Reflexões sobre a dança e a educação a distância: uma perspectiva inclusiva na cultura digital

Autores

  • Cristiane do Rocio Wosniak Universidade Estadual do Paraná image/svg+xml
  • Everson Luiz Oliveira Motta Pontifícia Universidade Católica de São Paulo image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984317815022019142

Palavras-chave:

Educação a distância, Tecnologia educacional, Formação docente, Alternativas de aprendizagem,

Resumo

Este artigo tem o objetivo de refletir sobre as possibilidades de uma educação tecnológica e híbrida como contributo para a formação de artistas-docentes no âmbito das licenciaturas em dança no Brasil. O foco da investigação recai sobre a proposta de educação a distância (EaD), que rompe o paradigma da aprendizagem e da prática da dança unicamente de forma co(rpo)presencial e artesanal. A partir da verificação do estado da arte de nosso objeto de pesquisa no Brasil, constatamos a inexistência de publicações dedicadas ao tema dança e educação a distância. Assim sendo, propomos uma ampla discussão, ancorados na metodologia de revisão bibliográfica narrativa, sobre a possibilidade desafiadora da educação a distância, com seus meios de aprendizagem e instrumentos comunicacionais, na relativização de espaços geográficos, nas aproximações de conhecimentos acerca da linguagem da arte/dança e na otimização do tempo de acesso a um conjunto de informações, mediadas pelas plataformas digitais. Concluímos que a EaD torna-se um elemento imprescindível para repensarmos/avaliarmos nossas práticas educacionais colaborativas no âmbito da formação de professores de dança, que deverão atuar nos novos contextos educacionais contemporâneos, permeados por uma vasta rede de relações que concebem o corpo e a comunicação ubíqua em suas extensões tecnológicas multifacetadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristiane do Rocio Wosniak, Universidade Estadual do Paraná

É Doutora e Mestra em Comunicação e Linguagens - linha de pesquisa em Estudos de Cinema e Audiovisual (UTP). Especialista em Artes-Dança (FAP-PR) e bacharel e licenciada em Dança (PUC-PR). É vice-coordenadora do Programa de Mestrado em Cinema e Artes do Vídeo e docente adjunta do curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) - campus de Curitiba II/Faculdade de Artes do Paraná. É membro do GP Kinedária – Arte, Poética, Cinema, Vídeo, vinculado ao Mestrado em Cinema e Artes do Vídeo (Unespar/CNPq) e membro do GP ELiTe – Laboratório de Estudos em Educação Performativa, Linguagem e Teatralidades, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (UFPR/CNPq). Atua como coreógrafa da Téssera Companhia de Dança da UFPR.

Everson Luiz Oliveira Motta, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutorando em Educação e Currículo  (PUC-SP). Mestre em Educação e Novas Tecnologias (UNINTER-PR). Especialista em Educação, Comunicação e Tecnologias em Interfaces Digitais (UNISEB). Possui Bacharelado e Licenciatura em Dança (UNESPAR-PR) e graduação em Pedagogia (UNINTER-PR). Atualmente é graduando em Educação Física (UFPR) e Design de interiores (UNICESUMAR-PR). Tem experiência na área de Gestão da Educação, Artes, Design, tecnologia e marketing educacional, diluindo o conhecimento de forma interdisciplinar na área da educação e novas tecnologias. É professor titular no departamento de Engenharias, na modalidade de ensino a distância (UNICESUMAR-PR).

Referências

BATES, T. Educar na era digital: design, ensino e aprendizagem. Tradução João Mattar. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Portaria nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004, Disponível em: http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf. Acesso em: 21 jul. 2018.

COLL, C; MONEREO, C. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em dança. Resolução nº 3, de 8 de março de 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES03-04.pdf. Acesso em: 21 jul. 2018.

CUNHA, M. H. Aprendizagem colaborativa: a educação à distância como ferramenta de difusão de conhecimento, 2016. Disponível em: http:// inspirebr.com.br/uploads/midiateca/63aff6bf732aca1c6c8c22a44314e685.pdf. Acesso em: 21 out. 2018.

FAVA, R. Educação para o século XXI: a era do indivíduo digital. São Paulo: Saraiva, 2016.

GRINSPUN, M. P. S. Z. Os novos paradigmas em educação: os caminhos viáveis para uma análise. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 75, n. 179-80-81, 2007. Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/ 1155/1129. Acesso em: 21 dez. 2018.

HORN, M.; STAKER, H.; CHRISTENSEN, C. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Tradução de Maria Cristina Gularte Monteiro. Porto Alegre: Penso, 2015.

