A construção da inteligência emocional de mulheres encarceradas na cidade do Recife

Autores

  • Maria Sandra Montenegro Silva Leão Universidade Federal de Pernambuco image/svg+xml
  • Silvana Cristina Freire Professora e pesquisadora da rede Estadual de Ensino
  • Sebastiana Célia do Nascimento Rede Estadual de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984317815022019268

Palavras-chave:

Educação, Inteligência Emocional, Mulheres Presidiárias,

Resumo

Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva e exploratória realizada em uma penitenciária feminina do Recife. O objetivo foi compreender se a educação ofertada através da modalidade EJA possibilitava a construção da inteligência emocional nas mulheres encarceradas.  Os materiais e métodos foram a observação e entrevistas para tecer uma compreensão através das falas das participantes da pesquisa. A pesquisa contou com seis participantes. Os dados foram analisados conforme a técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados obtidos demonstram que a educação vivenciada no ambiente prisional colaborou para a melhora de três características da inteligência emocional: empatia, auto-estima e controle de impulsividade. Apreendeu-se que para as entrevistadas o estudo é importante porque ameniza o sofrimento, minimiza a solidão e ensina a tornar-se uma pessoa melhor. 


Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Sandra Montenegro Silva Leão, Universidade Federal de Pernambuco

Doutora em Educação, pesquisadora na área de Educação, Direitos Humanos, espirituralidade e formação humana integral.

Silvana Cristina Freire, Professora e pesquisadora da rede Estadual de Ensino

Pedagoga, docente e pesquisadora na rede pública de ensino

Sebastiana Célia do Nascimento, Rede Estadual de Pernambuco

Pedagoga, pesquisadora e docente na rede pública de ensino de Pernambuco

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 1977

BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução Nº 466/2012. Plano Nacional da Saúde no Sistema Penitenciário, Brasília, 2012

BRASTEIN, Hélio. Gênero e Prisão: o encarceramento de mulheres no sistema penitenciário. Anais do Congresso Internacional de Pedagogia Social. São Paulo, 2009. Disponível em http://www.proceedings.scielo.br. Acesso em: 2 set de 2018

BORGES, Juliana. Encarceramento em Massa: feminismos plurais. São Paulo: Pólen, 2019

CARTAXO, Renata de Oliveira e CAVALCANTI, Alessandro. Panorama da Estrutura Presidiária Brasileira. Revista Brasileira de Promoção da Saúde, Fortaleza, n. 26: 266-273, abr./jun., 2013

CAVALCANTI, Márcia. Narrativas de mulheres na prisão sobre ser mulher. Revista MEPAR, Recife, n. 05, v. 09, p. 125-208, jun/jul. 2007.

DECLARAÇÃO de Hamburgo sobre Educação de Jovens e Adultos. V CONFITEA. Hamburgo, jul.1997

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 2009.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1993.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas a Teoria na Prática Escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência social: o poder das relações humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006

GOLEMAN, Daniel, Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.

HAN CHUL-Byung. A Expulsão do Outro. Lisboa: Relógio d’agua, 2018.

JESUS, Amanda, OLIVEIRA, Lannuzya e BRANDÃO, Gisetti. O significado e a Vivência do abandono familiar para presidiárias. Revista Ciência e Saúde, Campina Grande, v 08, n. 25, p 19-25, maio/jun. 2015.

MACHADO, Sílvia. Relações parentais de mulheres presidiárias. São Paulo: Segmento, 2010

PERNAMBUCO. Educação em Prisões de Pernambuco. Governo do Estado de Pernambuco. Recife: Gráfica Oficial do Estado, 2012.

PERNAMBUCO. Plano Estadual de Educação em Prisões de Pernambuco. Recife: Gráfica Oficial do Estado, 2012.

PEREIRA, Talita. A ressocialização no sistema carcerário feminino. Monografia do Curso de Especialização em Educação e Gestão. Recife: FAFIRE, 2010.

PORTUGUES, Manoel. A educação de adultos presos. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v.27, n.2, p.355-374. Jul/dez.2001.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina, 2019

SILVA, Roberto. Os filhos do governo: a formação da identidade criminosa em crianças órfãs e abandonadas. Revista Educação. São Paulo: Segmento, 1997.

TEIXEIRA, Carlos. Relato de Experiência na Educação Carcerária. Revista Opinião, São Paulo, v. 12, n.37, p 20-29, nov/dez. 2007.

VARELLA, Dráuzio. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 2017

Downloads

Publicado

01-04-2020

Como Citar

LEÃO, Maria Sandra Montenegro Silva; FREIRE, Silvana Cristina; NASCIMENTO, Sebastiana Célia do. A construção da inteligência emocional de mulheres encarceradas na cidade do Recife. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 268–388, 2020. DOI: 10.5965/1984317815022019268. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/15181. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ: INCLUSÃO E DEFICIÊNCIA: PERSPECTIVAS MÚLTIPLAS