Figuras emergentes entre as artes e a clínica – exercícios iniciais para pensar performances do vivo com a Cia Teatral Ueinzz
DOI:
https://doi.org/10.5965/19843178164202039Palabras clave:
arte, clínica, performance, cultura, teatro, coletivoResumen
As figuras emergentes aqui apresentadas - marcadas pela loucura, pela deficiência, e outras linhas de risco e desertificação - vêm sendo desenhadas desde a pesquisa de doutorado “Desobramento – constelações clínicas e políticas do comum”, e seguem proliferando-se em número e em potência de diferenciação, no contágio com alguma arte, presente em tentativas da Cia. Teatral Ueinzz. O que se explicita nesses desenhos são existências que performam sua própria vida, atravessadas pelo teatro que esse coletivo propõe produzir, há 22 anos, na cidade de São Paulo. A zona fronteiriça entre as artes e a clínica, presente nessa experiência, faz oscilar ênfases de modo não evidente. Ao afirmar maior visibilidade a tudo o que a inscreve no campo artístico-cultural, e operar com a clínica em dimensões as mais sutis e invisíveis, esse coletivo sustenta uma ética de deslocamentos e embaralhamentos dos códigos hegemônicos que fixam modos de existir, num funcionamento excludente. A exigência de uma clínica que impeça a vigência absoluta da própria clínica na vida dessas figuras é o paradoxo que esse escrito deve problematizar, a partir de imersões no fazer artístico dos viventes desse coletivo.
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