Raleio de cachos próximo ao ‘véraison’ nas variedades ‘Montepulciano’ e ‘Cabernet Franc’ em região de elevada altitude do sul do Brasil

Autores

  • José Luiz Marcon Filho Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Douglas André André Würz Universidade Federal de Santa Catarina
  • Alberto Fontanella Brighenti Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
  • Ricardo Allebrandt Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Leonardo Cury Instituto Federal do Rio Grande do Sul
  • Betina Pereira de Bem Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Leo Rufato Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Aike Anneliese Kretzschmar Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711732018444

Palavras-chave:

Vitis vinifera L., manejo da planta, maturação da uva, polifenois totais, viticultura de altitude

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do raleio de cachos próximo ao ‘véraison’ sobre as características físico-químicas das variedades ‘Montepulciano’ e ‘Cabernet Franc’ cultivadas em regiões acima de 900m de altitude no estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Os ensaios foram conduzidos em vinhedos comerciais da variedade ‘Montepulciano’ coordenadas 28º12'58''S, 50º06'45''W, 1,185 m de altitude durante as safras 2007, 2008 e 2009; e da variedade ‘Cabernet Franc’ coordenadas 28°15'20"S, 49°56'60"W, 1,284 m de altitude durante as safras 2010 e 2011. Os tratamentos consistiram no raleio de cachos realizado em três momentos para ambas as variedades: Na ‘véraison’', cerca de 15 dias antes da ‘véraison’ e 15 dias após 'véraison'. Para ‘Montepulciano’, quando o raleio de cachos é realizado após a 'véraison' há uma redução da massa do cacho, bem como uma redução na acidez das uvas. Para ‘Cabernet Franc’ quando o raleio de cachos é realizado durante a 'véraison' há um aumento no teor de sólidos solúveis. Em geral, o raleio de cachos pode ser indicado durante as duas semanas que antecedem ou sucedem a virada de cor das bagas para as variedades ‘Montepulciano’ e ‘Cabernet Franc’ produzidos nas regiões de altitude do sul do Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Luiz Marcon Filho, Universidade do Estado de Santa Catarina

Engenheiro Agrônomo, Mestre em Produção Vegetal. Doutorado Sanduiche na Universidade de Auckland, Nova Zelândia. Atualmente está cursando o Doutorado em Produção Vegetal no Centro de Ciências Agroveterinárias -CAV/UDESC.

Referências

BRIGHENTI AF et al. 2013. Caracterização fenológica e exigência térmica de diferentes variedades de uvas viníferas em São Joaquim, Santa Catarina - Brasil. Ciência Rural 43: 1162-1167.

CONDE C et al. 2007. Biochemical changes throughout grape berry development and fruit and wine quality. Food 1: 1-22.

DAMI I et al. 2006. A Five-year study on the effect of cluster thinning on yield and fruit composition of ‘Chambourcin’ grapevines. HortScience 41: 586-588.

FANZONE M et al. 2011. Phenolic composition of Malbec grape skins and seeds from Valle de Uco (Mendoza, Argentina) during ripening. Effect of cluster thinning. Journal of Agricultural and Food Chemistry 59: 6120-6136.

FERREE DC et al. 2003. Effect of Time of Cluster Thinning Grapevines. Small Fruits Review 2: 3-14.

FREDES C et al. 2010. Vine balance: a study case in Carménère grapevines. Ciencia e Investigación Agraria 37: 143-150.

GRIS EF et al. 2010. Phenology and ripening of Vitis vinifera L. grape varieties in São Joaquim, southern Brazil: a new South American wine growing region. Ciencia e Investigación Agraria 37: 61-75.

ILAND P et al. 2004. Chemical analyses of grapes and wine: techniques and concepts. Australia: Campbelltown. 114p.

JACKSON RS. 2008. Wine Science: principles and applications. 3.ed. Canada: ELSEVIER. 776p.

