A formação de professores no estado de Goiás: o desafio da educação inclusiva

Autores

  • Yara Fonseca de Oliveira Silva Universidade Estadual de Goiás
  • Jucelia Linhares Granemann Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Jucelia Linhares Granemann Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984317813012017059

Palavras-chave:

Educação, Formação Docente, Inclusão, Goiás,

Resumo

Resumo No Brasil, o contexto sociopolítico e econômico do final do século XX até os dias atuais tem implementado políticas públicas para a inclusão escolar, a partir do conjunto de diretrizes que possibilitam um amplo processo de mudanças e reformas na educação pública brasileira. O que justifica esse estudo é o fato de ser o debate sobre formação de professores necessário no contexto da escola inclusiva. O referencial teórico parte do conjunto de diretrizes criadas pelo Estado e por autores como, Gotti (1998) e Tardif (2012). O problema que se apresenta é, em que medida as instituições formadoras como, a universidade e a SEDUCE têm conseguido romper com a dicotomia construída historicamente na formação de professor (inicial e continuada) da educação pública brasileira, em destaque o Estado de Goiás, no contexto da escola inclusiva. A metodologia utilizada é de caráter qualitativo e este artigo mostra o resultado parcial dos aspectos teóricos. O Estado de Goiás ao se deparar com a realidade da escola inclusiva tem buscado perceber que o professor é um elemento primordial e é preciso implementar sua formação para alcançar uma prática profissional de qualidade para todos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Yara Fonseca de Oliveira Silva, Universidade Estadual de Goiás

Doutora em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (UFRJ/PPED/UEG, 2014) e Pós-doutora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto-Portugal. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás (FE/UFG, 2005). Especialista em Psicopedagogia (ULBRA/RS, 1998) e em Avaliação Institucional (UEG/GO, 2005). Graduada em Pedagogia (PUC-GO, 1988). Atua como professora titular da Universidade Estadual de Goiás, Campus Aparecida de Goiânia e docente do Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (MIELT) da UEG. Experiência na área de Educação e pesquisadora dos temas: políticas públicas, políticas educacionais, formação de professores, economia da inovação e diversidade.

Jucelia Linhares Granemann, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 1993. No período ministrou aulas na modalidade de Educação Infantil, Ensino Fundamental e matérias pedagógicas no Curso de Magistério, e, em 1992, iniciou atividades na área de Educação Especial, tendo atuado em instituições especializadas em deficiência intelectual, a saber: Sociedade Pestalozzi de Campo Grande e Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais, instituição esta que é referência na área no Estado do Paraná. Concluída Especialização em Educação Especial pela Universidade Estadual de Londrina/PR, em 1995, cujo trabalho de conclusão referiu-se à ?Comunicação de Pessoas Portadoras de Paralisia Cerebral através de Tabloides?. Em 1995, iniciou suas atividades na Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, exercendo a função de técnica na área de Educação Especial, realizando avaliação psicopedagógica de alunos com deficiências, encaminhamento aos serviços especializados, orientação e capacitação aos professores de ensino regular e especial, acompanhamento nas áreas de deficiência intelectual, auditiva, física, condutas típicas e altas habilidades. Em 2001, cursou Especialização em Psicopedagogia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2000, atuou como professora e coordenadora da Classe Hospitalar na Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande/MS. Em 2004, assumiu a função de Técnica de Educação Especial na Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, e, em 2005, foi nomeada Coordenadora das Classes Hospitalares de Mato Grosso do Sul, cargo o qual ainda permanece exercendo. Foi Conselheira do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (CONSEP), na gestão 2005-2007. Em 2005, concluiu o curso de Mestrado em Educação na Universidade Católica Dom Bosco, cuja dissertação gerou a obra intitulada ?Escolas Inclusivas ? Práticas que fazem diferença?, a qual foi publicada pela Editora UCDB. Em 2012, concluiu Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, quando defendeu a tese "Diálogos entre Educação e Saúde sobre os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento de Crianças Nascidas Pré-Termo". É professora do Curso de Pós-Graduação em Educação Especial e Psicopedagogia do Instituto Libera Limes de Educação, em Campo Grande/MS, desde 2005. Desde o ano de 2000, é Membro-Secretária da Associação Pró-Atendimento Pedagógico Educacional Hospitalar da Região Centro-Oeste. É Supervisora de Estágio em Educação no ?Projeto Prematuridade/Baixo Peso? da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, desde 2008. Atualmente, em 2013, cursa Pós-Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cuja instituição se encontra conveniada à Universidade de Lisboa/Portugal.

