Descolonizando saberes em dança: a formação técnica profissionalizante do colégio Luís Eduardo Magalhães de Itabuna, Bahia, em diálogo com Paulo Freire

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/19843178182202278

Palavras-chave:

Currículo, Emancipação, Pensamento descolonial

Resumo

O presente trabalho propõe uma análise do currículo do Curso Técnico Profissionalizante em Dança do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Itabuna, Bahia, baseada nas teorias críticas e no ideário emancipatório de Paulo Freire, a fim de identificar a existência de conteúdos eleitos segundo os mecanismos de dominação advindos da colonialidade. Além disso, a pesquisa alerta para a urgência de construção de práticas que descolonizem o currículo para uma formação técnica profissionalizante em Dança pautada no respeito à diversidade cultural.  A pesquisa quanto a sua abordagem, é qualitativa; quanto a sua natureza, básica; quanto aos objetivos, exploratória; e quanto aos procedimentos, bibliográfica. Para realizar a pesquisa, foram analisadas recentes teorias das ciências que versam sobre Educação (FREIRE, 1967; 1987; 1989; 1996), Dança (SANTOS, 2009) (SETENTA, 2017), Biopolítica (FOUCAULT, 1987; 1988; 1999) (AGAMBEN, 2009), Currículo (RANGHETTI; GESSER, 2009) (SILVA; 2010) e pensamento descolonial (COSTA; 2006) (GOMES, 2012) (KILOMBA, 2019) (MBEMBE, 2016). Concluiu-se que o currículo referido não foi elaborado a partir de uma construção participativa, colaborativa, e que sua lógica ainda é eurocêntrica.

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Biografia do Autor

Thais Coelho e Sousa, Federal University of Southern Bahia

Professora de Dança. Licenciada e Mestra em Dança pela Universidade Federal da Bahia. Especialista em Docência no Ensino Superior pela UNIASSELVI. Especialista em Pilates (Contrologia) pela Instituição PhysioServ. Especialista em Pedagogia das Artes pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Especialista em Gestão Cultural (UESC). Bailarina, Coreógrafa, Pesquisadora e Professora de Dança do Ventre.

Tássio Ferreira , Federal University of Southern Bahia

Multi Artista da Cena, natural de Salvador-Ba, filho de Kisimbi, antirracista e antifacista, operário da revolução pelo coletivo (ubuntu). Doutor em Artes Cênicas (PPGAC/UFBA); Professor Adjunto da Universidade Federal do Sul da Bahia, Centro de Formação em Artes e Comunicação (UFSB/CFAC); Docente do Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/CSC); Líder do Grupo de Pesquisa Aldeia: Núcleo de Pesquisas Afro-brasileiras em Artes, Tradições e Ensinagens na Diáspora (UFSB/CNPq); Coordenador artístico do Coletivo Ponto de Cultura Coletivo AFRO(en)CENA; Coordenador técnico-pedagógico do Centro de Cultura de Porto Seguro-UFSB (Porto Seguro-Ba); Taata dya Nkisi do Terreiro Unzó ia kisimbi ria Maza Nzambi (Simões Filho-Ba). Se interessa por conversas descompromissadas, transmutação das águas, macumbagens, minkisi, signos e misticismos, filosofias africanas e diaspóricas, comida boa, cheiros, perfumes e as potências do corpo (todas elas).

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Publicado

30-12-2022

Como Citar

SOUSA, Thais Coelho e; FERREIRA , Tássio. Descolonizando saberes em dança: a formação técnica profissionalizante do colégio Luís Eduardo Magalhães de Itabuna, Bahia, em diálogo com Paulo Freire. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 078–106, 2022. DOI: 10.5965/19843178182202278. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/22812. Acesso em: 22 dez. 2024.