JACKSON RS. 2014. Wine Science: principles and applications. 4.ed. Canada: ELSEVIER 978p.

KENNEDY JA. 2003. Development of berry (seed & skin) phenolics during maturation, the effect of water status and variety. In: Congreso Latinoamericano de Viticultura e Enología, 9. Anais... Santiago: Pontificia Universidad Católica de Chile. p. 159-164.

KOK D. 2011. Influences of pre- and post-véraison cluster thinning treatments on grape composition variables and monoterpene levels of Vitis vinifera L. cv. Sauvignon Blanc. Journal of Food, Agriculture & Environment 9: 22-26.

KLIEWER WM et al. 1983. Effect of irrigation, crop level and potassium fertilization on Carignane vines. 1. Degree of water stress and effect on growth and yield. American Journal of Enology and Viticulture 34: 186-196.

LEE J et al. 2005. Determination of total monomeric anthocyanin pigment content of fruit juices, beverages, natural colorants and wines by the pH differential method: collaborative study. Journal of AOAC International 88: 1269-1278.

MALINOVSKI LI et al. 2016 Viticultural performance of Italian grapevines in high altitude regions of Santa Catarina State, Brazil. Acta Horticulturae 1115: 203-210.

MOTA RV et al. 2010. Biochemical and agronomical responses of grapevines to alteration of source-sink ratio by cluster thinning and shoot trimming. Bragantia 69: 17-25.

OIV. 2009. Organization Internationale de la Vigne et du Vin. Compendium of International Methods of Wine and Must Analysis. Paris: OIV. 419p.

PALLIOTTI A & CARTECHINI A. 2000. Cluster thinning effects on yield and grape composition in different grapevine cultivars. Acta Horticulturae 512: 111-120.

PRAJITNA A et al. 2007. Influence of Cluster Thinning on Phenolic Composition, Resveratrol, and Antioxidant Capacity in Chambourcin Wine. American Journal of Enology and Viticulture 58: 346-350.

REYNOLDS AG et al. 1994. Fruit environment and crop level effects on Pinot noir. I. Vine performance and fruit composition in the British Columbia. American Journal of Enology and Viticulture 45: 452–459.

RIZZON LA. 2010. Metodologia para análise de vinho. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 120p.

SILVA LC et al. 2008. Níveis de produção em vinhedos de altitude da cv. Malbec e seus efeitos sobre os compostos fenólicos. Revista Brasileira de Fruticultura 30: 675-680.

SILVA LC et al. 2009. Raleio de cachos em vinhedos de altitude e qualidade do vinho da cultivar Syrah. Pesquisa Agropecuária Brasileira 44: 148-154.

SINGLETON VL. & ROSSI JA. 1965. Colorimetry of total phenolics with phosphomolybdic - phosphotunestic acids reagents. American Journal of Enology and Viticulture 16: 144-158.

TARDÁGUILA JL & BERTAMINI M. 1993. Canopy management o gestión del follaje: una potente técnica para mejorar la producción y la calidad de la uva. Viticultura Enologia Professional 28: 31-46.

VAN SCHALKWYK D et al. 1995. Effect of Bunch Removal on Grape Composition and Wine Quality of Vitis vinifera L. cv. Chardonnay. South African Journal of Enology and Viticulture, 16: 15-25.

Downloads

Publicado

2018-09-26

Como Citar

MARCON FILHO, José Luiz; ANDRÉ WÜRZ, Douglas André; BRIGHENTI, Alberto Fontanella; ALLEBRANDT, Ricardo; CURY, Leonardo; DE BEM, Betina Pereira; RUFATO, Leo; KRETZSCHMAR, Aike Anneliese. Raleio de cachos próximo ao ‘véraison’ nas variedades ‘Montepulciano’ e ‘Cabernet Franc’ em região de elevada altitude do sul do Brasil. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 17, n. 3, p. 444–449, 2018. DOI: 10.5965/223811711732018444. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/10331. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Nota de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3