Jucelia Linhares Granemann, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 1993. No período ministrou aulas na modalidade de Educação Infantil, Ensino Fundamental e matérias pedagógicas no Curso de Magistério, e, em 1992, iniciou atividades na área de Educação Especial, tendo atuado em instituições especializadas em deficiência intelectual, a saber: Sociedade Pestalozzi de Campo Grande e Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais, instituição esta que é referência na área no Estado do Paraná. Concluída Especialização em Educação Especial pela Universidade Estadual de Londrina/PR, em 1995, cujo trabalho de conclusão referiu-se à ?Comunicação de Pessoas Portadoras de Paralisia Cerebral através de Tabloides?. Em 1995, iniciou suas atividades na Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, exercendo a função de técnica na área de Educação Especial, realizando avaliação psicopedagógica de alunos com deficiências, encaminhamento aos serviços especializados, orientação e capacitação aos professores de ensino regular e especial, acompanhamento nas áreas de deficiência intelectual, auditiva, física, condutas típicas e altas habilidades. Em 2001, cursou Especialização em Psicopedagogia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2000, atuou como professora e coordenadora da Classe Hospitalar na Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande/MS. Em 2004, assumiu a função de Técnica de Educação Especial na Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul, e, em 2005, foi nomeada Coordenadora das Classes Hospitalares de Mato Grosso do Sul, cargo o qual ainda permanece exercendo. Foi Conselheira do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (CONSEP), na gestão 2005-2007. Em 2005, concluiu o curso de Mestrado em Educação na Universidade Católica Dom Bosco, cuja dissertação gerou a obra intitulada ?Escolas Inclusivas ? Práticas que fazem diferença?, a qual foi publicada pela Editora UCDB. Em 2012, concluiu Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, quando defendeu a tese "Diálogos entre Educação e Saúde sobre os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento de Crianças Nascidas Pré-Termo". É professora do Curso de Pós-Graduação em Educação Especial e Psicopedagogia do Instituto Libera Limes de Educação, em Campo Grande/MS, desde 2005. Desde o ano de 2000, é Membro-Secretária da Associação Pró-Atendimento Pedagógico Educacional Hospitalar da Região Centro-Oeste. É Supervisora de Estágio em Educação no ?Projeto Prematuridade/Baixo Peso? da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, desde 2008. Atualmente, em 2013, cursa Pós-Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, cuja instituição se encontra conveniada à Universidade de Lisboa/Portugal.

Referências

AINSCOW, M.; PORTER, G.; WANG, M. Caminhos para escolas inclusivas. Lisboa: Instituto de Inovação Cultural, 1997.

BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. São Paulo: Atlas, 1988.

______. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.

______. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 1996, p. 27833. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 14 fev. 2016.

______. Conselho Nacional de Educação. Proposta de Diretrizes para a formação inicial de professores da educação básica, em cursos de nível superior. Brasília, maio 2000.

______. Plano Nacional de Educação (Lei n.º 10.172/01). 2000.

______. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o plano nacional de educação e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2001, p. 1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em: 14 fev. 2016.

______. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990, p. 13563. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 14 fev. 2016.

______. Ministério da Educação e Cultura. Plano nacional de formação de professores na educação básica. Brasília: MEC, 2007.

BUENO, J. G. A educação inclusiva e as exigências para a formação de professores: algumas considerações. In: BICUDO, M. A. V.; JUNIOR, A. A. S. (Orgs.). Formação do educador e avaliação educacional: formação inicial e continuada. São Paulo: UNEP, 1999. v. 2.