INEP. Censo da Educação Superior. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/ censo-da-educacao-superior. Acesso em: 21 set. 2018.

KENSKI, V. M. O novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.

KENSKI, V. Tecnologias e tempo docente. Campinas, SP: Papirus, 2013.

MACHADO, N. S. Fazendo o semipresencial e sonhando com o ensino híbrido na graduação, a voz dos estudantes: uma análise comparativa de modelos pedagógicos nos cenários público e privado. 2018. 150 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Novas Tecnologias) - Centro Universitário Internacional (UNINTER), Curitiba, 2018.

MARQUES, I. Dança no contexto: uma proposta para a educação contemporânea. 150 f. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 1996.

MARQUES, I. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 4. ed. São Paulo: 2007.

MARTINS, G.A.; PINTO, R.L. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Atlas, 2001.

MATTAR, J. Guia de educação à distância. São Paulo: Cengage Learning: Portal da Educação, 2011.

MATTAR, J. Metodologias Ativas: para educação presencial, Blended e a distância. 1. ed. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017.

MATTAR, J. Aprendizagem em ambientes virtuais: teorias, conectivismo e MOOCs. Revista Teccogs, n. 7, 2013, p. 20 - 40. Disponível em: http://www4.pucsp.br/ pos/tidd/teccogs/edicao_completa/teccogs_cognicao_informacao-edicao_7-2013-completa.pdf. Acesso em: 21 out. 2018.

MENICACCI, A. O ensino da dança frente às tecnologias: algumas reflexões. In: WOSNIAK, Cristiane; MEYER, Sandra; NORA, Sigrid (orgs.). Seminários de dança: o que quer e o que pode [ser]a técnica? Joinville: Letrad’água, 2009, p. 99-106.

MOTTA, E. L. O. Dança e tecnologia: entre ensino e prática docente. 2018. 140 f. Dissertação (Mestrado em Educação e Novas Tecnologias) - Centro Universitário Internacional (UNINTER), Curitiba, 2018.

MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carolos Alberto; MORALES, Ofélia Elisa Torres (orgs.). Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II, PROEX/UEPG, 2015. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wpcontent/ uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acesso em: 21 nov. 2018.

PEÑA, M. l. D.; ALVES, M. R.; PEPPE, M. A. Educação, tecnologia e humanização. Cad. de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura. São Paulo, v. 3, n. 1, p. 9-19, 2003. Disponível em: http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/ Pos_Graduacao/Mestrado/Educacao_Arte_e_Historia_da_Cultura/Publicacoes/Volume3/Educacao__tecnologia_e_humanizacao.pdf. Acesso em: 21 nov. 2018.

PPC - Projeto Político Pedagógico de Curso: Curso de Bacharelado e Licenciatura em Dança - Universidade Estadual do Paraná - campus de Curitiba II (FAP), 2017.

PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants, Part 1. On the Horizon, v. 9, n. 5, 2001, p. 1-6.

SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

SANTAELLA, L. Comunicação ubíqua: representações na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.

SILVA, E. R. Graduação em Dança no Brasil: professor como orientador e aluno como protagonista. In: ROCHA, Thereza (org.). Graduações em dança no Brasil: o que será que será? Joinville: Nova Letra, 2016, p. 29-36. Disponível em: http://www.ifdj.com.br/site/wp-content/uploads/2016/07/IX-Seminarios-de-Danca-Graduacoes-em-Danca-no-Brasil_Varios-Autores.pdf. Acesso em: 21 jan. 2019.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 17. ed. Petropólis-RJ: Vozes, 2014.

UNESCO. Educação e aprendizagem para todos: olhares dos cinco continentes – Brasília: Ministério da Educação, 2009.

WERTHEIN, J; DA CUNHA, C. Fundamentos da nova educação. Unesco, 2000.

WOSNIAK, C. A universidade e a formação do artista docente da(na) dança. O Teatro Transcende. CCEAL /FURB. Blumenau, V. 22, N. 1-2, 2017, p. 1-16. Disponível em: http://proxy.furb.br/ojs/index.php/oteatrotranscende/article/view/ 6951/3712. Acesso em: 21 jan. 2019.

Downloads

Publicado

01-04-2020

Como Citar

WOSNIAK, Cristiane do Rocio; MOTTA, Everson Luiz Oliveira. Reflexões sobre a dança e a educação a distância: uma perspectiva inclusiva na cultura digital. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 142–167, 2020. DOI: 10.5965/1984317815022019142. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/14750. Acesso em: 12 nov. 2024.