (des)territorializações pedagógicas. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2013. p.9-22.
ICLE, Gilberto. O que é a pedagogia da Arte? In: ICLE, Gilberto (Org). Pedagogia da arte: entre-lugares na escola. Vol 2. Porto Alegre: editora da UFRGS, 2012. p.11-22.
INSTITUTO SOU DA PAZ. O papel da arma de fogo na violência contra a mulher: edição 2022. Disponível em https://assets-dossies-ipg-v2.nyc3.digitaloceanspaces.com/sites/3/2022/11/Relatorio-Violenci-contra-a-mulher_edicao_2022.pdf. Acessado em 30/12/22.
LAROSSA, Jorge. Experiência e alteridade em educação. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v.19, n2, p.04-27, jul./dez. 2011. Disponível em: https://doi.org/10.17058/rea.v19i2.2444. Acesso em 26/12/2022.
MARQUES, Isabel A. Interações: crianças, dança e escola. São Paulo: Blucker, 2012.
MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.
PINEAU, Elyse Lamm. Pedagogia crítico-performativa: encarnando a política da educação libertadora. In: PEREIRA, Marcelo de Andrade (Org). Performance e Educação: (des)territorializações pedagógicas. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2013. p.37-58.
RAMOS, Rubia de Araujo. Experiências e Processos Sociais das Ocupações Secundaristas de São Paulo. Educação & Realidade, 2022, v. 47. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2175-6236117436vs01. Acesso em 27/12/2022.
ROLNIK, Suely. Geopolítica da cafetinagem. In: Rizoma.net / Artefato, 2002, p. 251- 263. Disponível em: https://virgulaimagem.redezero.org/rizoma-net. Acesso em 26/12/2022.
SVENETBRASIL. Indicadores Helpline: atendimentos sobre violações de direitos humanos na internet, 2017. Disponível em https://helpline.org.br/indicadores/pt/. Acessado em 30/12/2022.
VALLE, Flávia Pilla. Dança e dança contemporânea: discursos e jogos de verdades. In: ICLE, Gilberto. Pedagogia da arte: entre-lugares da criação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010. p. 55-68.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Monise Gomes Serpa

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Declaración de Derecho de Autor
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
(A) Autores mantiene los derechos de autor y concede a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
(B) Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
(C) Esta revista proporciona acceso público a todo su contenido, ya que esto permite una mayor visibilidad y alcance de los artículos y reseñas publicadas. Para obtener más información acerca de este enfoque, visite el Public Knowledge Project.
Esta revista tiene una licencia Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International. Esta licencia permite que otros remezclen, modifiquen y desarrollen su trabajo con fines no comerciales, y aunque los trabajos nuevos deben acreditarlo y no pueden usarse comercialmente, los usuarios no están obligados a licenciar estos trabajos derivados bajo los mismos términos.


