Design inclusivo: recursos assistivos para um modelo de camisa social para pessoa com deficiência visual
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630732023e3880Palavras-chave:
vestuário inclusivo, método projetual, camisaria, deficiência visualResumo
Esse artigo tem como objetivo a identificação e definição de recursos assistivos que possam serem aplicados em uma camisa social a fim de tornar este item de vestuário um produto mais inclusivo para pessoas com deficiência visual. Para isso, desenvolveu-se uma metodologia projetual híbrida, abordando o conceito do design inclusivo que apresente características que possibilite o fácil acesso e manuseio por parte dos usuários cegos. A metodologia híbrida foi desenvolvida na disciplina de Inovação em materiais têxteis do PPGMODA Udesc a partir das metodologias projetuais de design propostas pelos autores Baxter (2011), Lobach (2001) e Bonsiepe (1984) bem como, utilizou-se da metodologia de moda de Montemezzo (2003). Quanto a metodologia desta pesquisa em relação a sua natureza classifica-se como qualitativa e descritiva quanto aos seus objetivos. Quanto aos procedimentos técnicos para a coleta de dados utilizou-se um questionário on-line via Google Forms, com cinco perguntas, sendo três dissertativas e duas de múltiplas escolha aplicadas com 22 pessoas com deficiência visual do sexo masculino, com idade entre, 18 e 30 anos usuário de camisa social. Quanto aos resultados, destaca-se que é possível desenvolver itens de vestuário que apresente características com aspectos mais inclusivos, de modo à contribuindo para o fácil acesso e manuseio por parte da pessoa com deficiência visual. Por fim, cita-se como recursos as: (I) etiquetas em Braille, (II) QR CODE, (III) audiodescrição
Downloads
Referências
ANDRADE, Marina Ramos de; NAKA, Pâmela Yumi. Design Inclusivo: Independência a deficientes visuais. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2014.
ASLAKSEN, F. et al. Universal design: planning and design for all (1997). GLADNET Collection. Paper 327. The Norwegian State Council on Disability, Oslo, 1997. Disponível em: https://www.independentliving.org/docs1/nscd1997. Acesso em: 3 jul. 2022.
BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos*. 3. ed. São Paulo: E. Blucher, 2011.
BEST, J. W. Como investigar em educación. 2. ed. Madri: Morata, 1972.
BONSIEPE, G. et al. Metodologia Experimental: Desenho Industrial*. Brasília: CNPq/Coordenação Editorial, 1984. 96p.
BONONI, Juliana. Design do vestuário infantil: as texturas como experiência tátil para crianças deficientes visuais. 2016. 148 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-Graduação em Design, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2016.
BRASIL, Casa Civil. Decreto n. 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Disponível em: https://encurtador.com.br/dpuDKAcesso em 28 de set. 2023.
ALVARENGA, F. B. Uma abordagem metodológica para o projeto de produtos inclusivos. Campinas, 2006. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) – Universidade Estadual de Campinas.
CONDE, A. J. M. Definição de cegueira e baixa visão. 2017. Disponível em: https://bit.ly/3DY567Q. Acesso em: 09 maio 2020.
CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisas em ciências humanas e sociais. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2014a.
CRUZ, Vanessa Carla Duarte Santos. Projeto e Desenvolvimento de uma Ajuda Técnica numa Perspectiva de Design Inclusivo. Covilhã, 2010.
FERREIRA, Thais Cavalcante Albuquerque; MENDES, Francisca Raimunda Nogueira. Design inclusivo para a moda percepções sobre a roupa para mulheres com deficiência. In: 11º Colóquio de Moda – 8ª Edição Internacional 2º Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda, 2015.
GRUBER et al. Design universal do vestuário. Ergo Designe. 2014.
GREPI, Giovanna. Cegueira e deficiência visual devem dobrar até 2050. 2020. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/cegueira-e-deficiencia-visual-devem-dobrar-ate-2050-aponta-estudo/. Acesso em: 31 ago. 2023.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: Disponível em: https://bit.ly/3mWmYZf. Acesso em: 8 set. 2021.
INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT. Centro de Educação a Distância. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597835/2/FER%20DV%20UNIDADE%202.pdf Acesso em 28 de ago. de 2022.
LÖBACH, Bernad. Design Industrial: Bases para a configuração dos produtos industriais*. São Paulo: Blucher, 2001. 206 p.
MACHADO, A. M. R. Surdez e Acessibilidade na Moda Inclusiva. In: Colóquio de moda, Caxias do Sul. Anais... Caxias do Sul: Brasil. 13 p 2014.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 312 p. ISBN 9788597012811 (broch).
MAFFEI, M. T. A. O produto de moda para o portador de deficiência física: Análise de desconforto. São Paulo, 2010.
MEC - Ministério da Educação. MEC quer ampliar literatura em Braille nas escolas. 2018. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/braille. Acesso em: 28 ago. 2023.
MONTEMEZZO, M. C. F. S. Diretrizes metodológicas para o projeto de produtos de moda no âmbito acadêmico. 2003. Dissertação (Mestrado em Desenho Industrial) – Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2003.
PEREIRA, Livia Marsari. A programação visual no processo de desenvolvimento de produto de moda: uma proposta didática para o ensino superior. 2016. 302 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pós-Graduação em Design, Universidade Estadual Paulista Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru, 2016. Cap. 9. Disponível em: https://encurtador.com.br/fyBKPAcesso em: 29 ago. 2023.
SANTOS, D. F. R. Desenvolvimento de produto i-lingerie: lingerie para mulheres cadeirantes. Fortaleza, 2011. 123p. TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) Universidade Federal do Ceará, Instituto de Cultura e Arte, Fortaleza, 2011.
SBVC. Estudo O Varejo e o Consumidor com algum tipo de deficiência física. 2019. Disponível em: https://sbvc.com.br/estudo-o-varejo-e-o-consumidor-com-algum-tipo-de-deficiencia-fisica/. Acesso em: 28 ago. 2023.
SIMÕES, Jorge Falcato; BISPO, Renato. Design Inclusivo: acessibilidade e usabilidade em produtos, serviços e ambientes. Manual de apoio às ações de formação do projeto de Design Inc. 2006.
SOUSA, Jailson Oliveira. Guia para a acessibilidade de deficiente visual em loja de varejo de vestuário. 2023. 180 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Design do Vestuário e Moda, Ceart, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2023. Cap. 6. Disponível em: https://encurtador.com.br/eyBN3Acesso em: 29 ago. 2023.
STORY, Molly Follette. Principles of universal design. In: PREISER, Wolfgang F. E.; SMITH, Korydon H. Universal design handboook, 2ª ed, McGraw-Hill, 2011.
SILVA, Kelly Renata Lopes. Desenvolvimento de etiqueta em braille, visando a autonomia e inclusão social de deficientes visuais. Trabalho de conclusão de curso (TCC) Apucarana. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2017.
SCHNEIDER, Jéssica et al. Etiquetas têxteis em braille: uma tecnologia assistiva a serviço da interação dos deficientes visuais com a moda e o vestuário. Estudos em Design, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 65-85, 2017. Disponível em: https://bit.ly/3hkKygf. Acesso em: 8 set. 2021.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 312 p. ISBN 9788597012811 (broch).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Jailson Oliveira sousa, Icléia Silveira, Dulce Maria Holanda Maciel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Plágio, em todas as suas formas, constitui um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. Esta revista utiliza o software iThenticate de controle de similaridade".