O que devemos dizer? A recriação da peça didática brechtiana em Oratorium, do She She Pop

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102472023e0207

Palavras-chave:

Teatro alemão, Brecht, Estética e política

Resumo

O artigo analisa a peça Oratorium, do grupo alemão She She Pop, e como ela busca retomar o modelo brechtiano da Lehrstück para uma cena política contemporânea, discutindo um dos temas mais urgentes da sociedade berlinense do seu tempo: a questão da moradia. Assim observamos como certo teatro pós-dramático e cômico encontra no “não-saber” um potencial emancipatório.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Artur Sartori Kon, Universidade de São Paulo

Pós-doutorando em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP). Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), processo nº 2021/13778-6. Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Filosofia pela USP. Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Ator, dramaturgo e pesquisador na área de Estética e Filosofia do Teatro.

Referências

BIRGFELD, Johannes (org.). She She Pop: Sich fremd werden. Berlim: Alexander Verlag, 2018.

BRECHT, Bertolt. “Para as Peças de Aprendizagem”. Trad. Mariana Sapienza Bianchi. Rebento 11, São Paulo, dez. 2019, 597-610.

GARCIA, Tristan. We Ourselves: The Politics of Us. Edimburgo: Edinburgh University Press, 2021.

GRÖSCHNER, Annett. “Feminismus allein reicht nicht”. In: QUIÑONES, Aenne (org.). She She Pop. Berlim: Alexander Verlag, 2022.

HAß, Ulrike. Kraftfeld Chor. Berlim: Theater der Zeit, 2020.

HOLM, Andrej. “Das Politische ist nicht nur privat“. In: nachtkritik.de, 13 maio 2019. Disponível em: https://www.nachtkritik.de/index.php?option=com_content&view=article&id=16746:oratorium-das-berliner-theatertreffen-2019-von-aussen-betrachtet-andrej-holm&catid=1725&Itemid=100075. Acesso em: 11 dez. 2022.

KON, Artur. “E a verdade não libertará etc. etc.: Sobre a peça Verdade, do grupo Tablado SP”. Revista Rosa 6, set. 2022. Disponível em: https://revistarosa.com/6/a-verdade-nao-libertara. Acesso em: 28 jun. 2022.

KÖNIG, Romy. “She She Pop: Politely but firmly to the boundary of shame”. The Theater Times, 9 dez. 2018. Disponível em: https://thetheatretimes.com/she-she-pop-politely-but-firmly-to-the-boundary-of-shame/. Acesso 11 jan. 2022.

KOUDELA, Ingrid. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo: Perspectiva, 1991.

KRIEGER, Sascha. “Lasst uns Summen”. Stage and Screen, 11 fev. 2018. Disponível em: https://stagescreen.wordpress.com/2018/02/11/lasst-uns-summen/. Acesso: 11 jan. 2022.

KUBERG, Maria. Chor und Theorie. Constança: Konstanz University Press, 2021.

LANGNER, Paul Martin e GOSPODARCZYK, Joanna (eds.). Zur Funktion und Bedeutung des Chors im zeitgenössischen Drama und Theater. Berlim: Peter Lang, 2019 (recurso digital).

LEHMANN, Hans-Thies. Escritura política no texto teatral. Trad. Werner S. Rothschild e Priscila Nascimento. São Paulo: Perspectiva, 2009.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. Trad. Pedro Süssekind. São Paulo: Cosac Naify, 2011.

LEHMANN, Hans-Thies. Brecht lesen. Berlim: Theater der Zeit, 2016.

LEHMANN, Hans-Thies e VAROPOULOU, Helene. “Zukunft des Lehrstücks”. In: MASSALONGO, Milena, VASSEN, Florian e RUPING, Bernd (orgs.). Brecht gebrauchen. Uckerland: Schibri-Verlag, 2016, p. 401-418.

LUCASSEN, Lisa. “Wir sind einige von euch“. In: BIRGFELD, Johannes (org.). She She Pop: Sich fremd werden. Berlim: Alexander Verlag, 2018, p. 7-32.

MASCAT, Jamila. “Hegel and the Misadventures of Consciousness”. In: MASCAT, Jamila e MODER, Gregor (eds.). The object of comedy. Cham: Palgrave Macmillan, 2019, p. 51-73.

MATZKE, Annemarie. “Spiel-ldentitäten und Instant-Biographien. Theorie und Performance bei She She Pop”. In: KLEIN, Gabriele e STING, Wolfgang (ed.). Performance: Positionen zur zeitgenössischen szenischen Kunst. Bielefeld: transcript Verlag, 2005, p. 93-106.

MODER, Gregor. “Comedy as performance”. In: MASCAT, Jamila e MODER, Gregor (ed.). The object of comedy. Cham: Palgrave Macmillan, 2019, p. 231-246.

NANCY, Jean-Luc. A comunidade inoperada. Trad. Soraya Hoepfner. Rio de Janeiro: 7Letras, 2016.

NUNES, Rodrigo. “Posfácio – Por onde começar?” In: PARANÁ, Edemilson e TUPINAMBÁ, Gabriel. Arquitetura de Arestas. São Paulo: Autonomia Literária, 2022, p. 239-246.

PARANÁ, Edemilson e TUPINAMBÁ, Gabriel. Arquitetura de Arestas. São Paulo: Autonomia Literária, 2022.

POTTER, Nicholas. “Popping the property bubble”. Theatertreffen-Blog, 12 maio 2019. Disponível em: https://theatertreffen-blog.de/blog/popping-the-property-bubble/. Acesso em: 11 jan. 2022.

QUIÑONES, Aenne. “25 Jahre She She Pop”. In: BIRGFELD, Johannes (org.). She She Pop: Sich fremd werden. Berlim: Alexander Verlag, 2018.

SAFATLE, Vladimir. Cinismo e falência da crítica. São Paulo: Boitempo, 2008.

SARRAZAC, Jean-Pierre. Poética do drama moderno: de Ibsen a Koltès. Trad. Newton Cunha, J. Guinsburg e Sonia Azevedo. São Paulo: Perspectiva, 2017.

SÜSSEKIND, Flora. Coros, contrários, massa. Recife: Cepe, 2022 (recurso digital).

Downloads

Publicado

2023-07-24

Como Citar

KON, Artur Sartori. O que devemos dizer? A recriação da peça didática brechtiana em Oratorium, do She She Pop. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 47, p. 1–25, 2023. DOI: 10.5965/1414573102472023e0207. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23418. Acesso em: 7 maio. 2024.