Exposição dos agricultores do Posto Administrativo de Chaimite aos pesticidas agrícolas

Autores

  • Marcio Daniel Sitoe Eduardo Mondlane University image/svg+xml
  • Gabriel Sidónio Moiane Eduardo Mondlane University image/svg+xml
  • Célia Cristina Sitoe Escola Secundária de Chokwè

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711642017480

Palavras-chave:

intoxicação, risco à saúde humana, substâncias tóxicas, praguicidas, pesticida, exposição a praguicidas, equipamento de proteção individual

Resumo

O uso dos pesticidas agrícolas, é de fundamental importância na redução das perdas causadas por pragas e doenças, não obstante os riscos à saúde humana e ao ambiente. Este trabalho, objetivou analisar a exposição dos agricultores do Posto Administrativo (PA) de Chaimite, Distrito de Chibuto, Província de Gaza, aos pesticidas agrícolas. Para a sua materialização, foi usado um questionário misto, dirigido a 40 agricultores do PA de Chaimite. Constatou-se que os pesticidas mais utilizados são o Mancozebe, a Cipermetrina e Metamidofos, que de forma geral, variam de pouco tóxicos (Mancozebe) aos altamente tóxicos (Metamidofos). Os aplicadores não estão suficientemente treinados para o trabalho seguro e eficiente com os pesticidas, além de não possuírem o EPI completo (Equipamento de Proteção Individual), o que os torna altamente expostos, e passíveis à intoxicações, que podem levar a perda de vidas. Deste modo, tornam-se necessárias ações que viabilizem o acesso e uso do EPI pelos produtores do setor familiar, e capacitações e/ou treinamento em Tecnologias de aplicação de pesticidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcio Daniel Sitoe, Eduardo Mondlane University

Departamento da Agricultura

Entomologia

Célia Cristina Sitoe, Escola Secundária de Chokwè

Docente

Referências

AMÉRICO JHP et al. 2015. Uso de agrotóxicos e os impactos nos ecossistemas aquáticos. Revista Científica ANAP Brasil 8: 101-115.

ANDRADE AS et al. 2011. Análise de risco de contaminação de águas superficiais e subterrâneas por pesticidas em Municípios do Alto Paranaíba – MG. Química Nova 34: 1129-1135.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2011. Resolução - RDC Nº 1, de 14 de Janeiro de 2011. Regulamento técnico para o ingrediente ativo Metamidofós em decorrência da reavaliação toxicológica. Diário Oficial da União, Brasília, 17 jan.

BARTH VG & BIAZON ACB. 2010. Complicações decorrentes da intoxicação por organofosforados. SaBios: Revista de Saúde e Biologia 5: 27-33.

BERNY P et al. 2010. Animal poisoning in Europe. Part 2: Companion animals. The Veterinary Journal 183: 255-259.

BLACQUIÈRE T et al. 2012. Neonicotinoids in bees: a review on concentrations, side-effects and risk assessment. Ecotoxicology 21: 973-992.

BRUSTOLIN C et al. 2011. Inseticidas em pré e pós emergência do milho (Zea mays L.), associados ao tratamento de sementes, sobre Dichelops melacanthus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae). Revista Brasileira de Milho e Sorgo 10: 215-223.

CAMPOS E et al. 2015. Exposição a pesticidas organoclorados e desenvolvimento cognitivo em crianças e adolescentes residentes em uma área contaminada no Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil 15:105-120.

CASALI AL et al. 2015. Nível de capacitação e informação dos operadores de máquinas para a aplicação de agrotóxicos. Ciência Rural 45: 425-431.

CASTILHOS RV et al. 2011. Seletividade de agrotóxicos utilizados em pomares de pêssego a adultos do predador Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera: Chrysopidae). Revista Brasileira de Fruticultura 33: 73-80.

CASTRO HFB et al. 2014. Influência dos agrotóxicos na qualidade seminal: Uma revisão da literatura. Revista Unimontes Científica 16:72-78.

COSTA EM et al. 2014. Toxicity of insecticides used in the Brazilian melon crop to the honey bee Apis mellifera under laboratory conditions. Apidologie 45: 34-44.

DELLAMATRICE PM & MONTEIRO RTR. 2014. Principais aspectos da poluição de rios brasileiros por pesticidas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 18: 1296-1301.

