O papel da escola na constituição da identidade da pessoa com deficiência
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781820231e0043Palabras clave:
pessoas com deficiência, escola, identidade, inclusãoResumen
O trabalho analisou o papel da escola na constituição da identidade das pessoas com deficiência, apontando suas possibilidades e limites. Para atender a esses propósitos, o estudo aborda a concepção de deficiência produzida a partir do século XIX, a partir das discussões de autores como Foucault, Vigotski, Skliar e outros, que compreendem a deficiência como uma construção social, definida a partir das relações estabelecidas no contexto sociocultural. Além do estudo teórico, foi realizada também uma pesquisa de campo, por meio da entrevista narrativa com duas mulheres com deficiência, uma graduada em Psicologia, e outra cursando a graduação em Psicologia. Os resultados apontaram que a escola tem um importante papel na constituição da identidade das pessoas com deficiência, visto ser este um dos mais significativos grupos sociais que os sujeitos integram no decorrer de suas vidas. Ela tanto pode contribuir para a constituição de um sujeito autônomo e confiante, que perceba sua potência, quanto constituir pessoas inseguras que se percebam como deformadas/erradas. Nesse sentido, a escola pode tanto acolher as pessoas em sua subjetividade, quanto excluí-la dos seus processos formativos.
Descargas
Citas
ALTERIDADE. In Dicionário online Michaelis. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 2020. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/alteridade/. Acesso em: 12 abr. 2020.
ALTERIDADE. In: Dicionário online – significados. Porto: 7graus, 2019. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2020.
CAIADO, Katia Regina Moreno. Aluno com deficiência visual na escola: lembranças e depoimentos. 3 ed. Campinas, SP: Autores associados, 2014. 148 p.
CANIATO, Angela Maria Pires. A subjetividade na contemporaneidade: da estandartização dos indivíduos ao personalismo narcísico. SILVEIRA, AF., et al., org. Cidadania e participação social [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. pp. 5-22. Disponível em: http://books.scielo.org/id/hn3q6. Acesso em: 6 mar. 2020.
FORMOZO, Daniele de Paula. Currículo e educação dos surdos. 2008. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/188280. Acesso em: 18 jun. 2020.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Ed. 42. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2014. 302 p.
GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Editora Perspectiva. 1961. 316 p. Disponível em: https://app.uff.br/slab/uploads/Manicomios-prisoes-e-conventos.pdf. Acesso em: 13 jun. 2020.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 5 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. 102 p.
LOCKMAN, Kamila; KLEIN, Madalena; HENNING, Paula. Educação inclusiva: dispositivo de normalização da alteridade surda. Cadernos de Educação, Pelotas, n. 31, p. 249-267. Jul-dez. de 2008. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/c20c/bb6ee254dba1fd1d34814ccecbf737db63c6.pdf?_ga=2.17813817.1252132892.1592066244-1204632416.1592066244. Acesso em: 13 jun. 2020
ROSSETO, Elisabeth. Sujeitos com deficiência no ensino superior: vozes e significados. Porto Alegre: UFRGS, 2009. 238 p. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS. Porto Alegre, 2009. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/21375/000736922.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 26 maio 2021.
SILVA, Tomaz Tadeu; HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. 14 ed. Petrópoles, RJ: Editora Vozes, 2014. 136 p.
SKLIAR, Carlos. A invenção e a exclusão da alteridade “deficiente” a partir dos significados da normalidade. Educação e realidade, v. 24, n. 1, p. 15-32. Jul./dez. de 1999. Disponivel em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/55373/33644. Acesso em: 20 out. 2020.
SKLIAR, Carlos. A educação e a pergunta pelos Outros: diferença, alteridade, diversidade e os outros “outros”. Ponto de vista, Florianópolis, n 5, p. 37-49. 2003. Disponivel em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista/article/view/1244/4251. Acesso em: 16 out. 2020.
SKLIAR, Carlos. Normalidad-Patología. In: CARRERAS, Juan Sáez; ALBERT, Manuel Esteban. Dialéctica de los conceptos en educación. Editorial UOC: 2015, p. 109-123.
VENDRAMIN, Carla. Repensando mitos contemporâneos: o capacitismo. Simpósio Internacional Repensando Mitos Contemporâneos, 2019. Disponível em: https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/simpac/article/view/4389/4393. Acesso em: 25 jun. 2020.
VIGOTSKI, L. S. Obras Escogidas - V: fundamentos de defectología. Moscú: Editorial Pedagógica. 1983. Tradução (Castelhano): Júlio Guillermo Blank, 1997. 5ª ed.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Kaciely da Silva Martins, Zélia Medeiros Silveira
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Declaración de Derecho de Autor
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
(A) Autores mantiene los derechos de autor y concede a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite el compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
(B) Autores tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
(C) Esta revista proporciona acceso público a todo su contenido, ya que esto permite una mayor visibilidad y alcance de los artículos y reseñas publicadas. Para obtener más información acerca de este enfoque, visite el Public Knowledge Project.
Esta revista tiene una licencia Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International. Esta licencia permite que otros remezclen, modifiquen y desarrollen su trabajo con fines no comerciales, y aunque los trabajos nuevos deben acreditarlo y no pueden usarse comercialmente, los usuarios no están obligados a licenciar estos trabajos derivados bajo los mismos términos.