A moda como indicador social e detentora de memória:
valorização e preservação
DOI:
https://doi.org/10.5965/25944630432020193Resumo
O artigo apresenta as vestimentas utilizadas ao longo dos séculos como indicadores
sociais e portadoras de memória histórica, que merecem ser estudadas e preservadas. O
método de pesquisa adotado se pautou numa perspectiva relacional, com a leitura de textos
acadêmicos de temas relevantes para a pesquisa, relacionando-os criticamente, após a analise
dos contextos em que foram produzidos, o que nos proporcionou uma solida base teórica
de reflexão. O artigo esclarece que as vestimentas são capazes de revelar a forma como os
grupos sociais se comportavam, como foram estabelecidas as demarcações de gênero e os
critérios de distinção de grupos econômicos. É nesse processo de distinção que a roupa vira
moda, quando as elites passaram a usar como indicador de riqueza um determinado modo
vestir, incorporada por todos os membros de uma mesma camada restrita. O artigo igualmente
ressalta a importância da conservação preventiva desse patrimônio material, tão repleto
de imaterialidades. As vestimentas devem ser compreendidas como guardiãs de memória, e,
como tal, devem ser incorporadas aos acervos dos museus. O artigo conclui que muito mais
do que somente “trapos”, no ambiente museal a moda e as vestimentas podem ser estudadas
como objetos-documento por pesquisadores, bem como proporcionar aos visitantes a
experiência única de imaginar as roupas em seus contextos originais como portadoras de
vida e não como uma peças esvaziadas de significados.
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