DELLARCO VL et al. 2010. A retrospective analysis of toxicity studies in dogs and impact on the chronic reference dose for conventional pesticide chemicals. Critical Reviews in Toxicology 40: 16-23.

DIAZ MB. 2012. Risco Ecotoxicológico do Metamidofós. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade 5: 62-76.

DYK JSV & PLETSCHKE B. 2011. Review on the use of enzymes for the detection of organochlorine, organophosphate and carbamate pesticides in the environment. Chemosphere 82: 291-307.

FEOLA G. et al. 2012. Exploring behavioural change through na agent-oriented system Dynamics model: The use of personal protective equipment among pesticide applicators in Colombia. System Dynamics Review 28: 69- 93.

FERREIRA JD et al. 2012. Exposições ambientais e leucemias na infância no Brasil: uma análise exploratória de sua associação. Revista Brasileira de Estudos de População 29: 477-492.

GEIGER F et al. 2010. Persistent negative effects of pesticides on biodiversity and biological control potential on European Farmland. Basic and Applied Ecology 11: 97- 105.

GODOY KB et al. 2010. Parasitismo e sítios de diapausa de adultos do percevejo marron, Euschistus heros na região de Grande Dourados. Ciência Rural 40: 1199-1202.

GUANZIROLI CE & GUANZIROLI T. 2015. Modernização da agricultura em Moçambique: determinantes da renda agrícola. Revista de Economia e Sociologia Rural 53: 115-128.

GUEDES JVC et al. 2012. Sistemas de aplicação e inseticidas no controle de Anticarsia gemmatalis na soja. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 16: 910-914.

HENRY M et al. 2012. A common pesticide decreases foraging success and survival in honey bees. Science 336: 348-350.

HILLOCKS RJ. 2012. Farming with fewer pesticides: EU pesticide review and resulting challenges for UK agriculture. Crop Protection 31: 85-93.

ISMAN MB et al. 2011. Commercial opportunities for pesticides based on plant essential oils in agriculture, industry and consumer products. Phytochemistry Reviews 10: 197-204.

JOHNSON RM et al. 2010. Pesticides and honey bee toxicity-USA. Apidologie 41: 312-331.

JOSSEFA M et al. 2014. Desenvolvimento comunitário e ambiente: Caso das associações apoiadas pela Associação Mozal para o Desenvolvimento da Comunidade (Maputo, Moçambique). CAPTAR: Ciência e Ambiente Para Todos 5: 50-62.

KORBES D et al. 2010. Alterações no sistema vestibulococlear decorrentes da exposição ao agrotóxico: revisão da literatura. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 15: 146-152.

KÓS MI et al. 2013. Efeitos da exposição a agrotóxicos sobre o sistema auditivo periférico e central: Uma revisão sistemática. Cadernos de Saúde Pública 28: 1491-1506.

LAURINO D et al. 2011. Toxicity of neonicotinoid insecticides to honey bees: laboratory tests. Bulletin of Insectology 64:107-113.

MARQUES MD & VIEIRA SC. 2015. Produtores rurais em localidades do Interior Paulista como Tupã e a logística reversa de devolução das embalagens vazias de agrotóxicos. Revista Científica ANAP Brasil 8: 30-46.

MARTINS MKS et al. 2012. Exposição ocupacional aos agrotóxicos: Um estudo transversal. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade 5: 6-27.

MEISSLE M et al. 2010. Pests, pesticide use and alternative options in European maize production: current status and future prospects. Journal of Applied Entomology 134: 357- 375.

MENEZES CWG et al. 2012. Seletividade de atrazine e nicosulfuron a Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae). Planta daninha 30: 327-334.

MINGUEZ-ALÁRCON L et al. 2014. Calidad seminal y toxicidad de metales pesados y plaguicidas. Revista Salud Ambiental 14: 8-19.

MOTTA NOGUEIRA V & DANTAS R. 2013. Gestão ambiental de embalagens vazias de agrotóxicos. Tema – Revista Eletrônica de Ciências 14: 22-34.

MURTHY KS et al. 2013. A review on toxicity of pesticides in Fish. International Journal of Open Scientific Research 1: 15-36.

