Reflexões acerca dos testamentos e inventários para o estudo do vestuário na América portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630332019044Abstract
O propósito deste artigo é refletir acerca das características dos inventários e testamentos, produzidos entre os séculos XVII e XVIII, e suas potencialidades para o estudo das aparências e temas correlatos na América portuguesa. Além disso, se discute a possibilidade dessa documentação para a análise das conexões materiais, em especial presentes no vestuário, entre os diversos territórios pertencentes à Coroa portuguesa. Avaliar essas vinculações permite acessar as especificidades das diferentes localidades da América portuguesa, tendo em vista suas conexões intercontinentais. Entretanto, constata-se que apesar das inúmeras possibilidades de trabalho com essas fontes, ainda são escassos os estudos sobre as dinâmicas entre aquisição do vestuário, as aparências e as configurações sociais e suas conexões no império português.
Downloads
Riferimenti bibliografici
BAUER, Arnold. J. Goods, Power, History. Latin America ́s material culture. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
BONADIO, Maria Claudia. A produção acadêmica sobre moda na pós-graduação no Brasil. Iara - Revista de Moda, Cultura e Arte, v.3, n.3, 2010. Disponível em: <http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistaiara/wpcontent/uploads/2015/01/03_IARA_vol3_n3_Dossie.pdf>. Acesso em 12 de fev. 2018.
BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo, séculos XV-XVIII. As estruturas do cotidiano. vol. 1. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
FLEXOR, Maria Helena O. Inventários e testamentos como fontes de pesquisa. Histedbr, 2005. Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_074.html> Acesso 23 jun. 2018.
FURTADO, Júnia Ferreira. Testamento e inventários. A morte como testemunho da vida. In: PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania Regina de (orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Editora Contexto, 2015.
KARNAL, L. TATSCH, Flavia G. Documento e História. A memória evanescente. In: PINSKY, Carla B.; LUCA, Tania Regina de (orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Editora Contexto, 2015.
MACHADO, Alcântara. Vida e morte do bandeirante. São Paulo: Edusp, 1980.
MORAES, Juliana de Mello. “Prodigiosa mudança das vestiduras”: a historiografia sobre a moda na América portuguesa. In: Anais do 14º Colóquio de Moda, 2018. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202018/Grupos%20de%20Trabalho/GT%2004%20-%20Moda,%20Cultura%20e%20Historicidade/Juliana%20de%20Mello%20Moraes%20-%20PRODIGIOSA%20MUDAN%C3%87A%20DE%20VESTIDURAS%20-%20A%20HISTORIOGRAFIA%20SOBRE%20A%20MODA%20NA%20AM%C3%89RICA%20PORTUGUESA.pdf> Acesso em 11 jun. de 2019.
PEREIRA, Ana L. C.. “Lençóis de linho, pratos da Índia e brincos de filigrana": vida cotidiana numa vila mineira setecentista. Estudos Históricos. v. 24, n. 48, p. 331-350, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21862011000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso 10 mai. 2019.
PRIORE, Mary Del. História do cotidiano e da vida privada. In: CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
RAINHO, Maria do Carmo. A moda como campo de estudos do historiador: balanço da produção acadêmica no Brasil. Anais do 11º Colóquio de Moda, 2015. Disponível em: < http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202015/ARTIGOS-DE-GT/GT06-MODA-E-CULTURA/GT-6-A-MODA-COMO-CAMPO-DE-ESTUDOS-DO-HISTORIADOR.pdf> Acesso em: 10 de jun. 2018.
ROCHE, Daniel. História das coisas banais. Nascimento do consumo séc. XVII e XVIII. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
ROCHE, Daniel. A Cultura das Aparências: Uma história da Indumentária (séculos XVII-XVIII). São Paulo: Editora Senac, 2007.
RUSSELL-WOOD, A. J. R. O império português. 1415-1808. O mundo em movimento. Lisboa: Clube do Autor, 2016.
RUSSELL-WOOD, A. J. R. Sulcando os mares: um historiador do império português enfrenta a "Atlantic History". História, v. 28, n. 1, p. 17-70, 2009. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742009000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 jul. 2016.
SANT´ANNA, Mara Rúbia. O Brasil por suas aparências. Sociabilidades coloniais entre o ver e o ser visto. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016.
SCHWARTZ, Stuart. A historiografia dos primeiros tempos do Brasil moderno. Tendências e desafios das duas últimas décadas. História: questões & debates, n. 50, 2009, p. 175-216.
SILVA, Camila Borges da. Os inventários no estudo da indumentária: possibilidades e problemas. Acervo, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 142-160, maio/ago. 2018.
SILVA, Luciana da. A circulação de artefatos por meio das disposições testamentárias: apontamentos sobre as vestimentas na vila de São Paulo (1580-1640). Anais do Museu Paulista. São Paulo. N. Sér. v.23. n.1. p. 195-220. jan.- jun. 2015. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=27342180008
VAINFAS, Ronaldo. História cultural e historiografia brasileira. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 50, p. 217-235, 2009.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Plágio, em todas as suas formas, constitui um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. Esta revista utiliza o software iThenticate de controle de similaridade".