O contemporâneo através do Cinema: o ilusório pelo duplo
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781820231e0037Palavras-chave:
cinema, duplo, ilusório, educação, NiilismoResumo
Na interface temática entre o campo da educação e dos estudos fílmicos, o objetivo desse artigo é trazer o tema do duplo pelo cinema, como um dos modos de vida do contemporâneo, onde há a duplicação do eu como tentativa de relacionar-se com o real. Como metodologia, usou-se a cartografia deleuziana e a analítica da hermenêutica trágica. Analisou-se para isso a película “O Duplo” (2013, Ayoade). Notou-se pelo gesto cartográfico, que o filme ao enfocar o recurso ontológico da criação de uma duplicação do real, pelo surgimento do duplo do protagonista, acaba tornando-se uma tentativa de elaboração existencial diante o mal estar contemporâneo, atravessado pelo niilismo e pela decadência social. Nesse sentido, o artigo explicita esse modo de vida como ilusório, baseado na leitura pertinente de Clement Rosset, que caracteriza essa saída como frágil do ser contemporâneo, por explicitar a incapacidade desse homem existente em lidar com a atmosfera niilista dos tempos atuais, que escapa pelo recurso da duplicação seja do real ou de si mesmo.
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Referência fílmica
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