Talvez o lobo seja um bicho mais dócil: teatro em caravana e o enfrentamento a violências contra mulheres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573101502024e0107

Palavras-chave:

violência contra mulheres, relato de experiência, movimentos sociais, teatro

Resumo

A violência contra mulheres é um fenômeno social complexo, relacionado ao poder patriarcal, alicerçado na exploração do trabalho doméstico não remunerado, bem como na exploração sexual e reprodutiva de mulheres. O feminicídio é o expoente máximo da violência contra mulheres, geralmente cometido por homens do convívio da vítima. Esse é um relato de experiência cartográfico que trata da violência contra mulheres e do feminicídio como exercício de ódio contra a insubmissão, a partir da vivência das apresentações do espetáculo Aquelas – Uma dieta para caber no mundo, do Grupo Manada Teatro, que foi apresentado no Ceará e no Pará, bem como das oficinas e encontros com mulheres durante a caravana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leda Gimbo, Universidade Federal de Goiás

Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN.) Mestrado em Psicologia pela  UFRN. Especialização em Neuropsicologia pela Faculdade Christus (CTEC). Graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professora Adjunto do Curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Monique Cardoso, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), orientada pela Dra. Grácia Maria Navarro. Mestrado em Artes pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialização em Gestão Cultural: cultura, desenvolvimento e mercado no Centro Universitário Senac/SP. Graduação em Marketing na Faculdade Estácio do Ceará.

Referências

ALVES, D. Decifrando o sagrado feminino: o assassinato e a devoção a Maria de Bil em Várzea Alegre (CE). 2014. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Sociedade) – Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2014.

BARROS, R. D. B.; PASSOS, E. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virginia; ESCÓSSIA, Liliana da (Org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. 1ª Ed. Porto Alegre: Sulina, 2009.

CARDOSO, M.; VERAS, J.; RAMOS, M.; BARBOSA, R.; GUILHERME, R. Aquelas – Uma dieta para caber no mundo. Espetáculo do Grupo Manada Teatro, Fortaleza, 2017. (Não publicado).

DESPENTES, V. Teoria King Kong. São Paulo: N-1, 2019.

ERNAUX, A. A vergonha. São Paulo: Fósforo, 2022.

FAVERO, S. Psicologia Suja. Salvador: Devires, 2022.

FEDERICI, S. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante, 2019.

FEDERICI, S. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante, 2023.

GIMBO, L. Violência como hábito: leitura de um fenômeno social a partir da teoria do self. In: NASCIMENTO, Lazaro Castro Silva; VALE, e Kamilly Souza do. Processos em Gestalt-terapia: casos clínicos, ensaios teóricos. Ponta Grossa: Atena, 2021.

GIMBO, L. Violência como fenômeno social: teoria do self, insubmissão e ética clínica. In. BARROS, Monica Alvim, Paulo; ALENCAR, Silvia; BRITO, Vanessa (Org.). Vozes em Letras. Volume 2. Porto Alegre: Editora Fi, 2022.

HALBERSTAM, J. Trans: uma abordagem curta e curiosa sobre a variabilidade de gênero. Salvador: Devires, 2023.

hooks, b. O feminismo é para todo mundo – políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.

LAFONTAINE, MP. Armas para la rabia. Buenos Aires: Héliotrope: 2022.

PRECIADO, P. Dysphoria mundi – o som do mundo desmoronando. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.

WITTIG, M. Não se nasce mulher. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento Feminista Conceitos Fundamentais. São Paulo: Bazar do Tempo, 2019.

Publicado

2024-04-28

Como Citar

GIMBO, Leda; CARDOSO, Monique. Talvez o lobo seja um bicho mais dócil: teatro em caravana e o enfrentamento a violências contra mulheres. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 50, p. 1–18, 2024. DOI: 10.5965/1414573101502024e0107. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/25007. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: Justiça Epistêmica em Artes Cênicas