OLIVEIRA KM & LUCCHESE G. 2013. Controle sanitário de agrotóxicos no Brasil: o caso do metamidofós. Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva 7: 211-224.

PEREIRA D & GARRETT C. 2010. Factores de risco da doença de Parkinson: Um estudo epidemiológico. Acta Médica Portuguesa 23: 15-24.

PINTO GMF. 2015. Os pesticidas, seus riscos e movimento no meio ambiente. Revista Eletrônica FACP 8: 1-12.

PINTO-ZEVALLOS DM & ZARBIN PHG. 2013. A química na agricultura: perspectivas para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Química Nova 36: 1509-1513.

POSSAVATZ J et al. 2014. Resíduos de pesticidas em sedimento de fundo de rio na Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Revista Ambiente & Água 9: 88-96.

POTTS SG et al. 2010. Global pollinator declines: trends, impacts and drivers. Trends in Ecology and Evolution 25: 345-353.

RAGHAVENDRA K et al. 2011. Malaria vector control: From past to future. Parasitology Research 108: 757-779. RANSON H et al. 2011. Pyrethroid resistance in African anopheline mosquitoes: What are the implications for malaria control? Trends in Parasitology 27: 91-98.

REDOAN AC et al. 2010. Efeitos de inseticidas usados na cultura do milho (Zea mays L.) sobre ninfas e adultos de Doru leteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae) em semicampo. Revista Brasileira de Milho e Sorgo 9: 223- 235.

RIBEIRO E et al. 2014. Segurança e saúde do aplicador de agrotóxicos: Agricultores do Município de São Joaquim do Monte – PE. Revista de Geografia 31: 39-57.

RUIZ-SUÁREZ N et al. 2015. Continued implication of the banned pesticides carbofuran and aldicarb in the poisoning of domestic and wild animals of the Canary Islands (Spain). Science of the Total Environment 505: 1093-1099.

SANTOS VC et al. 2011. Insecticide resistance in populations of the diamondback moth, Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae), from the state of Pernambuco, Brazil. Neotropical Entomology 40: 264-270.

SARAVANAN M et al. 2011. Haematological and biochemical responses of freshwater teleost fish Cyprinus carpio (Actinopterygii: Cypriniformes) during acute and chronic sublethal exposure to lindane. Pesticide Biochemistry and Physiology 100: 206-211.

SCARPELLINI JR & ANDRADE DJ. 2011. Efeito de inseticidas sobre a joaninha Cycloneda sanguinea L. (Coleoptera, Coccinellidae) e sobre o pulgão Aphis gossypii Glover (Hemiptera, Aphididae) em algodoeiro. Arquivos do Instituto Biológico de São Paulo 78: 393-399.

SITOE TA. 2014. Os desafios da investigação agrária em Moçambique. Desenvolvimento em Questão 12: 81-104.

SOUZA A et al. 2011. Avaliação do impacto da exposição a agrotóxicos sobre a saúde da população rural. Vale do Taquari (RS, Brasil). Ciência & Saúde Coletiva 16: 3516- 3528.

SOUZA VN & GLEBER L. 2014. Análise de cenário envolvendo embalagens vazias de agrotóxicos originadas da cultura da Macieira. Pesticidas: Revista de Ecotoxicologia e Meio Ambiente 23: 75-82.

TURNER MC et al. 2011. Residential pesticides and childhood leukemia: a systematic review and meta- analysis. Ciência & Saúde Coletiva 16: 1915-1931.

VIEIRA SS et al. 2012. Efeitos dos inseticidas utilizados no controle de Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B e sua seletividade aos inimigos naturais na cultura da soja. Semina: Ciências Agrárias 33: 1809-1818.

YADOULETON A et al. 2011. Cotton pest management practices and the selection of pyrethroid resistance in Anopheles gambiae population in Northern Benin. Parasites & Vectors 4:60.

Downloads

Publicado

2018-01-24

Como Citar

SITOE, Marcio Daniel; MOIANE, Gabriel Sidónio; SITOE, Célia Cristina. Exposição dos agricultores do Posto Administrativo de Chaimite aos pesticidas agrícolas. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 16, n. 4, p. 480–486, 2018. DOI: 10.5965/223811711642017480. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/7352. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo Completo - Áreas Correlatas