Ensino de Arte na rede estadual paulista de ensino: entre a reprodução e a resistência no “chão de escola”
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431782112025e0066Palavras-chave:
Ensino de Arte, Reprodução, Resistência, Professores, Chão de escolaResumo
Neste artigo são apresentados resultados de dissertação de mestrado relativos a seis perguntas sobre o trabalho dos professores de Arte no “chão de escola” da rede estadual paulista de ensino. Entre 2016 e 2017 foi realizada coleta de dados por meio de observações de campo em três distintas Diretorias de Ensino (DE) e 15 respostas ao questionário semiestruturado aplicado aos professores da DE Norte 1. A coleta e descrição dos dados se deu com fundamento em autores ligados à etnografia educacional tais como Erickson (1986) e Ezpeleta e Rockwell (1989). A etapa de análise e discussão dos resultados obtidos foi realizada com apoio de conceitos formulados Bourdieu e Passeron (2014), pesquisadores sociologia da educação. Além disso, considerou-se as informações levantadas em relação às condições de trabalho dos docentes como um fator relevante de análise. Por meio desta pesquisa foi possível identificar práticas de reprodução e resistência que se perpetuam no cotidiano escolar em relação ao componente curricular Arte. Também conseguiu-se levantar fatores que podem contribuir à compreensão da perpetuação e das possibilidades de transformação das lógicas existentes em relação ao ensino de Arte no “chão de escola”.
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