CARVALHO, R. E. Educação inclusiva com os pingos nos is. Porto Alegre: Mediação, 2004.

CONTRERAS, J. A autonomia de professores. São Paulo, SP: Cortez, 2002.

ESTRELA, M. T. Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na sala de aula. 4. ed.Porto Portugal: Porto Editora, 2002.

FALSARELLA, A. M. Formação continuada e prática de sala de aula. Campinas, SP: Autores Associados, 2004.

FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

FERREIRA, J. R.; NUNES, L. R. P. A. A educação especial na LDB. In: ALVES, N.; VILLARDI, R. (Eds.). Múltiplas leituras da nova LDB. Rio de Janeiro: Dunya, 1997.

FONSECA, V. Educação especial. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.

GLAT, R. Inclusão total: mais uma utopia? Integração, n. 20, p. 27-28, 1998.

GODOY, A. A. Arte jornada para as estrelas. In: CONGRESSO NACIONAL DE ARTE EDUCAÇÃO; FESTIVAL NACIONAL DE ARTE SEM BARREIRAS, 6.,2000, Brasília. Resumos... Brasília: MEC/SEESP, 2000.

GOFFREDO, V. L. F. S. Educação especial: tendências atuais. Brasília: Associação de Comunicação Educativa: Roquete Pinto, 1999.

GOIÁS. Lei n. 13.456, de 16 de abril de 1999. Dispõe sobre a organização da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo e dá outras providências.Diário Oficial do Estado, Goiânia, GO, 20 abr. 1999. Lei de criação da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Disponível em: <http://www.cdn.ueg.br/arquivos/legislacao/conteudoN/202/Lei_13.456-Criacao_da_UEG.pdf>. Acesso em: 20 out. 2011.

GOTTI, M. O. Integração e inclusão: nova perspectiva sobre a prática da educação especial. In: MARQUEZINE, M. C.; ALMEIDA, M. A.; TANAKA, E. D. O. (Orgs.). Perspectivas multidisciplinares em educação especial: inclusão. Londrina: Editora da UEL, 1998.

JIMENEZ, R. B. (Coord.). Necessidades educativas especiais. Lisboa: Dinalivro, 1997.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Educar, Curitiba, n. 17, p. 153-176, 2001.

LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

______. Ser ou estar: eis a questão: explicando o déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

MARQUES, L. P. O professor de alunos com deficiência mental: concepções e prática pedagógica. Campinas: Gráfica FE/UNICAMP, 2000.

MARTINS, L. A. R. Educação integrada do portador de deficiência mental: alguns pontos para reflexão. Integração, n. 26, p. 27-31, 1996.

MORALES, P. A relação professor-aluno. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2000.

NAUJORKS, M. I.; NUNES SOBRINHO, F. de P. (Orgs.). Pesquisa em Educação Especial - O desafio da qualificação. Bauru: Edusc, 2001.

PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. G. C. (Org.). Docência da universidade. São Paulo: Cortez 2005.

RIFKIN. J. A era do acesso. São Paulo: Makron Books, 2001.

SACRISTÁN, J. Gimeno. Currículo e diversidade cultural. In: SILVA, T. T. da; MOREIRA, A. F. (Org.). Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis: Vozes, 1995.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

SCHÖN, D. A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000. 256 p.

______. Pedagogia e pedagogos, para quê?4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

______. The reflective practitioner: how professionals think in action. London: Temple Smith, 1983.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

UEG-Universidade Estadual de Goiás. Plano estratégico de desenvolvimento Institucional – PEDI 2001 a 2004 – no processo da implantação e consolidação da UEG. Anápolis: UEG, 2000.

UNESCO. Declaração mundial de educação para todos e plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, 1990.

Downloads

Publicado

01-04-2017

Como Citar

SILVA, Yara Fonseca de Oliveira; GRANEMANN, Jucelia Linhares; GRANEMANN, Jucelia Linhares. A formação de professores no estado de Goiás: o desafio da educação inclusiva. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 059–076, 2017. DOI: 10.5965/1984317813012017059. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/8395. Acesso em: 22 dez. 2024.